Bratva: Anjo da morte

Capítulo 8

Tarnya narrando:

Já faz horas que estou presa nesse maldito quarto sem saber, de nada, maldição! Ouço bateram a porta e vou até ela girando a maçaneta, e ela abre e revela uma caixa com um bilhete escrito "Abra", pego a mesma e entro no quarto fechando a porta com a perna e pouso a caixa na cama, pensando no que é. Depois de minutos indecisa se abro ou não, resolvo abrir a caixa.

- Aaahhhhh!- Grito ao ver a cabeça de Boris, que merda é essa? ele matou o Boris, ele não estava brincando, ele é mesmo a porra de um psicopata e a vida da minha irmã está correndo muito risco se eu não fizer o jogo dele, que maldição, onde eu vim parar?

Ouço a porta sendo batida novamente e vou até ela abrindo, e vejo o Andrey, espera aí? Andrey!

- Andrey que bom ver você, me tira daqui, eles mataram o Boris.- Falo o abraçando  nervosa, me desvincilho do abraço e fico o encarando sem acreditar.

- Vamos eu vim buscar você.- Ele fala me estendendo a sua mão para eu segurar.

- Como você conseguiu passar por todos esses seguranças?- Pergunto.

- Isso não importa agora, só vamos.- Fala e eu seguro a sua mão e ele me dirige pelos corredores luxuoso. Descemos a escadas e não se via ninguém, até ele aparecer, o demônio.

- Para onde vão?- Questiona cruzando os braços.

- Por favor não mata ele.- Imploro, não querendo que aconteça o mesmo que com o Boris.

- Parece de ser idiota Tarnya, Andrey é o meu primo.- Fala e eu não acredito, não pode ser verdade isso, não! esse cretino enganou a gente por meses, maldito!

O Andrey me olha com um sorriso irônico e dou-lhe um soco bem no meio do nariz e o mesmo começa a sangrar, baixando o rosto, quando ele levanta o rosto posso ver o seu olhar de puro ódio, ele saca a arma do cós e aponta para a minha cabeça.

- Calma, Andrey, não precisa matar essa vadiazinha, pois é isso, Tarnya, o que você é, você não estava interessada na missão, mas sim em dar para mim, e olha no que deu para você, por isso é que dizem que tens de pensar com a cabeça de cima e não à de baixo.- Diz sorrindo, e pega a arma da mão de Andrey.

- Você é um porco de merda, você me dá nojo.- Cuspo as palavras com ódio e ele ri.

- Eu estou pouco me fodendo para o que você acha, você é apenas um peão no meu jogo Tarnya, que eu movo como e quando eu quiser.- Fala áspero.

- Eu não sou um objeto seu, que você pode manipular como bem entender.- Esbravejo e ele ri, eu tô cansada desse homem, eu irei enlouquecer nessa casa.

- Você é sim, você é uma prioneira de guerra, que não quer que a sua irmã seja morta.- Se aproxima apertando os meus cabelos com força.

- Então, Tarnya Pavlova, você jogará o meu jogo, sim ou não?- Questiona e eu assinto que sim, segurando as lágrimas, eu não vou dar esse gosto para ele.

- É o seguinte, vocês os dois têm uma missão.- Fala para mim e o traidor do Andrey.

- Qual é?- Andrey questiona ao primo.

- Matar ele.- Mostra a foto do juiz Fiódor Popova, ele queria que eu matasse alguém influente, olho para ele com os olhos arregalados.

- Que foi? ele não é nenhum santo, mas sim um pedofilo que abusa demasiado do seu poder e que foi também envolvido com a Bratva.- Explica e eu arregalo ainda mais os olhos, como existem vários corruptos.

- Quer dizer que ele era um associado?- Questiono e ele balança a cabeça em positividade.

- Ele está aqui na Hungria e você apenas terá de usar o seu charme para o seduzir e matá-lo, não seria a primeira vez.- Fala em tom de deboche e eu reviro os olhos.

- A morte tem de parecer espontânea.- Alerta e eu assinto.

- Agora se você falhar, não só a sua irmã morre, como você também será presa por tentativa de homicídio a um juiz renomado, se calhar até matarão você na hora.- Fala tranquilo, como ele consegue, ele me mete no covil dos lobos e age assim, naturalmente?

- Boa sorte para amanhã, Tarnya.- Diz saindo da sala e me deixando apenas com Andrey.

- Como você pode?- Encaro ele com puro ódio.

- É a vida Tarnya.- Responde sem o menor remorso.

- E, é melhor você dormir, para recobrar as forças para amanhã.- Fala saindo da sala me deixando sozinha.