Os sinais não vistos

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Na segunda lhe entrego um narciso
Um novo começo, no qual eu preciso
Amarelo como seus laços nos fios belos
Brilhante como seus olhos caramelo

Na terça lhe entrego, uma margarida
Sua juventude que já foi  colorida
Branca como sua pele gelada
Sua unha já descascada

Na quarta lhe entrego um jasmin
Doce como seus lábios de alecrim
Rosa como sua saia
Balançando muitas vezes com o vento daquela praia

Na quinta lhe entrego um gerânio
A aflição crescente em meu âmago
O arrependimento de não perceber
As suas cores a cada dia  desaparecer

Na sexta lhe entrego um crisântemos
O fim que todos obtemos
Seu túmulo é o mais perto que posso chegar de você
Direi a mim mesmo que não preciso me convencer
Que a saudade não vai me vencer
Que cada flor, não é o meu desejo de lhe contar
Que nunca conseguirei, um segundo sequer, parar de te amar

Todo dia, estarei aqui,
te dando flores,
Jamais lhe deixando partir.

12/01/2022

(Rayssa)




Alma Vazia, Apenas PoesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora