Eu continuo correndo...
É como um borrão
Não sei quem ele é agora
Não sei porque...Não sei porque alguém mataria os próprios filhos
Tentaria matar a própria esposa
Me matarEu o amava,
E quando ele pega minha mão e a
corta meus dedos fora eu tento correr
Quando ele atira no meu ombro eu continuo a me mexer
E quando ele desiste dos objetos e me espanca eu pego tudo que tenho
Tudo o que me resta
E corro
Sabendo que ele nunca vai parar de me caçar
Sabendo que talvez eu nunca consiga escaparMas eu sei...
Que eu vou continuar
E por isso,
Eu continuo correndo...30/05/2023
Rayssa Santos Silva
VOCÊ ESTÁ LENDO
Alma Vazia, Apenas Poesia
PoetryPoemas salvam vidas Poemas arruínam vidas Poemas são partículas da sobrevivência (Rayssa)