1- Introdução

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Izuku on_

Vou começar a contar minha história.
Mas devo dizer que é um tanto complicada, pois, quando você se apaixona pela mais temível "fera" de todas, toda sua vida vira um caos.

Vivo num reino cheio de riquezas e beleza. Porém para se achar a beleza, tem que fazer muito esforço.
Porque se tem algo que posso afirmar com toda a confiança do mundo é que: na superfície do meu lar só vão achar desgraça, e no subsolo, nos mais escondidos lugares. Achará o paraíso.

Nos cantos mais inexplorados e intocados por qualquer ser humano desprezível, escondidos nos lugares mais impensáveis e guardando os maiores segredos, se encontram fontes de alegria e mistérios, capazes de te surpreender e fazer crê que, o mundo, ainda exista salvação. Que ainda exista esperança.

E eu encontrei um desses lugares.

Prazer, sou Izuku Midorya.
Filho da rainha Inko Midorya e o falecido rei Hizashi Midorya.

Oque, tecnicamente, me torna um príncipe e herdeiro do trono. Porém acho o termo "príncipe" muito, estranho, então nunca me apresento como tal.

Meu pai, Hizashi, morreu quando eu tinha dez anos de idade. Foi difícil e trágica sua perda para todo o reino. Mas após um ano de luto, conseguimos superar.

Hoje em dia minha mãe, rainha Inko, governa nosso reino, e, devo dizer, não só por ela ser minha mãe, que ela faz isso com maestria.

Já eu passo todos os meus dias estudando, não vou a escola da aldeia.
Na vez em que tentei eles me tacharam de "riquinho mimado".
Então passei a estudar no castelo, tenho um professor particular para isto.

Minha única amiga é Uraraka Ochako, a cozinheira real.
No começo, questionei me se nossa amizade era verdadeira ou se era por interesse da parte dela. Mas com o tempo percebi que era tolice de minha parte pensar isto. Ochako é uma amiga incrível e leal, sempre me ajuda quando fico triste ou tenho algum problema. Nossa amizade é daquelas que duram uma vida inteira.

Eu, como príncipe, infelizmente tenho meus deveres.
Como, saber me comportar, ter uma linguagem sofisticada para falar com nossos aliados e povo, e a pior de todas é: encontrar uma pretendente.

No meu caso, o certo seria "um pretendente". Exatamente, sou gay, e minha mãe e Ochako sabem disso e me aceitam como sou.
O único problema é que vivemos num mundo onde as pessoas ainda são muito preconceituosas, e um reino governado por um casal gay... Muitos não iriam aceitar.
Mas eu não me importo com isso. Quando chegar minha vez de ser rei, não vou abaixar a cabeça para nenhum tipo de preconceito. Vou ter um reinado livre desta merda. E ninguém vai me dizer o contrário.

Sou um jovem muito inteligente, não digo para me exibir, digo porque é um fato.
Terminei meus estudos escolares aos quatorze, e, aos quinze, me interessei por botânica. E a partir daí, comecei a estudar sobre.

Hoje tenho dezesseis e estou quase completando meus estudos sobre botânica.
Mas é uma área muito inexplorada, então, assim que saber tudo que já descobriram, vou explorar os lugares intocados pelo ser humano e descobrir todas as plantas existentes. Afinal, uma coisa tão bela, tem que ser notada.

Não pensem que irei compartilhar novas descobertas. Não quero prejudicar algo que teria acabado de ser notado a existência no mundo. Se contasse para a humanidade sobre qualquer nova espécie, tanto plantas como animais ou matéria, eles destruiriam tudo. Arrancariam, venderiam, queimariam, até que não sobrasse nada, devastariam qualquer nova forma de vida.
Como disse, um mundo cheio de desgraça, e a principal delas é a espécie humana.

Está aí um ótimo exemplo. A besta.

A besta, é uma "fera terrível", palavras dos homens que tentaram enfrenta-lá.

Ela mora em algum lugar da floresta, nunca sai de lá. Todos que entram na floresta não se atrevem a ultrapassar seu território.

Tudo começou com um homem, o primeiro a entrar na floresta, e o primeiro a ser morto. Seu corpo foi encontrado alguns dias depois flutuando num córrego próximo as plantações.
Sua camisa parecia trapos, e em seu peito possuíam feridas profundas, pareciam ter sido feitas por garras.

Na época, não sabiam. Tinham dito que foi um animal selvagem da floresta que o matou.
Mas... Dois dias após encontrarem o corpo daquele homem, uma fazendeira avistou vários abutres sobrevoando seu milharal, e, quando se aproximou, se apavorou.
Em sua frente tinham três cadáveres, dois garotos e uma garota. Eram jovens, foram mortos da mesma maneira, garras.

A notícia se espalhou e, em duas semanas, já haviam mais cinco mortos.

As pessoas se apavoraram e exigiram respostas, estava claro que não se tratava de um animal comum.

Os cavaleiros invadiram a floresta, pois
rastrearam de onde vinham os corpos das "vítimas" e viram que todas estavam na floresta, até serem mortas.

Os cavaleiros não voltaram.
Seus corpos foram encontrados no começo da floresta, num campo aberto.
O cheiro de podridão se espalhava por todo local, e as marcas das garras estavam mais fortes, como se a criatura estivesse ficando brava.

Mas uma coisa chocou a todos os cidadãos.
No meio daquela pilha de corpos, podia se ver uma placa, feita de madeira.
Nela estava escrito com algum tipo de tinta.

Não voltem aqui.
Matarei um por um que ousar pisar no meu território.
Ass: Aquele que deve ser temido.

E desde então ninguém entra lá.
Tirando algumas pessoas, que, como posso dizer?
São idiotas ignorantes e não zelam a própria vida.

E... Acho que é isso.
Acho que contei tudo que precisam saber para começar a narrar minha história de amor.




Continua...

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