O Labirinto -bakudeku-

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Izuku on_

Quando voltei ao castelo recebi um sermão de Ochako mas logo fui conversar com minha a rainha.

Entrei na sala do trono mas ela não estava, então subi as escadas indo em direção ao seu quarto.

Bati na porta e logo adentrei.

Mamãe estava sentada, parecia estar navegando em pensamentos, estava tão inerte as coisas ao seu redor que nem notou quando bati na porta, muito menos quando me sentei ao seu lado na cama.

Izu- Minha rainha?- toquei seu ombro  fazendo a saltar num susto

Inko- Izuku, meu príncipe! Que susto me dera!- sorriu infímo.

Izu- Perdoe me- ri anasalado- a senhora estava tão fora da realidade que nem notou quando bati em sua porta.

Inko- É mesmo querido, estava pensando em... Enfim, oque fazes aqui?

Respondi receoso.

Izu- E-Eu gostaria de... lhe contar algo- desviei meu olhar para o chão.

Izu- N-Não irei me casar. Não com Todoroki- suspirei- conheci alguém a alguns meses e... Eu o amo, o amo muito. E quero me casar com ele.

Houve silêncio.

Ergui meu olhar para minha mãe, encontrando seu rosto mergulhado em lágrimas.

Izu- Por favor mãe, não chore. Perdoe me por está decisão, mas eu o amo. Não suportarei viver sem ele- disse cabisbaixo.

Em seguida, para minha surpresa, senti um beijo ser depositado em minha face.

A olhei novamente e ela sorria. Sorria e chorava.

Inko- Não estou triste, muito menos o culpo. Como poderia culpa-lo por apenas amar?

Aproximou seu rosto ao meu e sussurrou docemente.

Inko- Eu o segui mais cedo, e ouvi oque dissera ao tal, Katsuki. Concordo com você, e o dou liberdade para fazer isto, se precisar de ajuda, estou ao seu dispor- sorriu.

Inko- Se você quer saber, na minha opinião Katsuki é muito bonito. E é bondoso demais para ser tachado de "besta temível".

Pulei em seus braços chorando.

Izu- Obrigado mãe- sussurrei- obrigado...

Nos abraçamos por um longo tempo, não queria que acabasse. Então fiz com que o tempo passasse mais devagar, como o chapeleiro maluco fazia no livro "Alice no país das maravilhas", e então, dez minutos pareceram meia hora, e isto foi uma coisa boa.

Assim que nos despedimos, fui á cozinha conversar com Ochako. Afinal, irei completar dezessete anos daqui três semanas e pretendo me casar no dia de meu aniversário, portanto, precisamos espalhar a notícia o quanto antes.

Invadi o ambiente repleto pelo aroma de pães no forno e sentei me no balcão.

Ochako estava emburrada por eu ter quebrado nosso acordo, então, abri um sorriso para ela e disse.

Izu- Não fique zangada comigo, já recebi meu sermão. Precisava conversar com Katsuki.

Ura- Sim, mas você fugiu, literalmente!

Levantou a colher de pau que segurava como se estivesse prestes a me agredir.

Izu- Se você me ferir o Katsuki irá te matar- sorri vitorioso- ele é tão protetor- disse abobado.

Ura- "Ele é tão protetor"!- imitou em coro com a voz afinada.

Trocamos um olhar e começamos a rir.

Izu- Sua boba- disse entre risos.

Ura- Você que é, fica babando sempre que fala de Katsuki, ou seja, de cinco em cinco minutos- sorriu ladina me fazendo revirar os olhos com um sorriso.

Izu- O amor faz isto com a gente- enrubesci.

Ura- Sim, é verdade- riu anasalada.

Um silêncio confortável se instalou no ambiente. Katsuki rondava meus pensamentos, e certamente Tsuy rondava os de Ochako. Pensávamos em nossos amados, em nossas abençoadas paixões.

Sai de meus pensamentos somente minutos depois quando me lembrei de um assunto que teria de resolver com a morena.

Izu- Ochako, conversei com Katsuki e minha mãe sobre aquilo e ambos estão de acordo.

Izu- Precisamos da ajuda daquela pessoa que comentara.

A outra sorria de orelha a orelha, estava nítida sua animação.

Ura- Que maravilha! Contatarei esta pessoa assim que acabar meu expediente.

Ura- Ela é minha amiga desde pequena, certamente nos ajudará! É incrível a capacidade daquela garota de fazer amizades, conhece muitas pessoas que não são deste reino- soltou uma risada.

Ura- Ela nasceu aqui, porém é uma cigana. Seu clã é tão simpático! Sempre me trataram como se fosse uma deles- dizia eufórica- ela irá adorar te conhecer, você irá adorar conhece-la, vocês irão adorar se conhecerem!

Ria de sua empolgação quando um odor estranho se fez presente no ambiente.

Izu- Ochako! O pão está queimando!- avisei preocupado apesar de não conseguir conter a risada.

A garota mudou sua expressão rapidamente de, animação, para pânico.
Saiu correndo e retirou do forno o pão queimado pela metade.

Ura- Que puxa! Terei de fazer outra fornalha!- lamentou sobre a assadeira fervente.

Izu- Pelo menos continuarei aqui, a conversar contigo- sorri infímo.

Ura- Izu, você é tão precioso para este mundo- sorriu cabisbaixa pela remessa de pão perdida.

Izu- Não fique triste... Vamos, continue a falar me de sua amiga cigana!- tentei a animar.

E num instante sua face se iluminou e sua boca começou a se mover rapidamente, falando e falando da tal cigana, deste modo Tsuy ficará com ciúmes.

Ura- Pedirei para que ela venha amanhã em vosso castelo, assim poderemos conversar. Sorte a nossa, que seu clã chegou a dois dias as redondezas.

Izu- Combinado Ochako- sorri ansioso.

Izu- Sabe, estou a pensar que... Daqui duas semanas, quando faltar apenas uma para meu aniversário e casamento, apresentarei o castelo á Katsuki. Ficará mais fácil organizar os preparativos com ele ao meu lado, e assim ele conhecerá sua nova casa, afinal viveremos aqui após nos casarmos.

Ochako sorriu ladina.

Ura- Sempre arranjando uma maneira de ficar perto dele- gargalhou- mas concordo com você, e acho uma idéia espetacular.

Enrubesci e assenti.

Izu- Farei isto então.

Por fora transparecia calma, mas por dentro me sentia a beira de um colapso.

Alegria.
Ansiedade.
Excitação.
Medo.
Paixão.

Sentia tantos sentimentos. Todos emaranhados e interligados, numa dança louca e agitada. Me fazia querer sair correndo e gritar, dançar, pular. Era uma sensação boa e cheia de adrenalina. Acho que era isto que a fazia ser tão deliciosa de se sentir.

Continua...