-Terceiro capítulo-

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Não pensei em ficar esperando carona e comecei a andar tomando o caminho para casa.

Eu não tenho mais créditos pra ligar para um taxista e dúvido, que um profissional honrado e descente, atenderia alguém em pela duas horas da madrugada.
A maioria dos bons taxistas, tem famílias e possui idade avançada; há estas horas, eles devem estar no seu trigésimo sono.

Mesmo eu estando caminhando, está frio pra caralho. Pelos movimentos do meu corpo e circulação do sangue, deveria estar me aquecer por estar em movimento; mas isso tudo está dando errado, tomando sentindo oposto do cenário em que me encontro.

O vestido preto que eu uso, não colabora muito mesmo ele atingindo meus joelhos e tendo mangas que cobrem meus cotovelos; por causa de seu fino tecido, consigo sentir o vento gelado atravessar a peça de roupa rasgando minha pele.

Minha face, parece estar congelada por conta do vento frio.
Meus cabelos levemente úmidos e frios pelo sereno da madrugada, aquecem meu pescoço de alguma forma.
Curso meus braços batendo os dentes para tentar ganhar mais cobertura em torno do meu corpo.

Estou com medo de morrer de hipotermia.

Pego meu celular no bolso de meu vestido.
Visto a hora em sua tela.

Se passaram meia hora.
São duas e meia da manhã, e nem perto de casa eu estou.

Já cruzei metade da rodovia; apenas tenho que seguir mais metade dela, adentrar na cidade e fazer só mais uns cinco quilômetrinhos de nada, para ir ao bairro aonde minha casa se localiza.

Graças a Deus que eu trabalho só se noite, assim posso dormir de manhã...

É nessas horas que eu me pergunto: "do que adiantar ter um automóvel e uma carteira de motorista; se tenho que sair escondido, pular uma janela, pagar para ir ao lugar desejado e, acabar voltando para casa com minhas pernas?".
Maldito momento que fui comprar um corcel que faz mais barulho que um trator emperrado.

Ao longe, ouço o ronco de uma moto.
Somente ignoro.
Com toda certeza, é um exibido que vai passar por mim fazendo 'ran-dan-dannn'.

Que ódio quando fazem isso, da mais ódio ainda quando empinam a moto; minha vontade é que um desses caras que fazem isso para chamar a atenção de mulher, que caiam de cara no chão e se quebrem.

O ronco da moto se aproxima em disparada de mim e sequencialmente, acompanha meus paços de vagar.

Se este cara tiver a ousadia de me pedir se eu faço programa..
Vou responder que sim apenas para ganhar carona para casa.
Eu não aguento mais esse frio, estou ficando roxa.

De canto, olho para o lado percebendo que o garoto tira o capacete.

Observo a moto.
Ela não é aquelas porcarias da Honda que sinceramente, elas são ridículas, todavia há um detalhe: é bom de dirigir ou andar um uma Honda; mas a moto em si, é horrível que nem mecânico entra na causa.

A moto ao meu lado, é uma 'Harley-Davidson Softail Fat Boy', vermelha vinho com acento de couro.

A oitava maravilha do mundo é está moto, meu Deus; mas assim que coloquei os olhos em seu dono, me garanti, que há uma mais uma maravilha no mundo além destas oito.

Vince sorri me olhando.

Ele é mais uma maravilha do mundo, imagina beijar este homem... Nossa senhora, Axl que vá se foder mas eu quero muito fazer isso.

- Não quer mais corona? - Ele pede parando a moto enquanto põe o capacete em seu braço.

- Paro de caminhar. - Agradecida, mas não.

𝙇𝙞𝙠𝙚 𝙖 𝘿𝙧𝙚𝙖𝙢  ~ ░★░ ~ Vince Neil Onde histórias criam vida. Descubra agora