📌Capítulo 3 - Prazo de validade

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Se eu pudesse falar alguma coisa para minha versão criança seria: aproveite sua família, porque o amor tem prazo de validade

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Se eu pudesse falar alguma coisa para minha versão criança seria: aproveite sua família, porque o amor tem prazo de validade. Desde pequena eu sempre desejei a validação do meu pai para qualquer coisa que eu fizesse, sempre segui suas vontades. Fiz todos os cursos que ele pediu e sempre tentei atender as expectativas. Porém toda criança tem seu limite e suas distrações, assim foi apelidada de "garotinha mimada".

Quando resolvi desenvolver personalidade foi chamada de ingrata inútil e outras coisas, por esse motivo eu decide estudar em tempo integral, assim eu ficaria mais tempo longe da mansão Hyuga. Eu não poderia me referir a aquela residência como "casa" ou "lar", porque lar é onde as pessoas que você estão e eu não amava ninguém, aos 13 anos parei de me referir a Hiashi como "papai", ele poderia ser tudo menos um pai para mim. Por mais eu odiasse aquela casa, eu não poderia abandonar minha mãe, ela é tão vítima do comportamento de Hiashi quanto eu.

Aos 16 anos meu pai me informou que quando eu terminasse o ensino médio, eu trabalharia na Atena. Por mais eu odiasse trabalhar para ele e futuramente ouvisse que todo dinheiro e conquista era graças a empresa dele, eu queria trabalhar na Atenas. Então passei meu segundo ano inteiro estudando para faculdade de jornalismo, e eu fui a primeira Hyuga a ingressar na faculdade antes da maioridade. Eu fiz a prova da faculdade e passei, só precisei fazer um supletivo antes de começar a estudar.

Minha mãe fez uma "festa" de comemoração, mas Hiashi ficou o tempo inteiro no escritório. Minha faculdade durou três anos, os melhores três anos da minha vida, longe do meu pai e suas comparações. Lá foi onde eu conheci minhas amigas, Sakura Haruno do curso de nutrição e Ino Yamanaka do curso de moda, nós dividimos o dormitório e ali foi minha casa por determinado tempo. Por algum tempo eu vivi sem ser alvo de chacota parental ou zombaria, eu sabia que no fundo Hiashi tinha raiva, por mais que ele rebaixasse eu conseguia ser muito melhor que ele em vários aspectos.

Quando entrei na Atena comecei como assistente editorial, ali percebi como adultos podem ser cruéis. Ser filha do CEO não era tão fácil, todos acham que você tem algum tipo de privilégio ou passe livre para fazer o que quiser, mas era totalmente o contrário. No meu primeiro dia, meu pai jogou um balde de água fria me trazendo a minha realidade, onde eu seria tratada como uma funcionária qualquer e eu deveria conquistar coisas por mim mesma sem nenhum privilégio. "Aqui você é apenas Hinata, a assistente editorial e mais nada" foi exatamente o que ele disse antes de me mandar para trabalhar com uma das editoras chefes mais duronas e implicantes da face da Terra, mas hoje agradeço por ser assistente dela e reconheço que se tivesse ajudado alguém com "mão leve" eu não teria nada que consegui hoje.

No começo quase todos os textos que eu fazia eram negados ou pedidos para serem refeitos, a Naomi-san nunca pegou leve comigo. De acordo com ela meus textos eram ótimos, mas precisavam excelentes para eu conseguir uma misera coluna que fosse, e tinha entendido o recado. Passei noites e madrugas escrevendo sem parar sobre diversos assuntos, até que ela percebeu que meus melhores textos eram voltados para o mundo feminino como: pressão estética, padrão de beleza, textualização extrema e vestuário. Mas é claro que Hiashi Hyuga não iria deixar a filha dele "criticar os homens", então tive que usar trocadilhos para ele não perceber a mensagem por trás das colunas. Tive só um ano trabalhando com a Naomi-san, ela resolveu sair de férias para a América sem data de volta e acabou pedindo demissão, mas antes de sair ela convenção todos os funcionários me recomendarem como nova editora chefe.

LOVE IS THE NEW BLACK - naruhinaOnde histórias criam vida. Descubra agora