Me Encontre.

Capítulo 5.

Olá, meus amores.

— Um demônio? — Uma voz feminina falou, ela parecia distraída, Harry mexeu-se na cama, de quem eles estavam falando? — Demônios não tem presas...

— Existem muitas raças de demônios, talvez ele seja um híbrido? – Dessa vez foi uma voz masculina que falou, Harry reconhecia essa voz de algum lugar, mas não lembrava de onde, suspirou agitado, por que eles não calavam a boca? E o que eles estavam discutindo? Demônios? Híbridos? Não fazia o mínimo de sentido, eles podiam ficar de boca calada por alguns minutos, já estavam lhe dando dor de cabeça e o irritando demais — Acho que ele está acordando, talvez ele saiba o que ele é!

Harry abriu os olhos, sentia que sua visão estava incrivelmente vermelha e irritada, olhou para todos com desconfiança e raiva, ele tinha os seus motivos para estar irritado, como podiam ter o incomodado? Ele estava bem longe deles!

Harry sentou-se na cama, abrindo as asas e tentando ficar maior para parecer ameaçador, estava em um lugar estranho e precisava pensar em um plano, por enquanto meter medo nos outros seria o suficiente, estava com medo e indefeso em um lugar totalmente desconhecido, Merlin, onde ele estava? Viu que estava sentado em uma cama macia, havia um guarda roupa ali, grades na janela, focou o seus olhos escuros no rosto da primeira pessoa que conhecia ali: Severus Snape, aquele idiota, o que ele estava fazendo ali afinal? Snape iria dedurá-lo á Ordem das Galinhas Queimadas?

O bruxo parecia estar mais pálido do que o normal, Harry sorriu quase demoniacamente para o seu querido professor de Poções, sendo sincero ele gostava disso, pela a primeira vez viu uma emoção no rosto de Severus: medo ao invés de indiferença e frieza, gostou imensamente disso. Era adorável ver as pessoas ficando pálidas, embora não entendesse o porquê, medo era certamente um sentimento deveras interessante e lhe deixava excitado e animado. Encarou um á um naquele quarto, perguntando-se o motivo de ter tanta gente ali, por acaso eles achavam que ele era o quê? Uma aberração em circo de horrores ou em um animal em zoológico para exposições? Queria esganar cada um deles lentamente, Harry não era um animal de espécime rara para ser encarado por todos, quebrar pescoço por pescoço parecia interessante...

A aura ao seu redor ficou mais escura, sua magia mais agitada, seu sorriso se tornou inocente e ao mesmo malicioso. Ele cantarolou uma música inocente e calma, pensando em como se divertir, estar perto de pessoas o deixava em um estado caótico e muito agitado, mas também parecia que o cheiro de algumas pessoas o chamavam.

— Potter, o que você é? — Severus perguntou curioso, se afastando lentamente do garoto, Potter colocou os pés no chão e olhou com um sorriso predatório para o seu querido professor, os olhos cheios de malícia brilhando para Snape, Severus se afastou mais, seu estômago dando nós.

— Que maravilha, vocês trazem alguém desconhecido e totalmente perigoso para a sua casa? Vocês são burros, é? As mães de vocês não lhes ensinou nada? — Harry se pôs de pé, andando ao redor da sala, ele suspirou entediado, olhou para o relógio em uma cômoda com ódio — É três horas da tarde? Idiotas, sabia que atrapalharam a minha soneca? Eu deveria matar vocês, agora eu vou dormir á noite? Perda de tempo, acham que eu gosto de andar de dia por aí, seus idiotas?

Estava sendo desagradável pois estava mal-humorado, e não iria demonstrar medo diante deles, Merlin, sabia o que eles podiam fazer se o vissem com medo!

E realmente eles tinham atrapalhado o seu descanso, droga, o que eles esperavam? Bondade? Harry estava cansado de fazer papel de bonzinho!

— Me respeite, Potter! — Severus exclamou já irritado, o adolescente não pareceu se preocupar, apenas encarou-o com raiva, Severus percebeu que a paciência de Potter estava menor que o normal, o garoto não explodia tão facilmente antes, talvez a herança de criatura tivesse sido estressante demais para ele? Talvez fosse isso, as vezes isso podia limitar ainda mais uma paciência já curta de alguém, e a de Potter estava limitada á poucos atos.

— Não, eu não sei a resposta para a sua pergunta, pelo o que eu me lembro: passei a noite anterior ao meu aniversário com dor e quando acordei tinha essas asas inúteis — Harry rosnou irritado, ele encarou Snape com frieza o suficiente para fazer o sonserino suar e gelar, era um tipo de olhar que Severus só tinha visto em Voldemort, frio, assassino, predatório, o que estava acontecendo com Potter? Ele tinha enlouquecido? Era isso? Ou talvez fosse a horcrux dentro de Potter o enlouecendo com a sua criatura?

Harry estava começando á se irritar com aquelas pessoas, como ousavam tirá-lo da floresta tranquila e aconchegante para trazê-lo á uma mansão? Ele estava tão bem antes, mesmo quase morrendo de frio e de fome, ele não ligava para essas situações difíceis, pelo menos Harry tinha um pouco de controle sobre elas, estava aprendendo á caçar animais e estava se dando bem com isso, não precisava de bruxos idiotas atrás dele sinceramente.

— Potter... — Severus resmungou, Harry riu nasalmente, o que Snape falaria agora?

— Ah, cale a boca, estou de péssimo humor, vocês atrapalharam o meu dia, ok? Então fiquem caladinhos — Harry os encarou cheio de raiva, olhou as asas em um espelho, vendo que elas estavam pretas-encardidas, há quanto tempo ele não tomava um bom banho?

— Você disse que atrapalhamos a sua soneca... — Severus começou, havia muito demônios noturnos, e nenhum desses tipos eram realmente gentis, lembrava-se de ter estudado sobre isso há muito tempo, precisaria reler aqueles livros —... Isso significa que você dorme durante o dia inteiro e que anda á noite?

— Dããã, idiota, o que mais significaria? — Harry riu zombeteiro, imaginou como seria arrancar a língua de seu amado professor, isso soava divertido para Harry, sorriu com esse pensamento, era certamente tentador.

É, certamente Harry era um demônio noturno, talvez híbrido com alguma raça perigosa. Demônios noturnos tinham muitos métodos de defesa, embora parecessem frágeis por fora com os seus sorrisos doces, podiam sugar a energia, a vida e calor de pessoas, deixando-as debilitadas e fracas, ou se sentissem extrema raiva de alguém poderiam matá-las com rapidez e precisão. Eles tendiam á ser violentos se por acaso se sentissem ameaçados por algo ou alguém. Não havia muita informação sobre eles nos livros da luz, apenas citavam que eles eram muito bons com magia da natureza e que odiavam lugares iluminados e apertados, e que eram considerados das trevas.

Harry focou os belos olhos verdes em um homem próximo á Bellatrix, dando um sorrisinho discreto e quase faminto. Se estava em uma maldita casa cheia de gente por que não se aproveitar deles? Era uma boa ideia, lhe daria energia...

Harry sorriu, já que eles tinham o levado até ali, então iria aproveitar o máximo possível.

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Até o próximo capítulo, meus amores.