Era uma vez, uma alforreca... - II

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ERA UMA VEZ, UMA ALFORRECA...

CAPÍTULO LXIX

PARTE 02


SEGUNDA-FEIRA (MANHÃ)

-(Paula) Ô Joana!! Um dia destes por falarem demais, vocês vão perder e muito.
-(João) "Eles os três copularam"?! O quê...?
-(Amílcar) Prima, já chega... Ai minha nossa Senho...
-(Joana) Não chega nada, é a verdade. Até pode ser que eles desistam da estúpida ideia que vocês todos aceitaram, se o Joãozinho souber da realidade. - andando para a frente do meu tio, agarrando-lhe as duas mãos, começa a falar demais como o seu querido marido – João, a tua filha, o teu futuro genro, que coitadinho não se aproveita nada ali e o meu amante que pensa que pode fornicar todas que lhe aparecem na rede, eles os três estiveram em comungação sexual. - inspirando fortemente e expirando levemente após a sua breve confissão – Aaah, que alívio. Isto de dizer a verdade é purificante.

O meu tio parou de andar na areia e ficou a olhar para a Joana, com os restantes igualando mimicamente o processo.
Naquela bolha familiar, um silêncio bruto e uma troca de olhares, enquanto ao redor, tudo continuava normal. As crianças brincavam a fazer buracos na areia, os jovens a fazer malabarismos e as pessoas com mais idade, a passearem para trás e para a frente junto à orla do mar, alguns com partes do corpo acastanhados.

-(Paula) Tu estás a ver o que tu acabaste de fazer?
-(Joana) Sim, disse a verdade!
-(Amílcar) Ai minha nossa Senhora de Fátima, que isto vai dar merda...
-(Paula) John, acalma-te, por favor. Não te enerves, que o cabelo começa a cair-te...
-(João) A Fatinha não sabe disso, pois não?
-(Joana) Não, não sabe. Mas deveria saber. Pode ser que eles os dois apanhem juízo e cresçam um pouco, invés de quererem se juntar a nós, nas nossas brincadeiras adultas.
-(Paula) John, eu sei que ela é a tua filha, mas somos todos adultos e responsáveis pelas nossas ações.
-(João) Há quanto tempo isso acontece?
-(Amílcar) Paula, mais vale contarmos a verdade toda. Não vale a pena continuarmos a esconder as coisas quando ele já sabe e ainda por cima, é o pai dela.
-(Joana) Desde que chegámos que a tua filha já comeu aquilo que é meu umas duas vezes e só estamos na segunda de manhã. Se não lhe metemos um travão, ela ainda vai marchá-lo uma terceira vez.
O que eu não consigo compreender, é porque razão o seu namorado é tão mansinho neste aspeto...
-(Paula) Noivo!
-(Joana) ... porque se eu estivesse no lugar dele... - olhando para a sua amiga – Tanto faz! Namorado ou noivo, é tudo a mesma merda... Se fosse comigo eu já tinha levantado um pé de vento...
-(João) O Valter também participa das fodas deles?
-(Amílcar) Sim, parece que sim. Na primeira vez parece que só viu em videochamada e na segunda, é que se juntou à tua filha e acho que os dois fizeram um oral ao teu sobrinho. - sussurrando para a Paula - Se aquele boi não souber nadar, é bom que improvise. A expressão do João, está a fazer-me lembrar a do bode quando marra connosco.
-(João) Uau! - fazendo uma pausa - Uau...!
-(Joana) "Uau"?! O que é isso, "uau"? Invés de rosnares, dizeres que tens que mandar aqueles dois para casa, só ladras?
-(Paula) Eu estou pasma com a tua reação. Não estava à espera... disso. Não ficaste chateado?
-(Amílcar) Até eu estou admirado. Se fosse uma filha minha, eu ficava fodido... acho eu. Não tenho filhos e nem tenciono ter, para não vir estas dores de cabeça.
-(João) Ô, claro que não estou chateado. Surpreso, mas não chateado. Então, se a minha filha gosta de foder, sai à mãe e ao pai dela. É adulta e vacinada e ela é que sabe o que quer da vida.
Eu posso aconselhar, mas não a posso proibir de foder seja com quem for, mesmo que seja com o pa... Ah pá, a Fatinha não vai gostar nada de saber isto!!
-(Paula) A Heidi e o Marco disseram o mesmo. Eu num ponto, não vejo mal os primos enrolarem-se. Estes dois aqui são primos e enrolam-se!
-(Amílcar) Eh, muito pouco... A prima está sempre a fugir-me. É escorregadia como uma enguia.
-(Joana) Ô João, então, eu digo que a tua filha anda a foder com o teu sobrinho e o tótó do namorado dela nem pia e tu só dizes: "Uau, uau"?! Só podes estar a gozar comigo, não??
Ô Tonho, ajuda-me e diz qualquer coisa.
-(Tonho) Ajudar em quê? Sabes que eu não concordo com o que tu dizes, mas se abro a boca, passo as férias todas a seco, por isso, prefiro estar calado. Vocês que falem, ladrem, o que quiserem.
-(Amílcar) Deverias ter pensado assim, quando falaste com o teu irmão...
-(Tonho) Tu também com esta conversa? O que é que o meu irmão tem a ver com isto?
-(Amílcar) Não tem. Mas depois o Paulo explica-te melhor, urso.
-(Joana) Isto é uma família de malucos. Olha onde eu estou enfiada, hein...
-(Paula) Já chega, minha ciumenta. - agarrando-se à amiga – Anda aqui para ao pé de mim.
-(Joana) Ô vermelhinha, eles querem se juntar a nós! Eu não quero que tu sejas chupada por aquele carapau, toda jeitosa, perfeitinha e com idade para ser tua filha.
-(Paula) Mas se isso tiver que acontecer, acabará por se realizar.
-(João) Foscasse, o quê? A minha filha quer chupar a Paula? - Ficando ainda mais admirado com esta descoberta.
-(Joana) O caralho!! Tinha que passar por cima de mim...
-(Tonho) Pode passar por cima de mim também, que eu não me importo nada.
-(Amílcar) Ora aí está uma coisa que estamos os dois de acordo.
-(Paula) John, isso só acontecerá se vocês os dois aprovarem. Vocês é que são os pais!
-(Joana) Ô amiga, então e eu? Não tenho direito a dizer nada? - voltando-se de repetente para os outros dois – Ô Tonho, tu não comeces com as tuas merdas e o mesmo para ti, primo.
-(Tonho) "Ô Tonho" o tanas. Eu fui o único que ainda não tive direito a nestum, desde que cheguei.
-(João) Ah Paula, vamos lá ver se eu consigo explicar-me: Eu por mim, está tudo bem. Quero lá saber é disso. A vagina é dela e ela é que martela com este ou com aquele. Quem sou eu para lhe dizer que não?
Como eu já tinha dito, a Fatinha é que não vai gostar nada de ouvir isto. É que eu nem quero estar presente quando ela ficar a saber.
-(Amílcar) Ô prima, essa conversa comigo já não funciona. Já libertei o bicho e agora é soltar a fúria do Milka. (Porra, eu não disse nada disso... - disse o Milka)
-(Tonho) Nã nã nã... Se tu podes soltar a fúria, então, eu também posso.
-(Joana) Vocês os dois soltam a "fúria" e depois levam é com a minha. É isso que querem?
-(Paula) John, eu só pergunto isso porque, se acontecer e é o mais certo é que aconteça, quero saber se não vamos ter chatices por causa disso.
-(João) Ah Paulinha, eu já disse. Por mim, eu quero que se foda. Até eu a comia, se ela desse.
-(Joana) Eu estou incrédula com aquilo que estou a ouvir!! Tu fornicavas com a tua própria filha, João?
-(Tonho) Epa, fónix, isso também é demais.
-(Amílcar) Demais, o caraças. É cona! Que se lixe! O que interessa é molhar o biscoito. - Fazendo a cena com as mãos.
-(Paula) John, a tua própria filha?
-(João) Ô, e qual é o problema? Se ela dá ao paleco, porque razão não pode dar a mim?
-(Joana) É sangue do teu sangue, carne da tua carne...
-(Amílcar) Parece os coelhos lá na quinta, é tudo ao molho uns com os outros. Epa, é melhor mudarem de assunto, porque senão... - Apontando para baixo.
-(Tonho) É melhor, é. Olha lá, João, a Fatinha ficou em casa a fazer o quê? Porque é que não veio para a praia contigo?
-(João) Eu não vim para a praia. Eu vim ver se o meu sobrinho estava melhor. E ela ficou a preparar a comida para nós todos. Vocês vão lá almoçar e lanche ajantarado! O Marco não vos disse nada?
-(Joana) Eu tenho que estar a comer à mesma mesa e a comida feita pela a tua esposa? Acho que vou ter uma congestão...
-(Paula) Joana, fogo, sinceramente... dá um descanso. Já chega, amiga, por favor.
-(Tonho) Por acaso, já comia alguma coisa. Vai ser o quê, o almoço?
-(João) Caldeiradazinha e polvo com grão. E para lanche, temos mariscada!
-(Joana) Okay, amiga. Tu sabes que por ti eu faço sacrifícios e hum...? MARISCO?!
-(Tonho) Opa, frutos do mar? Podemos ir já! Eles depois vão lá ter.
-(João) Ah Tonho, tens lá marisco que não vão conseguir comer aquilo tudo. Tenho lá uma santola que aquilo esticado pelas patas, devem ter um metro de comprido, fora o resto.
-(Tonho) Afinal aonde é que eles estão? Ainda fica longe? Eu quero ver essa santola...
-(João) Foscasse, tem calma, que ela não foge. E o sítio é já aqui à frente. Temos que passar por estas rochas e é atrás daquela enorme. Foi onde eu mostrei a eles quando eram putos, que se podia ver umas gajas nuas. Devem estar aí a apanhar as lapas.
-(Joana) Eles vieram por aqui? Estas rochas são perigosas! Como é que elas vieram aqui parar?
-(João) Ô, como é que achas? - apontando para cima – Caíram da arriba.
-(Paula) Amiga, isso é muito raro acontecer – abrindo os olhos ao meu tio, que estava a fazer de propósito ao assustar a Joana - Amílcar, vê lá se escorregas e se te aleijas e partes a câmara.
-(Amílcar) Se isso acontecer, tu tratas de mim, não tratas, Paulinha? - Sorrindo para a minha esposa.
-(Tonho) Não, quem trata de ti, sou eu. Já não te chegou o plano T?
-(Paula) É atrás desta rocha grande? Mas temos que a escalar para passar para o outro lado?
-(Joana) Não, não. Vamos a isto depressa, antes que caia alguma. Não podemos dar a volta a ela?
-(João) Sabem nadar?
-(Paula) Eu não, John.
-(Amílcar) Eu levo-te às cavalitas, Paulinha. Não te preocupes com isso.
-(Tonho) Não! Eu é que a levo! Ela é pesada demais para ti. Porque é que não levas a minha esposa que é mais levezinha?
-(Amílcar) Mas olha lá, pá, eu sou mais bem constituído que tu em todos os aspetos...
-(Joana) Ô sor Tonho, que merda de conversa é a sua?
-(Paula) Estás a dizer que eu estou gorda, Tonho, é isso?
-(Tonho) Não, eu não quis dizer nada disso, Paula. É que...
-(Paula) Amílcar, ajuda-me por favor. John, ajudas a verdinha, pode ser?
-(Tonho) ... E eu?
-(Amílcar) Leva aí a câmara. Não a deixes molhar! - Rindo-se silenciosamente para o Tonho.
-(Tonho) Eu levo a câmara...?
-(Amílcar) Olhem-me bem a apanha das lapas destes gajos...
-(João) Ah Mara, o que é que estás a fazer com os teus tios?

Swinger's Diary - The End Of The Beginning!Onde histórias criam vida. Descubra agora