Em busca da liberdade - superando medos

Capítulo 2

Sophie tentava manter a calma, mas a cada dia sem notícias de Beatrice ela ficava mais preocupada, até que um dia, num domingo, ela, Thomas e Alice estavam almoçando, alguém chamou no portão principal da fazendo, Alice saiu correndo e seus pais atrás dela, era o correio, havia uma carta para Sophie, Alice agradeceu o carteiro e foi correndo ao encontro dos pais:

-É de Bia! De Beatrice mamãe!

-Ah querida, isso é incrível, entre em casa, já  estamos indo.- disse Sophie com a carta na mão.

-O que foi querida? Não está feliz?- perguntou Thomas antes deles entrarem.

-É de Beatrice.

-Eu sei querida...

-Não entendeu, Beatrice Schmidt mandou a carta, não Bernardo Schmidt.

-Sophie...

-E se descobriram, e se ela....- disse Sophie com os olhos cheios de lágrimas.

-Se calme, deve ler primeiro, depois nos preocupamos, venha, vamos entrar.

Eles entraram e Sophie foi direto para seu quarto e fechou a porta, Thomas se sentou no sofá e Alice disse desapontada:

-Ah, eu queria ler a carta da minha madrinha...

-Depois você irá ler, agora vamos continuar com seu livro?

Enquanto Thomas tentava prestar atenção nos estudos de Alice, sem pensar na carta, Sophie tentava toma coragem para abri-la, foi então que ela respirou fundo e disse consigo mesmo:

-É só uma carta, apenas uma carta, não seja tola Sophie Kuster, abra e leia.

Ela então abriu a carta, nela dizia:

Querida Sophie,

Muitos morreram nos últimos dias, não tive tempo de escrever, espero não ter te preocupado muito, estou bem, é provavelmente o quer saber agora.                                                                                        As coisas estão ficando difíceis, meu cabelo cresceu, todos no dormitório cortam o deles de tempo em tempo, mas não tive coragem, prendo ele num coque, todos me olham estranho, mas o problema é deles não é.                                                                                                                                                     Alice deve estar bem grande já, e provavelmente a sua cara, mande saudações a ela, a Thomas também e a todos por aí, sinto saudades de todos, mas principalmente de você.                                     Vou direto ao ponto, fiz minhas contas, completo cinco anos de trabalho em poucos dias, é meu limite, não está entendendo errado Sophie, vou voltar para casa, essa provavelmente vai ser a última carta escrita na guerra por mim, isso é libertador Sophie, sinto orgulho de mim mesma por ter chegado até aqui, mas acho que já estar na hora de pôr um fim nessa etapa, pode colocar meus lençóis para arejar Sophie, estou oficialmente voltando para casa.

                                                                                                                                     Beatrice Lilly Schmidt

Sophie terminou a cartas em prantos, deu um pulo da cadeira e saiu pulando pela casa com a carta na mão, parou no corredor e disse:

-Bia vai voltar! Ela está voltando.

Thomas deu um pulo do sofá e correu até Sophie e lhe abraçou a levantando dizendo:

-Estou tão feliz querida.

Alice deu pequenos pulinhos e disse:

-Vou conhecer minha tia mamãe?

-Vai sim querida, vai sim...- disse Sophie.

Havia 5 anos em que aquela casa não ficava tão feliz daquela maneira.