- senhor eu... desculpa
- ta se desculpando pelo oque?
- eu acordei com fome e...
- veio comer alguma coisa?
- isso...
- não presisa se desculpar por isso Helena. Pode ficar a vontade
- obrigada senhor
- por favor não me chama de senhor eu me sinto tão velho...
- desculpa...
- ja percebeu que desde que você me conhenceu não para de me pedir desculpa? relaxa eu não sou um chefe tão ruim - diz sorrindo
- eu sei dá pra ver que você é um home bom... - digo olhando nos seus belos olhos
- obrigada... Helena se não for incomodar você pode fazer um sanduíche pra mim? é que eu to com muita fome.
- claro eu faço sim, vou fazer um pra mim também. - falo e abro a geladeira e pego o necessário pra fazer dois sanduíches bem fartos. demorando alguns minutos o nosso lanche ta pronto
- espero que você goste - digo e entrego seu sanduíche.
- tenho certeza que vou amar... - diz e eu sorrio sem graça. espero ele dá uma mordida no sanduíche para logo em seguida da uma no meu
- isso aqui tá uma delícia... nunca comi um sanduíche tão gostoso - diz
- que bom que você gostou.
- eu não gostei eu amei... - diz e fico sem graça mais uma vez
- posso fazer uma pergunta?
- claro que pode Helena
- e a sua família não mora aqui? - pergunto e me arrependo quando vejo seu olhar melancólico.
- desculpa Pedro não precisa me contar nada.
- tudo bem eu quero... meus pais morreram quando eu tinha dezoito anos não tenho mais nenhum parente de sangue.
- eu sinto muito também perdi meus pais eu sei bem como é essa dor que você sente. - ele me da um sorriso triste.
- a Maria me contou que você foi expulsa de casa pela sua madrasta pode me explicar melhor?
- claro a Bárbara minha Madrasta sempre me odiou e eu nem sei porque. ela e a filha viviam me humilhando e rindo de mim era um inferno!
- bom agora você ta aqui e eu prometo que ninguém aqui vai te humilhar.
- muita obrigada pela oportunidade se não fosse por você e a Maria eu nem sei oque seria de mim... - digo emocionada
- não presisa agradecer. posso te fazer outra pergunta.
- pode!
- a sua deficiência na perna realmente não tem cura? - pergunta e eu demoro alguns segundos pra responder
- quando meu pai era vivo a gente foi à um ortopedista e ele disse que infelizmente não tem cura. mas tudo bem eu ja to acostumada.
- você faz fisioterapia?
- eu fazia só que Bárbara me proibiu de continuar
- essa sua madrasta é horrível - diz com raiva
- eu posso pagar... - não deixo que ele termine de falar
- não precisa o meu problema na perna não vai atapalhar o meu serviço! - digo um pouco irritada tava cansada das pessoas me acharem incapaz por causa da minha deficiência
- eu sei... só quero te ajudar
- me ajudar por pena?
- não você é minha funcionária agora e eu cuido dos meus funcionários. me deixa cuidar de você por favor aceita minha ajuda.
- tudo bem eu aceito mas só se você descontar do meu salário.
- ta certo... vou te levar amanhã mesmo.
- eu não que te dar trabalho
- eu quero te levar.
- tudo bem eu aceito - digo e término de comer meu sanduíche
- boa noite Pedro - digo e vou para o meu quarto.
(...)
acordo com alguém batendo na porta
- Helena é a Maria. - levanto na mesma hora ai meu Deus será que tô atrasada pro serviço?
- eu vou tomar um banho e vestir uma roupa saio em cinco minutos..
- tô te esperando na cozinha.
tomo um banho rápido e visto um vestido florido nem tenho tempo de arrumar o cabelo.
- desculpa Maria acho que dormi demais
- tudo bem ainda tá cedo, te chamei porque queria te apresentar minha afilhada. - fala e percebo uma moça alta e magra de vestido comprido usando óculos sentada em uma cadeira
- é um prazer enorme ta conhecer - fala a tal Alice já de Pé
- é um prazer te conhecer também - digo simpática
- posso te dar um abraço?
- claro... - digo e ela me dar um abraço que quase quebra meus ossos
- aí - gemo de dor e ela se afasta
- desculpa eu não tive a intenção é que eu to tão feliz em ter alguém quase da minha idade pra conversar. tenho certeza que vamos ser ótimas amigas! - fala empolgada
- tenho certeza disso Alice. - falo me animando vai ser bom ter uma amiga pra compartilhar segredos. - nosso chefe entra na cozinha e olha pra mim.
- Helena que bom que ja ta acordada eu preciso falar com você. vem aqui comigo na sala rapidinho. - diz sério
- claro tô indo - meu Deus oque será? o sigo até a sala
- Pode sentar. - fala e eu me sento
- eu comprei isso pra você. - diz e pega uma sacola no sofá
- oque é? - pergunto curiosa por que ele compraria algo pra mim?
- abre você vai gostar. - pego uma caixa de dentro da sacola e quando abro fico surpresa com oque vejo.
- um sapato ortopédico?
- é e nem pense em recusar - levanto e o abraço
- obrigada muita obrigada.- posso colocar em você? - pergunta e me afasto
- não precisa...
- precisa sim, senta por favor - obedeço meu chefe e me sento ele pega um par e calça meu pé esquerdo e depois faz o mesmo com o outro. eu Tô me setindo a Cinderela....
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Um Amor De Menina
RomanceHelena é uma jovem de vinte anos doce e amorosa que mora em São Vitório uma cidade do interior de São Paulo, ela convive com um problema em uma das pernas que a obriga a mancar. apesar disso sempre tenta ver o lado bom de tudo. ao ser expulsa de cas...