Dark Witch and The Winter Soldier

✰ Um - Hail Hydra

ᆞ       ᆞ       ᆞ       ᆞ       ᆞ
￣ ￣￣￣￣     ❁ཻུ۪۪⸙     ￣￣￣￣ ￣
-ˏˋ Dᴀʀᴋ Wɪᴛᴄʜ Aɴᴅ Tʜᴇ Wɪɴᴛᴇʀ Sᴏʟᴅɪᴇʀ  ˎˊ-
𖦹                                                              𖦹

Minha vida pode parecer errada para a maioria das pessoas, as que julgam quando olham apenas para o final, as que não entendem o porquê e as razões que me levaram a se tornar uma "vilã". "Ah, culpa dos pais!", "Culpa do "namorado" pirado!". Não é culpa de ninguém, esses são os motivos pelos quais eu venho lutando nos últimos vinte anos.

Eu vou enfrentar, novamente, o maior soldado que a Hydra já teve: o Soldado Invernal. Um fantasma, um grande homem com um braço de metal da porra. Mas eu acho que ele tem uma parte humana, ele não bateria numa menina de 20 anos, com cara de inocente, certo? ERRADO!

O braço humano passa perto do meu nariz, mas não me acerta, porque eu me afastei na hora exata. Então ele se recompõe, e tenta novamente, me acertando um soco no braço. Mas tenho que focar no que eu posso fazer, então forço o poder nas minhas mãos e uma fumaça negra começa a surgir. Ele vem para cima de mim novamente, e eu jogo uma das bolas de sombras na barriga dele. Soldat é jogado à cinquenta centímetros de mim, confirmando que eu precisava treinar mais a força desse golpe.

- Chega! - Minha mãe grita no final da cela em que treinamos. Cassandra era uma mulher adorável, para quem a olhasse de longe. Se o diabo tivesse uma variante mulher, seria ela. Sempre vestida com roupas apertadas que levantavam seus seios, e com o ridículo batom verde. - Soldat, para trás.

O mesmo obedeceu, como um cachorro. Eu gostaria de chegar nos cargos poderosos da Hydra apenas para conseguir as palavras e fazê-lo se jogar de uma ponte pelos vários socos que já levei.

- Meine Liebe... - "Meu amor". Mas a voz dela não era cuidadosa, gentil. Era como um aviso... - Pensem que estivesse praticando sua energia.

- Não é energia, Mama. São sombras, e elas são difíceis de me obedecer...

Ela se agacha um pouco para ficar na mesma altura do que eu. Então, ela coloca a mão no meu cabelo gentilmente, e me puxa contra si.

- Você as domina. Faça elas obedecerem, entendeu?

Enquanto ela falava, meus olhos foram para o Soldat. Ele nos observava parado à alguns metros, os olhos azuis quase tampados pelo cabelo preto molhado. Ao me ver olhando, ele desvia, e juro que pude ver suas bochechas ficando vermelhas. Será que ele tinha emoções, afinal?

- Elane! - Minha mãe me chama de volta à realidade. - Me escutou?

- Claro, Mama. Vou treinar mais, daqui uma semana vou estar melhor. - Sorrio de canto enquanto ela quebra o nosso toque.

- Uma semana, Liebe? Não, acho que não. - Ela olha para o Soldado, e então caminha até a porta, se virando para mim antes de atravessar a abertura de metal. - Terá até amanhã. Soldat, mantenha seus olhos nela.

Minha mãe sai, ordenando à um guarda que mantenha a porta da cela trancada. Reviro os olhos, eu estou soada, com um roxo no braço e mesmo assim eu preciso ser melhor, dar o meu melhor. De tantas coisas me irritando, a que mais me deixa louca é ter um soldado de 90 anos me olhando, esperando algo. Se eu o atacasse, seu mecânico cérebro diria para me matar, então não era uma opção.