✰ Dezesseis - Sokovia

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 ̄  ̄ ̄ ̄ ̄     ❁ཻུ۪۪⸙      ̄ ̄ ̄ ̄  ̄
-ˏˋ Dᴀʀᴋ Wɪᴛᴄʜ Aɴᴅ Tʜᴇ Wɪɴᴛᴇʀ Sᴏʟᴅɪᴇʀ  ˎˊ-
𖦹                                                              𖦹

Estou no banheiro do quarto agora, limpando tudo o que posso gastando menos tempo possível. Mal consigo pensar enquanto os movimentos automáticos acontecem, sendo que num outro momento já estou voltando para o quarto. O Soldado Invernal está em pé perto da porta, uniformizado e mascarado, segurando uma arma.

Meu pai quer falar comigo, e toda a dor do que acabou de acontecer parece desaparecer. Engulo seco indo até a porta e saio dali, andando de volta para a movimentação das pessoas e buscando a sala que meu pai está ficando.

Agora todos estão saindo para a carreata, e vejo Veronica Eden indo na frente. Ainda está abatida, mas minha mãe parece estar lidando com a situação e respondendo tudo à todos. Reviro os olhos e sigo para a sala. Ao entrar na mesma, meu pai dispensa dois homens e pede para que eu sente na frente da mesa dele. Meu corpo relaxa por um momento, mas logo retomo a postura.

- Parece abatida. - Ele diz enquanto assina alguns papéis.

- Estou feliz por termos vencido.

- Ah, claro. - Ele ergue um papel para mim e eu pego: é uma ficha, de uma mulher morena que nunca vi na vida. Zene Dustain. Ela morreu há algumas semanas, caso da morte: morta na experiência 2.937.

- O que foi essa experiência? - Pergunto colocando a ficha na mesa, pois ver o seu rosto fez meu estômago embrulhar.

- Não sei se você se lembra, mas coletei seu sangue. - É claro que me lembro, penso. - Antes, depois do Cetro de Loki, e há algumas semanas. Descobrimos, depois de algumas mortes, que o seu sangue tem algo que deixou você viver depois da experiência.

- Duzentos e oitenta e três mil... - Veronica me disse que o sangue de Pierce era sujo, logo ligo os fatos e percebo então que o sangue dele não tinha o que tem no meu.

- E acontece, que agora, sabemos exatamente o que estamos buscando para a Hydra. - Ele mexe numa papelada e me entrega. - Esses dois quiseram se inscrever no projeto. Eles tiveram o encontro com o Cetro há dois dias...

Pietro Maximoff, Wanda Maximoff.

- O sangue deles, é como o meu?

- Não exatamente. - Ele conserta o monóculo e junta as mãos, como um cientista orgulhoso. - Mas tem algo em comum, um fator X que não existe no sangue dos outros dois mil mortos.

...

Horas depois, quando já está escuro e somente a lua brilha no céu, sou chamada para ir para o carro. Olho ao meu redor e observo o quarto, principalmente a janela e a vista para a cidade. Ficarei bastante tempo no bunker, e não sei quando serei livre novamente. Para garantir que eu veja o exterior novamente, devo ganhar espaço na Hydra.

Saio do cômodo e encontro um corredor estranhamente vazio. Ando por alguns metros e encontro o Barão conversando com dois homens, dando instruções. O Soldado Invernal está atrás dele, como um cachorro de guarda, sem expressão e ele nem olha para mim. Eu causei isso, disse as palavras e agora quem eu conhecia está esquecido.

- Elane, vista o traje. Vamos direto para o bunker de helicóptero. - Eu mal o olho.

Será cansativo, fazer todo o caminho de volta. Invoco as sombras e elas entregam meu traje. Puxo o capuz, tento esconder um pouco do meu cabelo, mas no final acabo colocando ele todo divido em duas partes.

No elevador, eu fico na frente de Soldat. No reflexo das portas, tento fazer contato visual, mas ele só encara si mesmo. Ele está me ignorando, sinto que é por querer. Então ele, no fundo, sabe que foi eu quem falou as palavras, sabe tudo o que vivemos nos últimos tempos. Não nego, dou um pequeno sorriso de canto.

E então, já estamos voando, o dia amanhecendo. Aconteceu de novo, e meu pai agora me encara. Minha mente deu aquele maldito pulo e eu perco um pouco a respiração.

- O homem que nos encontrou na pista de decolagem, Hullian Juker, ele ficará responsável pela segurança pessoal da Sra. Eden. O loiro parece se dar bem com esse tipo de trabalho.

Não me lembro de ter visto ele, mas no bunker, o loiro fazia um trabalho bom sendo guarda pessoal de um cientista.

- É, claro.

Olho para o lado, e Soldat está abraçando uma arma, olhos no chão. Mascarado, eu mal consigo ver seus olhos por causa do cabelo que agora cai no rosto como nunca. Ele está se escondendo, e aquele pensamento me vem na cabeça novamente: ele se lembra.

O helicóptero começa a descer e eu olho para meu pai, ele acena positivo.

- Mudança de planos, vamos descer em Sokovia.

Essa cidade é do lado totalmente oposto de onde o bunker fica. Ajeito os fones na minha cabeça e respiro fundo. O que será que meu pai está tramando? E porque eu ligo?

Pousamos e logo em seguida já estamos dentro de uma construção antiga que se parece com um castelo abandonado. Andamos por alguns corredores e entramos em uma sala com dois observatórios. Em cada um deles, havia um jovem. A da esquerda, uma mulher da minha idade, com cabelos escuros. O da direita era um homem com cabelos brancos, que dormia.

- Pietro e Wanda Maximoff. - Meu pai diz e escora numa mesa. Soldat entra logo depois, fechando a porta. - Não podem nos ouvir e nem ver. - Eu me aproximo do vidro. - Perguntas?

- Habilidades? São como as minhas?

- Não. O Cetro dá poderes únicos, nunca repetido. - Ele se aproxima de mim. - Você, sombras. Ela, manipulação e controle mental. Ele, uma velocidade anormal.

- Quero falar com eles. - Peço. Olho para trás, e posso jurar que Soldat fez "não" com a cabeça.

O pensamento que tenho é que com dois humanos, ou qualquer coisa que nós somos, ao meu lado, garantir minha liberdade e controle da Hydra seria mais fácil.

- Claro que quer. - Ele vai até a fechadura digital, digita algo e então os dois vem até o vidro. O homem depois de acordar, abrir a boca e se espreguiçar. - Dark Witch. Pietro e Wanda Maximoff.

- Então você é a primeira. - A garota diz com um sotaque forte. - Ela é sua cara, Barão.

Ele não sorri, e vai para trás de mim. Como começo isso? Como faço eles confiarem em mim?

- Devem ter bons motivos para terem feito isso.

- Vingança. - Ele diz, com o mesmo sotaque. - Tony Stark matou nossos pais.

- A Hydra pode querer liberar vocês para matar um Vingador. - Digo, dando ênfase ao "pode querer", como uma incerteza.

- Não acha que eles faram isso? - Ela diz e eu me aproximo do vidro. "Manipulação e Controle Mental", ela deve escutar pensamentos, ou pelo menos saber deles.

- O homem no poder não gosta de ajudar ninguém. Mas ele pode acabar saindo do trono. - Penso fortemente, e Wanda me dá um sorriso e acena positivo, então olha para o irmão.

A porta atrás de nós bate com muita força, me fazendo pular de susto. Olho para trás e não há mais ninguém no cômodo além de mim. Meu pai, do lado de fora é visto por uma janela, ele diz para que eu espere lá dentro, porque ele vai resolver assuntos. Então, ele sai, e atrás dele Soldat se vai.

Penúltimo capítulo, e a dor tá como?

Não esqueçam de votar e comentar o que acharam dessa fanfic, e quais suas esperanças para o último capítulo?

Beijinhos,
MaryPevensieTheFirst

Dark Witch and The Winter SoldierOnde histórias criam vida. Descubra agora