✰ Onze - Só traz calor

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 ̄  ̄ ̄ ̄ ̄ ❁ཻུ۪۪⸙  ̄ ̄ ̄ ̄  ̄
-ˏˋ Dᴀʀᴋ Wɪᴛᴄʜ Aɴᴅ Tʜᴇ Wɪɴᴛᴇʀ Sᴏʟᴅɪᴇʀ ˎˊ-
𖦹 𖦹

Fúrias eram conhecidas na mitologia grega por serem seres horrendos, com asas, membros monstruosos. Mas a fúria também pode ser entendida como algo semelhante ao ódio, mas centenas de vezes pior.

Eu me senti furiosa quando desabei no chão daquele jeito, quando meu pai jogou minha cabeça com tudo no chão. Eu fiz tudo o que eles pediram, dei o meu melhor, e eu não sou nada mais que um experimento para eles.

A imagem não sai da minha cabeça, o vidro cheio do meu sangue indo embora nas mãos do Barão, depois que minha mãe ordenou que o Soldado Invernal tirasse meu sangue.

A respiração dele na minha nuca mostrava que ele não queria fazer aquilo, mas precisava. Ele tomou uma decisão, mas não posso ficar brava com alguém que não tem a mente estável. Então não posso ficar brava comigo mesma. Sinto que há algo de estranho na minha própria cabeça.

Acordo e meu corpo está dormente, abro meus olhos e vejo que estou dentro de um carro. Estico meu braço e vejo que o mesmo está preso em algo, mas respiro aliviada quando percebo que é o cinto de segurança. Estou vestindo uma calça jeans e uma blusa azul escura, com coturnos e uma jaqueta preta por cima. Eu não me lembro de ter acordado antes, me trocado, ou entrado num carro.

Olho para meu lado e vejo Soldat dirigindo o carro. Ele está vestindo uma camisa azul de mangas longas, calça jeans e seus cabelos estão presos em um coque. Vislumbro atrás do banco dele algumas roupas amassadas e embrulhadas, percebo que ele trocou de roupa.

- Pra onde estamos indo? - Pergunto com dor na cabeça.

- Encontrar o filho de Domenéc Bullhov, no Irã.

- E nós vamos de carro? - Eu observo a estrada. - Está ficando doido, Soldat?

Por um segundo, as feições dele relaxam, e posso jurar que vi um sorriso torto se formando.

- Vamos pegar um avião em Forst. - Ele responde, e relaxa as mãos no volante.

Eu passo a mão na minha nuca, e sinto algo no meu pescoço, parece um algodão. Levo minha mão para o quebra-sol, e vejo no pequeno espelho que há curativos em todo o meu pescoço.

- Você sabe o que eles queriam com meu sangue? - Pergunto enquanto toco os mesmos.

- Não.

- Você que os fez? Os curativos?

Ele assente, sei que com certeza meus pais não os fizeram. O experimento com certeza será parecido com o soro de super-soldado, mas qual nome seria? Super-bruxa? Algo com nome tanto quanto ridículo se depender da Hydra.

Me ajeito do banco e deito minha cabeça no vidro da janela, tentando dormir. Meu pescoço dói, mas é suportável, é como um incômodo que não passa. Quando eu engulo um pouco de saliva, arde.

- Não precisa se culpar. - Eu digo. - Se você não fizesse, eles iriam te resetar.

...

Dark Witch and The Winter SoldierOnde histórias criam vida. Descubra agora