Capítulo 3: What the hell?

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CLAIRE MACKAY

- Isso é sério, Ariel?!

Com a cabeça cabisbaixa escutei uma voz grossa e forte ressoa perto de mim, enquanto meus olhos lentamente iam se abrindo entre algumas piscadas lentas.
Com dificuldade e quase inconsciente, movi minhas mãos, por consequência, sentindo cordas ásperas rasparem em minha pele e ali mesmo com a sensação de que estava cortando.

Honestamente, eu não estava enxergando quase nada a volta. A minha visão estava mais turva possível. Parecia que dentro da minha cabeça tudo estava girando, enquanto eu tentava tomar consciência aos poucos do que estava ao meu redor.

- Qual é, porra! Ela esta acordando novamente! - Uma voz masculina disse apavorado. Ergui minha cabeça aos poucos, e observei dois homens altos, e ambos tatuados a minha frente. Eu sem ao menos acordar direito, vi um deles vindo em minha direção e colocando novamente um pano em meu nariz, fazendo em instantes eu adormecer.

(...)

Meus olhos se abriram com dificuldade, porque a luz que vinha da janela os queimava depois de parecer que eu fiquei com os olhos fechados por dias. Pisquei algumas vezes, até tomar conta do quarto enorme que eu estava. A janela que deixava a luz do sol invadir o quarto, era larga e comprida, a cortina vermelha nas laterais dela balançavam um pouco com o vento quente que soprava. Eu não estava com calor o ar gelado do ar condicionado que ficava acima da porta do quarto, imediatamente deixava o quarto mais arejado.

Meu corpo estava totalmente confortável na cama larga, e no meio de cobertas brancas, macias e grossas.

Aos poucos estava tomando conta do ambiente a minha volta. Fiquei por um tempo parada na cama tentando entender tudo o que aconteceu. Era confuso tudo o que ocorreu dentro daquele táxi.

Me levantei rápido ao lembrar que eu havia sido sequestrada. Estava me sentindo tão confortável nesse quarto, que esqueci que um cara me sequestrou dentro de um táxi. Alcancei a porta, e tentei abrir de todos os jeitos possíveis. Puxei, e bati na porta várias vezes. Procurei por janelas pra sair, mas não tinha janela no banheiro, apenas na parede do quarto, na qual não abria, era apenas um vidro transparente.

Dei passos recuando para trás assim que alguém estava tentando abrir a porta. Aquilo me causou medo, e eu queria correr daqui de alguma forma, porém, a porta foi aberta com tanta rapidez que não deu tempo de dar as costas e de algum jeito me esconder.

- A bela adormecida acabou de acordar! - Clamou para fora do quarto o homem a minha frente, enquanto me olhava.

Franzi o cenho vendo que aquela face não era estranha. Seus olhos claros faziam eu me lembrar de alguma coisa, e principalmente seus cabelos loiros, e a forma que ele estava penteado me fazia recordar de algo. Minha memória se forçava a lembrar. Olhei para a sua mão, onde ele balançava as chaves e logo vejo a tatuagem de Espadas, a mesma que ele havia feito no pacote do meu tacos.

- Vo-Você não é o... - Engoli em seco, recuando mais para trás, assim que ele estava dando passos lentos em minha direção. - ...o cara da restaurante?

Apontei pra ele, confusa. O mesmo esboçou um sorriso, mostrando seus dentes brancos e alinhados. Ele olhou para o chão rindo, e assentiu. Na sua cintura havia uma arma, o que me causava mais nervosismo. Eu tinha tantas perguntas, mas estava com tantos medos agora, que não conseguia falar quase nada.

- Escuta aqui, princesinha. Sabe que horas são? - Perguntou mais próximo de mim e olhou para o relógio em seu punho esquerdo. Eu neguei devagar com a cabeça, encarando a cor dos seus olhos claros. - Já são meio dia. Você dormiu desde o momento em que fizemos você desmaiar.

𝐓𝐡𝐞 𝐒𝐢𝐧𝐧𝐞𝐫 - 𝐕𝐢𝐧𝐧𝐢𝐞 𝐇𝐚𝐜𝐤𝐞𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora