8. The What Now?

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Nós chegamos ao hotel um pouco depois do almoço, todo mundo morrendo de fome. Eu sabia que mais tarde eles iam ensaiar pro show do dia seguinte e eu precisava estar junto também nesse ensaio, então fui logo pro meu quarto tomar um banho, almoçar e descansar um pouco antes de recomeçar a trabalhar.

Chego no quarto, coloco meu equipamento no cantinho e logo vou tomar uma ducha. A água quente bate nas minhas costas e eu relaxo, finalmente. Lavo meu cabelo de novo por costume, passo meu sabonete líquido de açaí que eu importei do Brasil (hihihi) e fico xerosinha. Saio do chuveiro e me enrolo numa toalha, quando me preparo pra secar meu cabelo, ouço alguém batendo na porta.

- Ué? - Aguardo alguns segundos esperando alguma identificação.

- Serviço de quarto!

- Oshe...

Vou até a porta e a abro.

- Oi!.. Ah, desculpa...

- JB?! - Sim, eu caí nessa de novo. - Aconteceu algo? - Perguntei confusa.

- Eu... queria conversar, lembra? Mas eu posso voltar depois que você se vestir... -Ele ri.

- Ah! Eu tinha esquecido... - Não tinha nada. - Pode entrar, não tem problema.

- Você sempre me recebe seminua, já percebeu? - Diz entrando no quarto. - É algum sinal?

- Talvez seja. - Eu digo rindo enquanto fecho a porta.

Nós paramos um de frente pro outro e eu percebo que ele ainda está com a roupa da entrevista.

- Você não foi almoçar?

- Não... não sei se vou ter tempo de falar com você mais tarde então decidi vir logo, mas não posso demorar, disse ao menager que havia vindo tirar algumas dúvidas sobre as gravações.

- Hm, entendi.

- Então... - Ele começa a falar e se senta na beirada da cama. - O que aconteceu no dia do jantar...

Meu coração gela.

- Sim?

- Me desculpa. Eu estava muito, muito bêbado e não quis ser desrespeitoso com você em nenhum momento. Eu nunca fiz algo assim e fiquei com isso na minha cabeça... nós trabalhamos juntos e por causa da bebida acabamos passando dos limites.

Ele continua.

- Bom, nós passamos dos limites... mas...

- Mas? - Eu pergunto curiosa.

- Eu não vou mentir. Eu queria. Eu quis te beijar. Eu quis fazer aquelas coisas. - Ele diz tímido olhando pra baixo. - E isso não sai da minha cabeça. Eu não consigo parar de pensar em você e no nosso beijo e em como eu me diverti aquele dia e como... pode não ter sido só culpa do álcool, entende?

Eu fico paralisada.

- S/n?

Eu o encaro, de toalha, com o cabelo pingando e sem saber o que dizer.

- Ãhn... ah... sim...

- Você ouviu o que eu disse?

- Sim. Eu só, não sei muito bem que dizer. Quer dizer... eu... também quis, muito. Pra ser sincera eu gosto muito de você. Te acho incrível, mas trabalharmos juntos também me deixa um pouco confusa. Eu estava bêbada sim, bastante. - Rio. - Mas não o suficiente pra dizer que foi culpa só do álcool, porquê não foi.

Silêncio.

Eu sento ao lado dele no pé da cama, tímida e nervosa, ainda não entendi aonde ele quer chegar. Nós ficamos nos olhando, eu procuro palavras pra tentar dizer alguma coisa mas só o que me resta é a minha cara de lesada babando por ele, como sempre. Por um instante eu sinto ele se aproximando, minha barriga se revira de nervoso e então em um momento de surto eu me inclino e lhe dou um selinho, de novo. Ele sorri.

A Film By Us - Imagine Jay B (GOT7)Onde histórias criam vida. Descubra agora