17. The Fear

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Abro os olhos e me espreguiço ainda deitada. Levanto de vagar, bocejando, sonolenta. Rolo até a beirada da cama cheia de preguiça e me sento, assim que coloco o pé no chão sinto uma dor forte e me recordo de tudo em um segundo.

— Droga... ainda tá dolorido...

Me levanto com dificuldade, mas consigo me equilibrar e ir até a janela. O dia está um pouco nublado, perfeito pra ficar de repouso.

Assim que volto até a cama, vejo meu celular piscando algumas notificações. Mensagem de Marcela, minha mãe, grupo da pós graduação... número desconhecido.

— De novo? — Encaro o celular confusa, quem estaria tão desesperado assim pra falar comigo? — É esse mesmo número que tá me ligando e mandando mensagem desde ontem...

Quando estou prestes a bloquear o número, uma mensagem nova chega. Eu penso um pouco antes de abrir, mas se tem insistido tanto, deve ser algo importante.

8:15 am Unknown: Olá, S/n. Vai continuar ignorando o inevitável?

8: 20 am Eu: quem é você??? como sabe meu nome?

8:21 am Unknown: Essas são informações desnecessárias, tudo o que precisa saber é: Isso não irá durar muito tempo.

— O que é isso?! — Digo em voz alta e jogo o celular na cama, com medo.

Fico completamente confusa. A dor no tornozelo começa a aumentar, vontade de chorar... Nunca fiz nada pra ninguém, do que essa pessoa tá falando?

Me sento na cama com as mãos no rosto pensando em todas as possibilidades e antes mesmo que eu pudesse me acalmar, recebo outra mensagem.

Solto o ar em alívio quando vejo que é uma mensagem do manager me chamando pra conversar.

Tomo um banho rápido, escovo os dentes e prendo o cabelo em duas tranças. Pego meu celular e vou mancando até o quarto onde o manager fica, dois andares abaixo do nosso. Bato na porta e logo sou recebida por ele.

Lá conversamos sobre meu acidente e ele me informa que preciso ver um ortopedista, pois tudo aconteceu em horário de trabalho. Ele me entrega um papel me encaminhando à um consultório específico, com todas as informações de pagamento direcionadas a empresa.

Não tenho muito o que fazer a não ser ir na consulta.

Volto ao meu quarto rapidamente e pego minha bolsa, em alguns minutos já estou pronta e vou em direção ao lobby. Peço um uber que chega breve e seguimos em direção ao endereço.

No caminho recebo várias mensagens de JB, eu me encontro tão aérea que acabo apenas as lendo pela tela bloqueada do celular, no automático.

09:30 am JB: bom dia, S/n, dormiu bem? espero que sim...

09:49 am JB: seu pé tá melhor?

09:50 am JB: caso não esteja eu vou te ver, podemos almoçar juntos se você quiser... 🍜

Eu leio a última mensagem assim que o carro para na frente do prédio enorme onde fica o consultório do ortopedista e solto um suspiro, meio desanimada. Preciso focar minha cabeça nos problemas e em suas respectivas soluções, e eu não sou nem um pouco boa nisso.

Vou até o andar indicado e aguardo ser chamada. Na consulta, sou passada alguns analgésicos pra dor, pomadas e três dias de atestado.

— Doutor, eu entendo que preciso repousar mas... meu trabalho não pode continuar sem mim. Só tenho hoje de folga, amanhã já viajo novamente, não posso ficar deitada sem fazer nada!

A Film By Us - Imagine Jay B (GOT7)Onde histórias criam vida. Descubra agora