🦋#08🦋

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A cidade começava a tentar se reerguer depois do grande massacre. Montes e montes de cadáveres eram formados.

Você, Reiner, Bertholdt, Conny, Sasha dentre outros  estavam confinados, sem poder treinar ou até mesmo usar uniformes, ao sul da muralha Sina.

Você cochilava no ombro de Bertholdt enquanto o mesmo jogava uma partida de xadrez contra Reiner, Sasha e Conny se sucumbiam ao tédio.

Vez ou outra Reiner lançava uma piscadela para você, e como retribuição você mostrava a língua.

Mergulhada em desânimo, Sasha bate seu rosto contra a mesa.

— Estou ouvindo batidas! Parecem passos! - Sasha levantou assustada.

— Como?? - você havia despertado do sono imediatamente.

— O que está dizendo, Sasha? - perguntou Reiner. — Se está insinuando que há titãs aqui...

— Quer dizer que a muralha Rose caiu! - você terminou a fala de Reiner.

A grande janela de vidraça se abriu com uma oficial trazendo a notícia que vários titãs a 500 metros ao sul estavam chegando.

Tiveram o curto tempo de apenas pegarem os cavalos e partirem para evacuar todas as casas e assentamentos próximos dali.

No momento em que os titãs chegaram a floresta, vocês se dividiram em quatro equipes.
Seguiram para o sul, a mesma direção por onde os titãs surgiram e também onde a antiga aldeia de Conny se localizava. O garoto ficou encarregado de guiar o grupo até o pequeno povoado.

Mais que porra é aquela??

Os titãs começaram a correr, Miche voltou para servir de isca.

— Tenham fé! Ele só perde pro capitão Levi! ‐ um dos soldados os encorajou.

Boa sorte Miche!

— Não importa o que aconteça, não saia do meu lado. - disse Reiner a você.

— Eu não preciso de uma babá, Renzinho! - você protestou.

— Ok...então nesse caso, me conceda apenas sua maravilhosa companhia. - ele disse com um ar de cavalheirismo.

Você retribuiu com aquele doce sorriso que faziam com que os batimentos de Reiner acelerassem.

Seus olhos foram preenchidos com uma terrível cena de destruição ao chegarem na aldeia de Conny.
O garoto gritava desesperadamente, mas não obtinha nenhuma resposta. Estava deserta!

Mesmo com todo o vilarejo em ruínas, nenhuma gota de sangue havia sido derramada.
Talvez tivessem conseguido sair de lá a tempo, porém, isso era uma suposição a ser descartada, já que, todos os cavalos estavam no estábulo e eles não teriam muitas chances tentando fugir à pé.

A situação ficara ainda mais confusa quando se depararam com um titã sobre a casa de Conny.
A criatura não era capaz de se mover, então...como havia chegado até ali?

Ela tem os mesmos olhos dele...

Pensou, olhando simultaneamente para o titã e para o semblante aterrorizado de Conny.

A noite logo caiu, sorrateira e silenciosa.
Vocês inspecionavam cada centímetro da muralha com o auxílio de uma tocha, procurando pela possível fenda por onde as criaturas haviam passado.
Entretanto, nenhuma rachadura se quer foi encontrada.

— Reiner... - você o chamou.

— Sim?

O mais velho voltou-se para você.

O mesmo se encontrou mergulhado em um estado de hipnose ao notar o quanto você ficava linda e sexy, com seu rosto sendo cuidadosamente contrastado com a serene luz que se reproduzia através da pequena chama no topo da tocha.

— Por que acha que Annie fez aquilo? Quais motivos a levaram a isso? - dava para notar o ar de tristeza em sua pergunta.

Levou um tempo até Reiner responder.

— Eu não consigo imaginar um motivo pra isso.

Outro curto período de silêncio foi feito entre vocês.

— Sei que soa um pouco estranho perguntar isso, mas... você a condena por ter feito isso? - ele perguntou receoso.

— Na verdade não. - diz olhando para as próprias mãos que seguravam as rédeas do cavalo. — Prefiro acreditar que Annie teve um motivo muito importante para tal ato.

Sua resposta inesperada fez com que Reiner confirmasse ainda mais aquela paixão intensa que crescia dentro de si.

As nuvens se dispersaram, revelando a bela lua que enfeitava o céu. Tudo ficou claro à luz do luar, de forma que puderam avistar as ruínas de um castelo.

Decidiram fazer uma pausa e passarem a noite no local.
Se acomodaram da maneira que puderam ao chegar na antiga e decadente construção.

Ao redor de uma fogueira improvisada conseguiram se aquecer.
Sentada entre Reiner e Bertholdt, você cada vez mais se sentia incomodada com as longas conversas e sorrisos que o loiro tinha com Christa.
Se irritou tanto ao ponto de se levantar e sair dali. Subiu a escadaria para ficar sozinha no piso acima, querendo descontar sua raiva em qualquer coisa que encontrasse pela frente.

— O que deu nela? - Reiner perguntou.

— Não faço ideia. - Bertholdt respondeu.

O loiro subiu as escadas ao seu encontro, você estava encostada na parede de braços cruzados quando o rapaz abriu a porta.

— O que há com você? - perguntou se aproximando.

— Nada! - sua resposta foi seca.

— Como assim "nada"!? Então por que parece estar brava comigo? - o loiro tentava olhar em seus olhos, mas você sempre desviava o olhar.

Você se manteve em silêncio, seu rosto tinha a mesma expressão que a de uma criancinha emburrada.

— Não me diga que...está com ciúmes? - um ar risonho tomou conta do rosto do rapaz.

— Eu não tô com ciúmes!!! - disse mais zangada ainda.

— Olha, ela é bonita... e fofa também, mas nunca será você!

Ao dizer isso, Reiner apoiou um braço contra a parede e com o outro segurou seu queixo, fazendo com que você olhasse para ele.

Você nunca havia ficado tão perto de Reiner quanto estava agora.

Aquilo foi o suficiente para fazer com que os batimentos cardíacos de ambos se intensificassem.

Por Você!  [Attack On Titan]Onde histórias criam vida. Descubra agora