━━━━ 𝓟𝓮𝓻𝓯𝓮𝓬𝓽 𝓓𝓮𝓼𝓽𝓲𝓷𝔂 𓍼
༉ Onde, após Josephine Langford ser deixada esperando em uma festa pelo seu namorado, acaba aceitando carona de um desconhecido; Hero Fiennes Tiffin, um ator britânico sexy e resguardado.
❝O destino baralha as...
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"Aí meu Deus , tá falando sério?" Anna arregala seus olhos e se levanta em um pulo da poltrona ao meu lado "Você e o Hero se pegaram, puta merda!"
Eu reviro os olhos ao observar o show particular e um tanto escandaloso da minha melhor amiga.
"Por aí.." murmuro constrangida.
"E você foi embora da festa deixando ele sozinho?" A loira volta a se sentar, ajeitando os fios que se desorganizaram enquanto a mesma pulava.
"Será que dá pra parar de repetir tudo o que eu falei?" Choramingo e fecho os olhos, já sentindo a enxaqueca dar o ar da graça. "Você parece uma adolescente bv, por Deus!"
"Foi mal, é muita coisa para processar" ela abre um sorriso meigo "Mas teve língua?"
"Anna vai se ferrar" exclamo jogando uma das almofadas felpudas nela, que gargalha sem parar.
Eu me sinto uma..mulher inapropriada. Não que eu tenha feito algo escandalosamente errado, mas eu sequer respirei durante essas semanas de apuro com Cárter, e bom, beijei logo o cara que me meteu em toda essa situação e provavelmente não vou mais ver depois de ontem.
Nem se me pagassem eu iria ver Hero ou algo do tipo, eu não saberia aonde enfiar a cara e só de imaginar a cena eu me sinto muito constrangida.
Mas por outro lado, tudo foi um completo sucesso. As hashtags no Twitter não pararam de aumentar, e aparentemente está "tudo resolvido" entre nós nas mídias.
Meu seguidores voltaram a fluir e isso me dá um alívio imenso, e eu até abriria uma live para agradecer, mas minha mente está em um lugar totalmente diferente no momento.
"Jordan está me esperando, tô indo nessa" ela se levanta e eu a acompanho até a porta, para nos despedirmos.
"Jô, aquele carro não é do.." Anna sussurra assim que coloca seus pés para o lado de fora "Hã, eu te amo demais, porém se eu ficar com você acabarei cometendo um assassinato"
Com um beijinho no ar ela vai em passos rápidos até o seu carro, me deixando plantada ali, totalmente incapaz de mexer um músculo do meu corpo.
Cárter tranca seu carro com um toque na chave, caminhando em minha direção e agora não tenho outra saída, afinal, ele já me viu.
"Oi.." ele cumprimenta em um tom estranhamente tímido, o que me dá a certeza dele saber que eu tenho consciência do que armou com Hero "Podemos conversar? Eu senti saudades"
Olho para dentro de casa, onde a porta está totalmente aberta e volto meu olhar para o homem com as mãos nos bolsos da calça.
"Claro" murmuro sentindo-me totalmente insegura e desconfortável.
Só de pensar que esse cara foi meu Porto Seguro por longos anos me causa ânsias, e apesar de eu ainda ter diversos traumas por conta dele, Cárter não tem mais nenhum poder psicológico sobre mim.
Ele passa por mim, entrando para dentro e eu faço o mesmo, dessa vez não trancando a porta.
Questão de..segurança, talvez?
"E então?" Eu cruzo meus braços me preparando para o discurso que ele provavelmente faria.
E eu sei que ele faria. Acabou por se tornar algo do meu cotidiano ouvir suas desculpas.
"Uau, você está fria" ele procura fazer uma piada e ri, mas fica sem graça percebendo que não houve humor algum "Eu fodi com tudo Jô, mas eu sinto muito, muito mesmo. Faz dias, ou melhor, semanas que eu não durmo direito pensando em como posso me redimir e.."
"Cárter já chega! A única forma de se redimir comigo é saindo daqui e indo direto para terapia." Eu o corto
"Tá falando sério?" Sua sobrancelha se ergue "Josephine tudo o que eu fiz durante todo esse tempo foi por nós, não vou desistir simples assim."
"Não existe mais nós" eu aponto o meu dedo em sua direção voltando para mim mesma "Estou farta de você, e quer saber de uma coisa? Eu não te amo mais! Se é que um dia eu te amei e não confundi com dependência, eu não tenho mais sanidade mental por culpa sua, não posso me socializar, tenho receio do que falar, ou do que usar, por culpa sua! E o pior disso? O pior é eu pensar esse tempo todo que era normal você me tratar como um pai possessivo e aceitar seus gritos e marcas no meu braço, afinal eu tinha "frustrado você" e antes o álcool do que eu."
Respiro fundo sentindo o alívio percorrer por meu corpo em desabafar tudo com a pessoa que me causou tudo. Cárter abre a boca para me responder, mas a tela do celular se acende e o nome de Hero brilha.
"É tudo por causa desse idiota, não é?" Cárter aponta para o meu celular e o pega no mesmo instante "Eu não ia tocar no assunto Josephine, mas já que estamos jogando as cartas na mesa vamos lá, eu fui ontem até seu evento e advinha? Não achei você em lugar nenhum. Então me lembrei que costuma se sentir sufocada em lugares cheios e procurei no lugar certo, preciso contar o que eu encontrei, huh?"
Ele ergue o celular ainda tocando e seu olhar já basta para eu entender que ele presenciou Hero e eu.
"Preciso Josephine?" Ele grita e joga o meu celular no espelho, estilhaçando ambos.
Dou um passo para trás, assustada e sinto uma lágrima tocar meu nariz.
"Tínhamos tudo para dar certo, e se não fosse por aquela maldita noite não teria toda essa confusão" ele fecha os olhos e sua mão percorre pelos seus cabelos como uma tentativa falha de se acalmar. "Me desculpa, eu não queria assustar você."
Ele caminha pelo curto caminho entre nós e me abraça, apertando-me mais forte ao notar que eu não retribuo o gesto.
"Vai embora" choramingo e junto minhas forças para me restabilizar, soltando-me de seus braços fortes.
"Tô falando sério, vai embora" digo sílaba por sílaba, pegando um dos cacos de vidro que acabara por cair em cima da mesa, e aponto para ele.
"Se é isso que você quer.." ele ergue as mãos, como se acabasse de se entregar, e da as costas.
Meus joelhos caem no chão ao ouvir o barulho da porta sendo fachada, e não me preocupo com o fato de que provavelmente estarei cortada quando me levantar.
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Voltei, quem amou?! Desculpem por isso, mas eu precisava de um reencontro deles. Mas relaxem, ainda vai ter mais cárter por aí.