Hundred Miles - Drivers P1

treize

NOTAS INICIAIS:

Atrasei? Atrasei. Culpa do Real Madrid, tá? Eu não tô sabendo lidar até agora com o que rolou.

Testes em Bahrein iniciando e o bonito ainda atrasou o vôo só pra não tirar foto com os outros que eu sei (hehe)

Enfim, vocês queriam um hot? Pois eu fiz heim, aproveitem!

MAEVE

Inglaterra.

2018.

Se antes eu pudesse dizer que Lewis era humilde, hoje isso se aplicaria se fosse para falar de seu caráter. Pois nada nessa cobertura em que estamos é simples. Posso jurar que as correntes finas douradas da escultura em mármore são mesmo ouro e a água que desce numa cortina até o chão é pura. E que esse chão perfeitamente serviria como um espelho.

— Cadê o Roscoe e a Coco? — eu pergunto esticando meu pescoço pela sala. E segundos depois, dois cachorros grandes aparecem e praticamente pulam em mim, fazendo-me sorrir e abaixar para coçar suas cabeças. — Oi, amorzinhos.

— Mas que porra, cara? — ouço o britânico exclamar e me divirto com seu ciúme. — Desculpe, eles não costumam a pular nas pessoas.

— Tudo bem, eles são uns amores, de qualquer jeito — eu sorrio ainda mais ao ver Coco erguer a pata para mim. Beijo sua cabeça e afago seu pelo uma última vez. Eu só havia visto a cadela algumas poucas vezes e mesmo assim ela é como se me conhecesse da mesma forma que Roscoe. — Você é a coisinha mais fofa, Coconut!

— Ok, vem, gente, vamos para as suas camas — ele chama os buldogues, que relutam um pouco antes de segui-lo. Uh, acho que tem cachorro apaixonado em mim e nem é o que tem os cabelos enroladinhos. Eu jogo meu celular na bancada e apanho na geladeira umas uvas. A fome batia quando eu parava de beber e, principalmente, quando eu ficava excitada.

— Você tirou os saltos? — eu me viro na direção dele, ficando na ponta pé para esticar minha outra perna. Quase perco o equilíbrio com o ato, mas continuo sorrindo como se estivesse tudo ok. — Agora você parece uma personagem de Dinastia bêbada.

— E você um Cristian Grey de cinquenta tons de preto — eu dou a volta na bancada e me coloco próxima à ele. — Mas você não é bilionário, o que quebra o charme.

— Eu ganho em Libra, converta em alguma moeda e sou bilionário — pisca.

— Merda, verdade — xingo, meus dedos abrindo os botões do meu short. — Não está interessado em dividir essa fortuna com alguém além do seu pet? Eu poderia fazer maravilhas com esse dinheiro — brinco, arrancando uma risada sua. Eu jogo o short no chão e retiro o blazer. Os olhos rápidos dele em mim, em cada ato.