VII Força

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Marcel

Um labirinto. Muito diferente dos ambientes aos quais Marcel foi exposto até agora, porém nada menos horripilante.

Rebekah estava tão próxima. Ele a tinha tocando suas mãos. Por um instante, Janina perdeu, mas ela simplesmente não para. O que mais ela quer?

Marcel levanta-se, sem muitas dores. A esse ponto, é como se ele tenha se acostumado à dor. À dor física, pelo menos. O estrago psicológico e emocional ainda existe. Desanimado, mas preparado, Marcel olha em frente e percebe três caminhos diante de si. Ele analisa com calma, mas são todos idênticos. Todos construídos pelas mesmas paredes infelizes de espinhos gigantes. Todos assustadores. Qual ele deve seguir? Para onde ele quer ir, afinal?

Por um momento, o ar foge do vampiro.

Mas Marcel o toma de volta.

Ele segue pelo caminho esquerdo.

E, de repente, tudo sobre o que ele conversou com Rebekah há pouco retorna à sua mente. As torturas. O mundo programado para mantê-los separados. O feitiço falho. Janina é fraca ou eles são fortes demais? Como ela sabe sobre sua mãe, sobre a noite em que Elijah o matou, sobre tudo? Se ela nem sequer consegue mantê-lo longe de Rebekah, como entrou na mente de um vampiro original atualizado sem que ele percebesse?

Marcel dá de cara com a saída do caminho no qual entrou. Parece que ele escolheu bem. Mas agora há mais quatro caminhos para escolher e, como que para dificultar ainda mais sua situação, um trovão ecoa e uma chuva forte começa a cair sobre sua cabeça. Do que diabos se trata tudo isso? Marcel está tremendo de raiva e determinação.

Ele segue pelo segundo caminho à esquerda. A chuva continua forte e Marcel não deixa de se perguntar qual o propósito dessa vez; o que esse labirinto significa. Seus pensamentos não param de direcionar-se para o corpo de Rebekah em seus braços, para os olhos da vampira encarando os seus, o seu toque. Tão, tão perto.

Um pedaço de pano branco amarrado em um dos espinhos na parede ao seu lado.

Exatamente como na praia. Exatamente como no lago. Exatamente como o tecido do vestido que Rebekah usava quando caiu em seus braços. Ela está no labirinto também.

Um trovão ecoa, a luz de um raio ilumina o caminho por uma fração de segundo. Marcel desamarra o tecido dos espinhos e segue para a frente.

Quando chega ao final do caminho, há um corredor direcionado à direita e, assim como já conjecturava, ele encontra um outro pedaço de pano amarrado num espinho da parede à frente da saída do caminho que ele percorreu. Ele também desamarra esse e, agora correndo, segue pelo corredor. Ele quer encontrar Rebekah o mais rápido possível.

 Ele quer encontrar Rebekah o mais rápido possível

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Adrenalina. Marcel já encontrou mais três pistas, e está extremamente concentrado. Enquanto corre pelo labirinto, ele vê as gotas de chuva caírem sobre si como em câmera lenta; são milhões delas. Trilhões. A esperança o preenche por completo e, consequentemente, o medo. Medo de não ver Rebekah de novo tão cedo. Medo de não ser forte o suficiente para aguentar toda a tortura até encontrar a vampira.

Por Todos Os Mundos | marbekahOnde histórias criam vida. Descubra agora