É o fim do reino dos Originais. Após a morte de seus irmãos e cunhada, Rebekah decide buscar por novas experiências, sozinha. E enquanto espera pela tão sonhada cura, vive um novo capítulo de sua vida, um no qual ela é a única protagonista.
Porém el...
— Uau — Marcel finalmente consegue dizer, depois do silêncio ter reinado por um período de tempo.
Tanto ele quanto Rebekah não estavam esperando um discurso daquele nível vindo de Hope, que há pouco tempo estava tão decidida de que não conseguiria viver sem ter seu pai de volta. É impressionante o quanto as palavras de Klaus mexeram com ela; o quanto o amor incondicional atrelado a palavras pode fazer alguém mudar de ideia tão rapidamente.
Janina se foi. E, embora Marcel e Rebekah ainda tenham muito sobre o que conversar com Hope, pelo visto, esse inferno finalmente chegou ao fim. A tríbrida ainda carrega uma feição enigmática, sem desviar o olhar do conjunto de terra no qual Janina se transformou. Marcel suspira e puxa Rebekah pelo braço esquerdo para um abraço lateral, no mesmo momento em que deposita um beijo na testa da loira. Os dois permanecem com as cabeças encostadas uma na outra por um tempo, se acalmando ao ouvir a respiração um do outro; uma prova de que sobrevivem e de que, acima de tudo, estão bem.
Tudo permanece em silêncio por um longo momento. Até que, de repente, Hope liberta-se de seus pensamentos e se vira para trás, encarando os olhos de Rebekah e indo na direção da sua tia.
— Me desculpa, de verdade! — a menina agarra as mãos da mais velha, puxando-a dos braços de Marcel. — Eu não seio por onde eu estava com a cabeça. Cometi um erro enorme. Me perdoa me perdoa me perdoa...
— Tudo bem, Hope, depois a gente conversa sobre isso... — Rebekah tenta se desvencilhar das mãos da sobrinha, mas a súplica da menina não acaba e ela agarra os braços da tia.
— É sério! Eu estou tão, tão, tão arrependida!
Inevitavelmente, Rebekah se irrita.
— Tá bom, caralho — ela empurra Hope para longe e a adolescente não hesita em expressar um olhar inconformado. — Você vai nos tirar daqui quando?
Marcel ri levemente com o momento descontraído. É fantástico ter um motivo para rir. Inacreditável, até, devido às últimas circunstâncias.
Hope suspira e cede.
— É, vamos embora.
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Marcel e Rebekah não tiveram noção nenhuma de tempo enquanto estavam no mundo prisão. Eles estavam constantemente se deslocando de espaços, se deparando com luz ou escuridão em um curto período de tempo. Nada que realmente significasse alguma coisa.
Eles nem perceberam quando Hope os tirou de lá. Ou como ela os tirou de lá. Mas os dois acordaram praticamente ao mesmo tempo, jogados num chão duro. Rebekah reconhece a música que toca longe deles.
É o mesmo quarto onde encontraram Janina pela primeira vez. Aparentemente, no mesmo baile.
Rebekah e Marcel acordam aos poucos, ainda com seus corpos doloridos e muito, muito sujos. Suas roupas não voltaram ao normal, nem com a morte de Janina ou com a magia de Hope. Eles estão de volta à estaca zero, mas os vestígios do que aconteceu ainda estão presentes ali.