Cecília
-Eu não entendo, oque o senhor quer comigo?- perguntei na esperança de poder sair daqui o mais rápido possível.
-ah meu doce anjo, quero muitas coisas com voce mas primeiro vamos conversar, oque acha? - eu não tenho nada o que conversar com esse homem, mas o medo me fez apenas concordar. Quanto mais rápido eu aceitar e concordar com ele mais rápido eu vou embora.
-tudo bem, posso me sentar? -perguntei apontando pra cadeira que esta em minha frente.
Ele se levantou e veio até onde eu estava, dei um passo pra trás com medo dele avançar em cima de mim, mas ele apenas me encarou, o olhar dele parecia avaliar até minha alma. Desviei o olhar dele constrangida.
-oh que falta de educação minha, sente-se aqui doce anjo. -ele puxou a cadeira pra eu poder sentar.
Assim que sentei ele pois suas mãos em meu ombro, essa ação me causou arrepios pelo corpo todo. Ele precionou meu ombro me causando um certo desconforto.
-queria fazer algumas perguntas se não se incomoda, fiquei sabendo da sua existência aqui no meu morro faz pouco tempo e pelo que sei já faz quase três anos que mora aqui estou certo? -perguntou se afastando da onde eu estava, suspirei aliviado por ele ter se afastado.
-sim senhor. - não vou dar muitas informações sobre mim pra ele, vou responder apenas oque ele perguntar.
-o engraçado é que nunca te vi por aqui, apenas alguns dias atrás que te vi quando passou pela barreira tarde da noite e aquele dia no mercado, Poderia me explicar o porquê?
-o porque de que? -perguntei não entendo.
-o porque de nunca nesses três anos ter aparecido na rua? Já perguntei pra muitos vapores e ninguém deles nunca te viro.
-eu trabalho senhor, não tenho tempo de ficar na rua e o tempo que tenho eu aproveito pra descansar.
-entendi, entendi, você é daqui mesmo do Rio?
-nao. -respondi
-é de onde então? - olhei em seus rosto e percebi que ele estava ficando nervoso, ele vai acabar me matando.
-sou de Minas Gerais senhor.
-mineira então, mora sozinha aqui ou tem outro familiar pelo morro ou no rio?
-nao senhor, é apenas eu.
-oque faz tão longe de casa criança?- senhor, ele vai ver que não tenho ninguém e vai me matar, maldita hora que cruzei o caminho desse homem.
-vim tentar uma vida nova aqui, novas oportunidades.
-me corrige se eu estiver errado tá?
-ta bom.
-entao vamos lá, você tem apenas dezesseis anos, mora sozinha no meu morro a três anos, nunca nem sequer botou a cara como se estivesse se escondendo ou algo do tipo, trabalha em dois lugares e estuda a noite, algo mais que queria me dizer?
-eu nao estou me escondendo, apenas não tenho tempo pra poder sair.
-ah conta outra você é a porra de uma adolescente de dezesseis anos não me venha com essa, já vou avisar agora se tu tiver de X9 dentro do morro voce vai morrer, se for mulher de bandido, sinto lhe informar mas terei que Avisar ele pra vim te buscar. -disse ele apois dar um tapa na mesa, me assustando. Ele tava ficando nervoso, claramente deve ter algum tipo de problema mental, ele estava bem agora já está assim.
-senhor eu juro, eu não sou isso de X9, na verdade nem sei oque é isso e também não sou casada com bandido, eu precisava de uma casa e um moço num quiosque na praia disse que aqui tinha casas so que eu tinha que conversar com algum responsável, quem me arrumou essa casa foi um homem chamado Brunão, ele que arrumou, eu pago aluguel pra ele tudo certinho, todo mês dia sete eu passo na barreira e deixo o dinheiro pra ele. -disse sentindo algumas lágrimas escorrer pelo meu rosto, pra piorar sentir meu sutiã molhar pelo leite que deve ter vazado.
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Meu Fim...
ФанфикDizem que o oposto se atrai, mas será que atrai mesmo? Cecília enfrentará muita coisa até ter sua devida paz. Felipe não é bom e isso ele sempre deixou claro para todos.