capítulo 10

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    Grego

-quando tinha quinze anos, eu já morava aqui no morro nesse época, eu senti meus seios maiores e mais pesados, pensei que era normal, estava em fase de crescimento. Um dia eu tava chegando da escola de noite e vi que meu sutiã estava molhado, eu até pensei que era suor, no dia seguinte fui no hospital perto do meu serviço, lá eles fizeram exames e por causa de alguns homônimos alterado causou o leite. - cecilia finalmente me explicou.

-mai não tem remdio pra para?- perguntei curioso.

Isso é novidade pra mim, nunca vi esse negócio de leite em mulher que não tá grávida, primeira vez.

-ter até tem, mas preferi não tomar. -disse dando de ombros, esse jeitinho dela me deixa estranho.

-mai porque?

-porque não me atrapalha, só quando fico muito nervosa que o leite sai demais, fora isso é tranquilo, eu ajudo um orfanato doando meu leite pras crianças que tem lá.

Ah então era por isso que ela tava no orfanato, essa menina é certinha de mais, não é possível.

-pô, foi mal o jeito que te tratei aí demorou.- falei meio sem jeito, primeira vez fazendo isso e nem sei o porque de tá me desculpando.

-tudo bem...- porra esses sussurros que ela dá me deixa desnorteado.

Como ela pode falar tudo bem mesmo depois de ter quase matado ela?

-pô pra me redimir bora comer um dogão mais tarde? - preciso me aproximar dela, mai parece que a mina não me dá abertura pá nada.

-ah, agradeço o convite mais amanhã trabalho e tenho que acordar cedo.

Preciso achar uma bracha pra me aproximar dela.

-vamo fazer assim então, eu trago os lanches aqui pra nós e amanhã te levo no trampo, não aceito não como resposta.

Ela me olhou com uma cara de perdida, sei que ela quer recusar, mas tá com medo de eu bater nela.

-eu não sei, o senhor deve ter muitas coisas pra fazer não quero te atrapalhar. - ela tá arrumando desculpas pra mim não vim.

-sem problemas, combinado então as oito venho e trago uns lanches pra nois.

Ela se levantou e foi até o guarda roupa, mexeu em alguma coisa e voltou com uma nota de vinte, ela entregou pra mim e eu fiquei sem entender nada.

-que isso?

-é pra ajudar a pagar os lanches e oque sobrar você pode por gasolina pra me levar a amanhã, sei que é pouco mais é oque eu tenho agora.

Porra, ela tá me dando dinheiro pra pagar os lanches e por gasolina pra levar ela?  Sa menina não existe mano, porra, isso nunca aconteceu na minha vida, as minas só quer patrocínio.

Devolvi o dinheiro pra ela que não queria aceitar de jeito nenhum.

-nao precisa dar dinheiro não, eu tenho dinheiro e isso é um pedido de desculpas então eu pago tudo criança.

-tudo bem...

Ficou um silêncio desconfortável no quarto, ela quer que eu vou embora eu sei disso, mas alguma coisa me prende a ela.

Eu não quero ir embora, quero ficar aqui com ela e saber mais sobre o leite dela, mas também não quero força a barra, pelo que parece isso é novo pra ela, e quanto mais eu forçar mais raiva ela vai sentir de mim.

-vou indo nessa então, as oito passo aqui. - disse me levantando, ela continuou sentada mexendo no óculos dela.

-tudo bem. - disse baixinho.

-nao vai me acompanhar até a porta Cecília? - debochei.

-ah sim claro, vamos lá. - finalmente levantou arrumando a roupa.

Ela me acompanhou até a porta e a abriu pra mim, olhei pra ela mais uma vez antes de sair da casa dela, ela ainda ficou me olhando pela porta.

-ate mais criança. -disse pra ela antes de ir em direção ao meu carro.

Preciso me aproximar dessa mina e saber mais, não sei porque essa curiosidade que sinto por ela.

Entrei no carro e piei pra boca pra resolver com esse b.o do brunão não ter me avisa da moradia dela aqui.

             {Até a próxima}

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