capítulo 61

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Grego

-Ele não vai enfiar isso em mim antes de passar um álcool.- revirei os olhos com a fala do neguéba.

-para de graça, você só tá enrolando, só falta tirar o chip de você.- falei pra ele enquanto bolava meu cigarrinho.

Já faz umas meia hora que o chip foi desativado, foi um trampo e tanto pra tentar desativar sem ter que matar ele, mas agora esse merda não quer deixar o galego corta a nuca dele pra tirar o chip.

-eu to falando sério, pode entrar uma bactéria através dessa faca e eu vou morrer do mesmo jeito.- argumentou de novo.

E novamente eu revirei os olhos, deixei o cigarro de lado e me levantei perdendo a paciência, peguei a faca da mão do galego e olhei pro neguéba que tava me encarando.

-tá fazendo o bagulho de novo né? trocar de pessoa e aqueles bangue.- perguntei pra ele quando ele ficou imóvel.

Neguéba não respondeu e continuou do jeito que tava, galego tava me olhando sem entender nada e pra não perder mais tempo só mandei ele segurar a cabeça do negueba e cortei sua nuca.

Na mesmo hora ele começou a tremer, sei que é de dor porque fiz questão de não ser "carinhoso" enquanto fazia o corte, apesar dele não ser totalmente culpado dos meus problemas ele ainda tem uma pequena parcela de culpa então nem me importo.

Enfiei meu dedo dentro do machucado e puxei o pequeno micro chip que tava ali, ele era bem pequeneninho, se não fosse pelo detector nem teríamos achado ele.

-viu, já foi, agora tu tá livre dela lá.- falei me referindo a mãe dele.

Neguéba suspirou parecendo cansado e concordou com a cabeça, bagulho agora é só invadir o morro dela e entregar pra ele, pronto vida que segue

-Cecília acabou de sair de casa.- disse o galego. Olhei pra ele questionando como ele sabe.- os meninos acabou de avisar pô, disse que te mandou mandou  mensagem mais tu não respondeu então mandou pra mim te avisar.- respondeu minha pergunta silenciosa.

-qual vai ser agora neguéba, tu já sabe minha intenção, não posso deixar tu sair do morro até eu conseguir derrubar tua mãe.- disse pra ele.

-quando tu quiser nos começa ver a planta do morro e ver um plano certinho pra invadir. -disse ele.

Apenas concordei, lavei minha mão na pia do banheiro e voltei pra sala pra pegar meu beck, galego tava conversando com o neguéba sobre a sobrinha crente da dona Rita que engravidou, esse muleque deve saber da vida de todo mundo.

-quero invadir o morro dela daqui a dois meses, então já vai lembrando dos bagulho pra adiantar, amanhã passo aqui depois do almoço pra nós vê isso certinho, tô partindo, se orienta viu galego.- sai pra fora da casa do galego e logo fui descendo pra minha, daqui a pouco Cecília chega.

Tive que deixar ela na casa dela mais cedo hoje pois apareceu uma reunião de última hora, graças a Deus está tudo bem com o morro e sem risco de invasão, mas os cara estão planejando uma missão e querem que eu vou para dar reforço, tentei negar mas é daquele jeito né os patente alta que manda e os menor só obedece.

Estou pensando em um jeito de contar isso para ela sem deixar ela muito assustada, a missão vai ter no mínimo duas semanas, pouco tempo comparado às outras que eu já fui, mas duas semanas longe de Cecília vai ser muito difícil para mim.

Tô com umas ideia na minha cabeça e assim que eu voltar dessa missão vou ver se consigo tá realizando essas metas.

Sempre foi um bandido esperto, sei que tem somente especulações sobre mim, nada concreto então por isso minha ficha Por enquanto está limpa o que facilita muitas coisas

Então vou tentar resolver tudo que tenho que resolver e passar o morro para frente, já tenho 26 anos nas costas comando esse morro há muito tempo e agora que encontrei minha princesa A única coisa que quero é ter paz e segurança para viver com ela, talvez Morar Numa roça e criar galinha parece ser uma boa ideia.

Suspirei esperançoso, talvez amanhã seja minha última consulta com o psicólogo, segundo ele eu já estou bem melhor para receber alta das consultas mas tenho que continuar com os medicamentos para manter meus nervos no lugar.

Cecília entra pela porta da sala cantando, seu sorriso contagia todo o ambiente, sou completamente apaixonado nessa garota e não tenho vergonha de admitir para ninguém que amo ela.

-oie minha princesa.- falei me levantando pra ajudar ela com as sacolas.

-oii, eu tava vindo para cá Aí passei em frente a feirinha lá perto da quadra e vi que tava com algumas promoções de fruta e legumes e como sei que aqui na sua casa quase nunca tem isso achei melhor comprar já que estava nos preços bons. - disse enquanto tirava as coisas da sacola.

-não deveria ter se preocupado com isso, depois eu mandava alguém comprar lá.- disse pra ela.

-que nada, eu já tava vindo pra cá então nao há problema algum, ah deixa eu te perguntar, minha escova de cabelo rosa ficou aqui?- me perguntou.

-ficou lá no banheiro porque? -perguntei de volta.

-por nada, é que eu procurei ela lá em casa e nao achei então pensei que poderia estar aqui.- me deu um Danone.

-amanha é seu último dia de folga, já pensou na minha proposta?- perguntei pra ela enquanto íamos pra sala.

-pensei e aceito só que tenho algumas exigências pra fazer.- falou.

Cecília começou tirar o short dela pra ficar somente com uma calcinha short e blusa, do jeito que ela gosta.

-pode falar.- enfiei uma colher de Danone na boca dela.

-eu vou me candidatar pra trabalhar lá na ONG, vou passar pela entrevista e se eles me escolherem vai ser por que gostaram de mim e não porque você pediu, pode ser? Não quero que você interfira.- disse me olhando.

-tá bom po, eu nem ia falar nada, só ia te indicar lá mesmo, mas já que tu quer fazer tudo sozinha eu respeito.- disse pra ela.

-e sobre morar com você, eu quero mas somente depois que eu sair definitivamente dos meu serviço.- me olhou.

-mais isso vai demorar.- argumentei pra ela.

Cecília riu da forma que eu falei, ela me deu um selinho e depois se sentou no sofá denovo.

-não vai não, essas são minhas exigências, é pegar ou largar.- falou me olhando.

Deu risada da sua forma determinada de falar, minha menina tá crescendo.

-tudo bem eu aceito.- disse mais sei que aos poucos eu vou trazendo as coisas dela e quando ela perceber já vai tá morando aqui.

-então é isso....- deu risada.- como foi a reunião hoje?- me perguntou.

Suspirei sabendo que terei que contar pra ela que vou sair em missão e vou ficar fora duas semanas sem ela e o leite.

-então....

{Até a próxima}

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