capítulo 8

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  Grego

Eu quero respostas agora, ela me intriga demais e depois da cena que ela fez ao correr da minha sala daquele jeito só serviu pra desperta mais curiosidades.

Eu nunca vi isso acontecer, a mina tava normal comigo, tava conversando, trocando mó ideia maneira e do nada tudo começou a molhar daquele jeito, a blusa da mina fico exarcada em questão de segundos, mó estranho pô, na hora que ela correu aí mesmo que eu fiquei surpreso, era só ter respondido a pergunta que fiz.

Até então eu pensei que era alguma coisa que ela tinha guardado nos peitos, tipo alguma garrafinha d'água ou algum brinquedo, não sei, na hora pensei que fosse alguma coisa besta, mais quando abaixei pra pegar ela no colo senti um cheiro diferente de água, na verdade nunca senti aquele cheiro e pra falar a verdade parecia ser algo gostoso porque deu mó agua na boca.

Encarei ela sentada do meu lado, ela tá nervosa pra caralho, isso dá pra perceber de longe, só não sei pra que tanto nervosismo, até parece que vou mata-la ah qualquer momento.

-então criança vai me contar oque porra aconteceu lá? -perguntei me escostando no sofá.

A casa dela é mo simples, eu nem sabia da existência dessa casa aqui, ela é bem escondida no beco.

Depois vou ter que trocar uma ideia com o Brunão, quero saber o porque dele ter cedido essa casa e nem ter me comunicado, ele pega aluguel daqui já faz um bom tempo e pelo oque eu saiba não dá prestação de conta lá na boca.

-eu nao sei, juro por favor só não me machuca. - encarei ela que tava prestes a chorar.

-voce fez alguma coisa de errado?- perguntei.

-nao, eu não fiz nada, eu juro por Deus.- disse se levantando.

-entao tá desesperada assim porque?

-o senhor me dá medo, eu não sei oque mais o senhor quer saber, eu não fiz nada, eu pago o aluguel todo mês não deixo faltar nenhum centavo, eu não quebro as regras que me foi dada eu não sei oque o senhor quer mas tenho quase cem por cento de certeza que o senhor não tem nada que possa me machucar. -disse tudo de uma vez.

Pobre criança inocente, não posso machuca-la? Ah se ela soubesse oque minha mente podre e perversa imagina  ela fazendo, jamais diria que não posso machuca-la.

-nao posso machuca-la doce criança? - me levantei do sofá indo até onde ela estava.

-nao, o senhor não pode me machucar.

Observei ela toda encolhidinha e tremendo no canto da parede, quando mas eu me aproximava mas ela se encolia.

Passei meu indicador em suas sobrancelhas e fui descendo pelo seu rosto, logo minha mão estava fechada em torno de seu pescoço.

Começou com um aperto leve mas logo perdi minha consciência e quando voltei a consciência já estava enforcando forte demais.

Ela logo perderia a consciência, faltava pouco para que ela morresse, e olhando seus olhos perdendo o brilho senti pela primeira vez um resquício de humanidade e a soltei.

Me afastei com brutalidade vendo seu corpo cair sem sentidos no chão, puxei meus cabelos com força tentando entender o porquê de ter sentido aquele negócio estranho no peito.

Me abaixei ao seu lado conferindo se ainda tinha algum batimento cardíaco e mais uma vez senti aquela sensação estranha ao constatar que ela estava viva.

Peguei ela no colo e a levei em direção do que parece ser o quarto dela, a depositei na cama e me sentei ao seu lado, minha mente fudida não parava de funcionar um momento, oque eu mais queria era me drogar até tudo virar silêncio novamente.

Olhei pra criança atrevida deitada na cama e estranhei essa curiosidade que ela desperta em mim.

Olhei em volta e tudo parecia tão simples, fui até o banheiro que tinha em frente ao quarto e entrei pra poder lavar meu rosto, o banheiro ainda estava molhado por causa do recente banho dela.

Depois de lavar o rosto, uma coisa chamou minha atenção, a blusa que Cecília estava vestida está dentro do cesto de roupa suja, me aproximei e a peguei, ela ainda estava molhada então apenas a levei ao nariz sentindo aquele cheiro diferente que emanava daquela peça.

O cheiro parece ser de algo gostoso, não sei identificar oque é mas só de sentir minha boca se encheu de água.

Voltei ao quarto vendo ela de olhos aberto ainda deitada, assim que me viu ela fechou os olhos de novo pra fingir que estava dormindo.

-pode abrir os olhos Cecília, só vou sair da sua casa quando tiver respostas.-disse me sentando ao seu lado.

Ela se afastou e sentou do outro lado da cama.

-voce quase me matou. -ela disse chorosa, toda manhososinha.

-situações a parte, porque você ficou daquele jeito lá no QG?- perguntei direito.

-porque você quer saber disso? Isso é uma coisa pessoal minha.- falou baixinho.

-so responde a porra da pergunta caralho. -ja tava começando a me estressar com essa demora.

-eu tenho uma doença. - que?

-que te faz suar demais? -perguntei não entendendo.

-nao é isso

-entao oque caralho? - me levantei e ela se encolheu na cama.

-calma por favor, eu produzo leite, é isso, leite, sai leite dos meus seios igual uma mulher grávida, por favor não me bate de novo. - ela praticamente gritou chorando.

Fiquei parado olhando pra ela tentando processar oque ela tinha acabado de falar, a porra da minha cabeça não estendeu bosta nenhuma oque me deixou mais nervoso ainda.

-como assim leite?

-quando eu era um pouco mais nova alguns dos meus homônimo se alteraram e como resultado eu comecei a criar leite, eu nao sou um monstro nem aberração, isso é normal pode pesquisar, só por favor não me bate.

Porra então o cheiro bom que senti na blusa dela é leite?

       {Até a próxima}

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