Capítulo 1

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Preparadas? Estou aqui super ansiosa! Me falem o que acharam, o que esperam que aconteça, tuuuuuuuuudo. Estarei aqui na espera.


Boa leitura!!


Do meu quarto conseguia ouvir as vozes abafadas dos amigos do marido da minha mãe. Todo domingo era sempre a mesma coisa: eles se reuniam aqui em casa, bagunçavam tudo e depois iam embora deixando a sujeira de presente.

Assim que saí do quarto, pude ouvir melhor a gritaria dos primatas. Ao parar no topo da escada vi a minha mãe ir à cozinha, enquanto segurava algumas latas de cervejas vazias. Soltei um rápido suspiro e me dirigi a ela.

Já na cozinha, ela abriu quatro cervejas com um sorriso bobo. No fogão havia algumas panelas e na mesa petiscos.

— Leve essas cervejas para eles – mandou minha mãe assim que me viu. — Rápido!

— Mãe, eu estava pensando em...

Márcia! – Ao olhar para trás vi o meu padrasto e os amigos olhando em nossa direção. — Cadê as cervejas?

— Já está indo, meu amor. – O sorriso da minha mãe era o mais apaixonado que eu já tinha visto. — Isobelle!

Ao ouvir o tom de bronca, peguei as quatros cervejas e me encaminhei para a sala. Assim que os amigos do meu padrasto me encararam de cima a baixo, me senti constrangida. Parecia que eles podiam me despir somente com os olhos e aquela sensação não era legal. Entreguei as cervejas para cada um e quando estendi a de Jorge, os seus dedos tocaram nos meus. Recolhi a mão com rapidez e, antes de desviar o olhar, vi o sorriso de lado que ele mantinha. Apressadamente saí da sala e me dirigi para a cozinha.

Podia ser coisa da minha cabeça, mas não era a primeira vez que Jorge fazia aquilo, sempre que podia ele me tocava de alguma forma ou me olhava tão intensamente que eu me sentia invadida.

— Me ajude no almoço. Você só passa o dia naquele quarto.

Sem responder, fui até a panela. Ao destapá-la senti o aroma delicioso do feijão.

Eu trabalhava a semana inteira, sem descanso, em uma boutique do shopping, mas a forma como minha mãe falava dava a entender que eu não fazia nada.

— Prepare as fatias para assar na churrasqueira – mandou e logo continuou: — Depois vá trocar esse short, estamos com homens em casa.

Assim que ouvi aquilo, parei o que fazia para olhar minha mãe.

— E não me olhe desse jeito – disse se aproximando, o dedo em riste na minha direção. — Quando você estiver morando sozinha na sua casa, pode andar até pelada, mas não quero que use esses tipos de roupas perto do Jorge.

— E o que tem as minhas roupas, mãe? – questionei, observando-a colocar as mãos na cintura.

— O que tem? – repetiu incrédula. — Anda feito uma qualquer, se exibindo... eu não quero isso!

Incrédula, balancei a cabeça e desviei o olhar.

Talvez eu devesse mesmo ir embora, morar em minha casa, ter minha privacidade. Voltei a minha atenção para a pia e busquei os pedaços de frango. Eu trabalhava há cinco meses na boutique, tinha juntado um pouco de dinheiro que poderia me ajudar caso eu decidisse alugar um apartamento. Um que fosse barato. Na verdade, bem barato.

— Se os jovens escutassem os pais evitariam muitas coisas – minha mãe voltou a falar me tirando do devaneio. — Por que acha que tanta desgraça acontece nas famílias? Principalmente com essas jovens sem nada na cabeça.

(DEGUSTAÇÃO) Intensa Tentação | Protegida pelo CowboyOnde histórias criam vida. Descubra agora