Olha quem voltou \o.
Preparadas para mais um capítulo? Comentem para saber o que estão sabendo <3
Boa leitura!!
Após ajustar o cinto dourado do meu uniforme, olhei-me no espelho e estiquei a mão até pegar o batom vermelho que fazia parte da minha vestimenta. Trabalhava em uma boutique chique do principal shopping de São Paulo, e como norma da empresa todo o fardamento deveria ser completo. Próximo a minha cama vi minha mochila ainda com algumas roupas dentro. Quando voltasse arrumaria melhor o que eu iria levar. Olhei o relógio e vi que dariam 5:10. Rapidamente calcei minhas sapatilhas, peguei meu casaco, que estava pendurado em um gancho ao lado da porta, e por último minha bolsa.
Assim que desci as escadas, ouvi a voz de Jorge vir da cozinha. Antes de adentrar o cômodo respirei fundo e agarrei a bolsa com mais força. Minha mãe estava lavando alguns utensílios na pia, já Jorge me encarou de cima para baixo antes de voltar os olhos para o jornal que tinha em mãos. Em silêncio caminhei até a mesa e peguei um pedaço de bolo. O ônibus passava no ponto às 6:00, se eu demorasse mais um pouco o perderia.
— Hoje eu vou resolver umas coisas, Isobelle. Volte cedo para casa, fará o jantar para Jorge.
Ao ouvir aquilo encarei o meu padrasto, mas logo desviei o olhar. Queria retrucar, e negar. Não queria ficar sozinha com ele. Fiquei boa parte da noite pensativa se falava ou não para a minha mãe o que havia acontecido, mas o medo por ela dizer que aquilo era minha culpa era grande. Então sem falar nada saí da cozinha. Já na calçada, comi o pedaço de bolo e vi alguns vizinhos saírem prontos para mais um dia de trabalho. Ao passar pela vizinha do lado, sorri e acenei educadamente. Desviei o olhar e a passos apressados me dirigi ao ponto. Ainda teria que andar meia hora até chegar na pequena placa que indicava a parada de ônibus.
O frio da manhã fazia com que sentisse saudades da minha cama e cobertor quentinho. Enquanto andava pensava no pedido de minha mãe sobre voltar cedo para casa, como se eu tivesse um transporte próprio e não dependesse do ônibus. Assim que adentrei a outra rua, vi o ônibus ao qual eu precisava pegar, parar no ponto e algumas pessoas subirem. Segurei a bolsa firmemente, e corri gesticulando para o motorista me esperar. Ao subir no transporte vi o motorista me encarar com o cenho franzido e acenar.
— Bom dia.
Após isso, com a passagem eletrônica paguei a minha e escorei no ferro que tinha na minha frente. Havia me formado fazia quatro meses, e quando estava estagiando nos colégios pensei que seria chamada para lecionar em um deles, mas me enganei. Nada do que imaginei aconteceu, e mesmo tentando me convencer de que não era minha culpa, aquele sentimento no peito me dizia que sim.
Horas depois pude ver finalmente o trânsito da cidade de São Paulo. Ao olhar para o céu, vi as cores do amanhecer e me imaginei em um lugar longe o bastante dali. O pensamento de morar em uma outra cidade era tentador demais, mas eu não tinha muito dinheiro, não conhecia ninguém que pudesse me ajudar nessa mudança e não arriscaria meu emprego dessa forma. Talvez nesse quesito eu fosse fraca e medrosa. Ao sentir o vento frio entrar pela janela do ônibus, me abracei no casaco fino que usava e esperei que meu ponto chegasse logo.
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(DEGUSTAÇÃO) Intensa Tentação | Protegida pelo Cowboy
RomantizmCompleto na Amazon! Avisos: História proibida para menores de 18 anos, por conter: violência explícita, gatilhos, conteúdo sexual e palavrões Age gap + Slow Burn + Sunshine e grumpy Aos 23 anos, Isobelle Monteiro é uma jovem professora recém-formada...