Capítulo - 02

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Boa noite luazinhas, chegando com mais uma att pra vocês, espero que gostem

Votem e comentem o que estão achando
boa leitura <3

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Se a alegria da fotógrafa era notada, a de Juliette não estava assim visível. Desarmada, era assim que ela se sentia. De todas as praias do Rio de Janeiro que ela podia ter escolhido, foi justo na mesma em que Sarah resolveu ir. Não bastasse o encontro sem programação, a filha estava em seus braços, e se a outra tivesse ouvido uma linha da conversa, não haveria mentira a ser inventada sobre quem era a criança com ela.

- Oi. - Respondeu sem jeito. — Que coincidência.

- Pois é, e depois dizem que essa cidade é grande. — Sorriu e percebendo o desconforto dela, emendou. — Bom você tá com uma companhia melhor que a minha, não quero atrapalhar.

- A gente tá sozinha, pode sentar com a gente. — Encantada com a beleza da mulher e curiosa com a reação de surpresa da mãe, foi logo falando sem dar chance de Juliette pensar em uma desculpa para tirar as duas dali.

Sarah sorriu e mordeu o lábio inferior, ela não queria mesmo deixar a mulher para trás, mas também não iria forçar nada, não com uma criança no meio.

- É... senta com a gente, mas só que sem álcool hoje. — Sorriu com a passada de perna que levou da filha e mostrou o coco que trazia na mão.

- Ótimo, vou comprar o meu e encontro vocês... - Se virou para a praia e mais uma vez Manuela foi mais rápida que a mãe e apontou onde elas estavam.

O tempo era curto, mas era o suficiente para Juliette falar com a filha. Saiu às pressas do barzinho, deixando Sarah com a compra dela e foi até o local que tinha colocado as cadeiras para ela e Manu.

- Olha só, essa moça faz parte do trabalho da mamãe, então ela vai chamar a mamãe por um nome diferente tá? — Falou de olho na fotógrafa.

- Por que? Ela é tão bonita, podia namorar de verdade com você e ir embora com a gente. — Sorriu esperançosa.

- Eu sei que ela é, mas não pode ser assim, e preciso que você ajude a mamãe agora, ok? — Olhou com carinho para a menina, odiava quando não conseguia manter a filha longe das suas armações.

- Tá. — Concordou um pouco triste com a cabeça.

- A mamãe se chama Valéria, e a gente mora em um apartamento no Leblon, ok?

- Valéria? Que nome feio. — Fez uma careta. - Vamos achar outro.

- Não, não, ela já conhece a mamãe por esse nome, não esquece Valéria e Leblon. — Falou baixo e rápido, olhou por cima do ombro da filha e sorriu. A fotógrafa se aproximava e além da água de coco que havia comprado, trazia um salgadinho junto.

- Espero que não tenha problema. — Fez uma cara culpada. Só depois que tinha escolhido a besteira é que lembrou que a mulher não tinha dado refrigerante para a criança.

- Não, tudo bem. — Sorriu e apontou para ela sentar na outra cadeira.

- E você como se chama? — Entregou o salgadinho para a menina, e Juliette sentiu o coração parar. Não tinha instruído a filha quanto a isso, e agora era tarde.

- Obrigada. Meu nome é Manuela. — Pegou o pacote e entregou para que a mãe abrisse para ela. — E o seu?

- Sarah, e você tem o sorriso tão lindo quanto o da sua mãe. — Seu olhar encontrou o da mulher e ela sorriu.

Gravity • Sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora