Oie, como vocês estão?
Só um aviso rápido: em uma parte do capítulo são citadas datas de aniversário, uma delas não vai ter relação com a realidade para não atrapalhar o desenrolar da história
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Boa leitura!
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Juliette olhou atônita para Vera. Mãe do Arthur. Como assim mãe? Como ela estava esse tempo todo ali e não sabia daquilo. Ninguém tinha falado nada sobre isso, nem mesmo Sarah.
- Co... Como assim? Mãe dele?
- O Arthur tem mãe? — Manuela foi mais direta. Vera riu para as duas.
- Tem sim, eu sou a mãe dele. — Falou. — Ele só não gosta de se gabar.
- Mas nem a Sarah me falou, você não comentou nada... Eu... - Olhou para a filha e depois para a mulher, ainda sem conseguir assimilar a notícia.
- Digamos que essa parte foi proposital. — Sentou no banco próximo de Juliette e sorriu para ela.
- Por quê? — Juliette ficou ainda mais perdida. Não tinha motivos para Sarah ou Arthur esconderem esse detalhe dela. A mulher olhou para a filha e não respondeu nada. — Filha, vai lá com os seus desenhos, depois você faz o seu interrogatório com a dona Vera.
- Tá bem. — Voltou correndo para a sala. Juliette olhou para a mulher e até largou o pincel com que trabalhava.
- Bom, quando a Sarah me procurou para te ajudar ela me contou a história de vocês, a sua vida. — Começou a falar calmamente e percebeu Juliette travar ao ouvir aquelas palavras. — Calma, foi por isso que não falei pra você quem era e nem ninguém te contou também. — Sorriu. — Eu queria que você confiasse em mim, se abrisse, mas como a Manuela foi mais ligeira, acho que a gente já pode conversar.
- Eu realmente não estou entendendo o que a senhora quer dizer. — Falou séria, sem conseguir olhar direito para a mulher.
- Eu fui uma prostituta também, Juliette. — Foi direta e conseguiu o que queria, a atenção completa da aluna. — Nasci em uma família pobre, sem oportunidades, nós trabalhávamos vendendo fruta na beirada da estrada, quando fiquei mocinha, comecei a virar mulher, comecei a chamar a atenção dos homens, caminhoneiros em sua maioria. — Respirou fundo. — Meu pai percebeu que podia lucrar comigo e serviu de cafetão, ele fazia o preço e eu ia pra cama com os estranhos.
- Eu...
- Não precisa. Foi há muito tempo e já o perdoei por isso. — Não deixou Juliette terminar. — Um dia eu fugi, entrei em um daqueles caminhões e vim parar aqui no Rio. Eu só sabia fazer uma coisa, não tinha nenhuma educação, então continuei a fazer o que tinha aprendido. Anos e anos na rua, em casas especiais, até o dia que conheci o meu falecido marido, Jorge. — Sorriu. — No começo foi só trabalho, mas então ele começou a voltar todos os dias, a passar mais tempo comigo. Eu achei ele louco, fiquei me perguntando o que um homem como ele, bonito, rico, educado, tinha na cabeça para ficar com alguém como eu, puta, pobre, burra. Mas ele não me ouviu, ia me ver todo dia, até que acabei me rendendo e fui morar com ele.
- Ele é o pai do Arthur. — Concluiu percebendo onde Vera queria chegar.
- Sim, ele é o pai do Arthur. O amor da minha vida. — Abriu os braços e sorriu. — Isso tudo aqui, essa mulher que você tá vendo, renasceu no dia em que ele disse que me amava. Sofri muito, Juliette, trouxe esse peso de não achar que merecia as coisas boas comigo por muito tempo.
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Gravity • Sariette
FanfictionSarah é uma fotógrafa mundialmente conhecida. Juliette é uma golpista com um passado pesado. Quando seus caminhos se cruzam, elas irão descobrir se o amor é mesmo capaz de superar tudo. Adaptação autorizada pela escritora da versão original Todos os...