Capítulo - 09

432 54 49
                                    

Boa noite galera, como vocês estão?

Chegando com mais um capítulo daqueles pra vocês! Comentem muito o que estão achando e boa leitura

****

Juliette fechou os olhos e respirou fundo. Não sabia até que ponto conseguiria mentir, até porque agora, Rodolffo sabia de Sarah, e o que ela mais temia, tinha acontecido.

- Anda, Juliette, responde. — Sarah falou impaciente.— A Manu tremeu, tremeu de medo, chegou a fazer xixi na calça, quem é esse homem que causa tanto medo na criança?

Juliette olhou para a cama onde a filha dormia, antes
de encarar a fotógrafa de volta. Fechou os olhos
novamente, e não sabe de onde arrumou a
coragem, mas quando os abriu, só deixou a verdade sair.

- O pai dela.

Era a resposta que a fotógrafa temia, mas ainda
tinha a esperança de não a ouvir.

- Pai? Você...

- Ela não sabe. — Foi rápida em emendar. — Ele
também não. Nunca contei pra ela e nem nunca
vou contar.

- Ela tem medo dele. — Sarah frisou. — Conhece
ele.

- Ele é obcecado por mim. — Juliette respirou fundo e sentou em uma das cadeiras que tinha ali. — Nunca foi nada sério, mas cheguei até a gostar dele no começo. Depois ele foi ficando ciumento, possessivo, tentei me afastar e começou a loucura toda.

- Ele vinha atrás de mim, eu fugia. Sempre. Até uma noite, em uma festa. Acabei bebendo demais, e um cara tentou me agarrar. Ele estava lá, bateu no homem, e me tirou do lugar. Bebida e um herói? Fui pra cama com ele, e no outro dia sai correndo, arrependida.

- O que eu não sabia, era que tava grávida. Consegui desaparecer por um tempo, ficar longe mesmo. Nunca disse que a Manu era filha dele, apesar dele achar isso. Infelizmente ele me achou depois de um tempo, começou a perseguir, chegou a invadir a nossa casa. É daí que vem o medo dela, ela estava em casa na maioria das vezes que isso aconteceu. Eu escondia ela, mas não conseguia esconder os roxos ou os evitar os gritos que surgiam.

Juliette não conseguia encarar a loira. Não era mentira, nada daquilo era mentira. Havia apenas a omissão de alguns fatos, que certamente, fariam com que a fotógrafa a odiasse e desprezasse para sempre.

- Você nunca foi na polícia? — Sentou na frente dela, e falou mais calma.

- Não. — Sorriu de lado com a ideia ingênua da fotógrafa. — Fazer ele pagar uma cesta básica? Ser fichado? Não iria resolver.

- Ele te bateu, te ameaçou e você fica quieta? — O tom de julgamento fez Juliette encarar ela.

- Protegi a minha filha. Mantive ela longe o máximo que pude desse canalha. Fugi, me escondi, mas a única opção que você me dá, é a que menos dá resultado. — Disse firme. — Polícia não faz nada
Sarah, não resolve nada. Só deixa esses babacas
com mais raiva da gente ainda. Polícia, só age,
quando a mulher morre. E eu tenho que pensar na
minha filha, e por ela não posso morrer.

- Desculpa, eu só não consigo me conformar com isso. — Respondeu e deixou o silêncio voltar entre elas. — Ele disse que não sabia que você tinha subido tão rápido. O que isso significa?

A morena fechou os olhos. Sentiu o corpo tremer e as mãos suarem. Estava ficando cada minuto mais impossível manter as mentiras.

- Eu não sei. — Respondeu baixo.

- Não sabe. — Repetiu encarando a namorada.

- Sarah... é complicado isso, é difícil pra mim...

- O que, Juliette? Conversar comigo? Me contar de você? — Interrompeu ela. — É só assim que descubro as coisas com você. Quando algo de fora interfere. Se eu não tivesse encontrado você e a Manuela na praia, nem ela eu teria conhecido né?

Gravity • Sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora