Gravity • Sariette

Capítulo - 22

Boa noite, volteiii! 👀

Boa leitura!

•••

Os passos eram apressados, apesar de estarem adiantadas, elas tinham pressa. Manuela ia no colo da fotógrafa com a sua boneca nos braços. Juliette empurrava o carrinho, enquanto a noiva direcionava elas para o espaço da companhia aérea.

- A gente faz o check in rapidinho, despacha as bagagens e depois podemos fazer um lanche, algo assim. – A fotógrafa anunciou. – Que foi, pequena, ainda triste pelo Winn? – Passou a mão no rosto da pequena que concordou com a cabeça.

- Ô minha bichinha, a tia Thata vai cuidar bem dele pra você até a gente comprar uma casa e depois ela e o tio Nicollas vão levá-lo pra gente. – Juliette sorriu secando a lágrima solitária.

- É só porque ele não pode ficar no hotel, filha, depois ele vai voltar a ficar agarradinho com você.

- Sarah emendou e sorriu. -- Ali amor. – Apontou para o local.

- Espera só um pouquinho que preciso ir no banheiro e não dá mais pra segurar. – Juliette falou e fez sinal para a noiva olhar as malas.

- Agora? Não dá pra segurar e ir depois, na área vip?

- Ai amor, não consigo mais, minha bexiga tá estourando e essa fila tá grande demais. — A morena respondeu e deu um beijo rápido nos lábios da noiva.

- Três pessoas... – A fotógrafa tentou falar, mas Juliette já tinha se afastado correndo. – Mijona essa tua mãe. -- Disse para a filha que gargalhou. Sarah mantinha Manu no colo, e com ajuda da menina ia separando os documentos que elas precisariam apresentar na saída do país. Estava distraída, e não percebeu o perigo que se aproximou. Sentiu o objeto nas suas costas e seu corpo ser envolvido por um braço. A voz fria sussurrou ao seu ouvido.

- Não se mexe ou a primeira a levar um tiro aqui é a Manuela. – Rodolffo falou e sorriu, olhou para a pequena que tinha se agarrado ao pescoço da mãe. – Oi princesa.

- Calma, não precisa disso...

- Cala a boca. Cadê a Juliette? — Ele indagou não deixando a fotógrafa falar.

- Não sei. – Sarah obviamente mentiu. Rodolffo passou a arma na perna de Manuela que chorou se agarrando mais a mãe e se não fosse o olhar frio que recebeu teria gritado. Porém, seu movimento foi o suficiente para a fotógrafa sentir que a ameaça tinha passado para a filha. — Ela vai demorar, não dá pra você ficar aqui desse jeito no meio do aeroporto. Fala logo o que quer.

- Eu quero te matar. — Rodolffo respondeu no ouvido da fotógrafa e sorriu ao ver, ainda que com dificuldade, a expressão de medo nascer no rosto dela.

Juliette nem precisou ver, ela sentiu. Aquela dor no peito, aquela sensação de algo ruim tomou conta dela. Saiu às pressas do banheiro e no meio do caminho travou. Sarah, Manuela e Rodolffo. Ela não viu a arma, mas pela tensão que o corpo da noiva mostrava, sabia que estava ali. Então, ela correu, não em busca de ajuda, e sim na direção dos três.

- Rodolffo. — A morena chamou e parou de andar com o gesto que o homem fez. Ele tirou a bolsa de Sarah dos ombros dela, e jogou para Juliette.

- Cala a boca e vai.

- Larga elas, Rodolffo, deixa elas em paz, eu vou com você. — Juliette implorou sem mover um músculo mantendo o olhar fixo no homem. Se olhasse para a noiva desabaria, e poderia fazer uma besteira que machucaria as três.

- Mamãe. — Manuela chorou mais alto e a atenção de algumas pessoas que estavam perto voltou-se para eles.

- Cala a boca. — O homem rosnou ferozmente para a criança e olhou para Juliette. — Na minha frente, anda. Vai ou eu estouro os miolos da tua vagabunda aqui mesmo.