Capítulo - 10

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Boa noite amores, como vocês estão? Demorei mas voltei

Sei que o mundinho não está na melhor fase novamente e algumas pessoas não estão se sentindo bem diante dos últimos acontecimentos, por isso priorizem sempre a saúde mental de vocês acima de tudo

Sei que as fanfics/au's são o refúgio de muitas pessoas, assim como é o meu, e não tenho pretensão nenhuma de abandonar a história

Boa leitura!

***

O silêncio pesou no carro e Juliette secou a lágrima que escapou. Viu Sarah ligar para alguém, e pelo viva-voz, não conseguiu controlar as emoções quando ouviu a voz da filha. Entre choros e sorrisos, falou com a menina que contou logo a maior novidade.

- Nós vamos morar com a mamãe Sarah.

A morena não perguntou nada e nem negou. Ficou conversando com a pequena até que a fotógrafa estacionou o carro. Desligou e olhou para fora. Reconheceu o prédio na hora. Era o local onde ficava a cobertura de Sarah, que elas passaram a primeira noite.

- Por que me trouxe aqui? — Perguntou quando elas chegaram no apartamento.

- Porque você tá um lixo, e é melhor que a Manuela não te veja assim. — Sarah encarou a outra.

- Morar com você? — Ignorou o comentário e continuou com as perguntas.

- Eu sou uma otária. — Abriu os braços. — Eu odeio você. Você mentiu pra mim, usou uma criança, brincou com os meus sentimentos.

- Não, Sarah, eu não queria mentir, me escuta. — Tentou se aproximar e a fotógrafa se afastou.

- Não toca em mim. Eu tenho nojo de você. — Falou e sentiu as lágrimas pelo seu rosto. — Uma prostituta, golpista. Mentirosa. Eu não sei como alguém assim conseguiu ter uma filha tão boa. E eu não vou deixar você acabar com aquela criança. Você me deve, pela dívida paga com aquele homem, então agora, você e sua irmã trabalham pra mim. Vão cuidar da casa. Eu me responsabilizo pela educação da Manuela.

– Não...

- Ou então eu vou na polícia, denuncio você com as provas que o Arthur arrumou e daí você vai perder a guarda, vai pra cadeia e a Manu vai pra um abrigo. — Não deixou a mais baixa rebater. — Você escolhe. Cadeia e perder a Manuela ou trabalhar pra mim, nas minhas condições.

Juliette calou-se. Ficou procurando naquele olhar um sinal de que era um blefe, uma ameaça vazia. Nada além de dor refletia. Ela abaixou a cabeça vencida.

- Vou pegar isso como um sim. Então, eu quero uma lista, com nome e valor de todos que você roubou. — Puxou o ar. As palavras saiam pesadas, doídas. — Vai fazer parte da sua conta, pagar de volta.

- Vai querer que eu mande cartões de desculpas também? — Ironizou, descrente que ouvia aquilo.

- Não tinha pensado nisso, mas é uma boa ideia, pode escrever à mão inclusive. — Rebateu.

- Você tá falando sério? Sarah eu não lembro. Nem sei quem são todas as pessoas, nem todo mundo que enganei, entrei dentro de casa, montei uma relação. — Respondeu e fechou os olhos da vergonha do peso daquela verdade.

- Faz de quem lembra, o que não se lembrar vou reverter pra caridade. É uma forma de você pagar pelo que fez. — Falou e respirou fundo.

- A Manuela é minha filha...

- Nem por isso que vou deixar ela se tornar igual a você.

- Isso é injusto, eu sou uma boa mãe! — Gritou. — Não sou a pessoa mais correta do mundo, mas eu sou uma boa mãe. Eu sempre quis deixar isso pra trás e dar uma vida melhor pra ela, sempre fiz tudo pensando nela.

Gravity • Sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora