Capítulo - 25

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Boa noite leitores, como vocês estão?

Tempos difíceis no fandom novamente e as fanfics seguem sendo nosso conforto

—> capítulo não revisado

Boa leitura!

•••••

Juliette ainda estava distraída quando percebeu
Sarah acelerando o passo e se aproximando da
mulher que andava igualmente apressada na
frente delas. Bastou chegar um pouco mais perto e
ela entendeu porque a noiva agiu daquela forma.

- Mãe? - Sarah indagou parando a mulher e
encarando ela. - Você tá chorando? Você é capaz
disso?

- Sarah. - Juliette deu um puxão na mão da
fotógrafa chamando a sua atenção pela dureza
expressada.

- Aconteceu alguma coisa com você, Sarah? - Simone rebateu a pergunta, ignorando a ironia da filha.

- Não. Por que você tá aqui? Meu pai tá bem? - A
fotógrafa respondeu de uma forma fria e tomando
uma distância da mulher.

- Seu pai está ótimo. - A mais velha falou sem vontade e virava as costas para o casal quando a restauradora
impediu.

- E a senhora? Aconteceu alguma coisa?

- Nada. Obrigada pela consideração. - Simone disse e
dessa vez voltou a andar sem ser interrompida

Juliette olhou para a noiva com a expressão séria.

- Que foi? - Sarah falou na defensiva.

- Você é capaz disso? Sério? É a sua mãe, Sarah. - A morena foi firme

- Engraçado, ontem mesmo você enterrou a sua
mãe, porque ela não presta, e eu tenho que me dar
bem com a minha? - A fotógrafa cruzou os braços
na defensiva.

- Sua mãe.

- Me impediu de ser mãe. Ela é tão monstro quanto a sua, Juliette, então para. - A fotógrafa praticamente
rosnou para a noiva, mantendo o tom baixo pelo
local que ainda estavam.

A restauradora respirou fundo e ficou calada.
Olhou para trás e deduziu que só tinha um lugar de
onde a mulher deveria ter saído para ficar na frente
delas. Enquanto Sarah fez menção de sair, Juliette
retornou alguns passos e viu a placa do corredor de
onde a sogra tinha vindo.

- Ela saiu da oncologia, Sarah. - Juliette disse alto
para a noiva.

- Vou ligar pro meu pai mais tarde, agora só quero
sair daqui. - A fotógrafa respondeu desconfortável.

O silêncio foi companheiro das duas na volta para
casa. Nenhuma chegou a fazer menção em falar
algo. No fundo Juliette até que ficava tranquila com a
fotógrafa ter se afastado da mãe. Era egoísta pensar
daquela forma, mas ela realmente não gostava da sogra e não precisar conviver era uma benção. Ao
mesmo tempo em que ela se sentia culpada por ter
colaborado com aquela situação. Afinal, brigando
ou não, Sarah e a mãe ainda tinham contato, e
depois da volta do casal, tudo tinha acabado.

Sarah tinha a imagem da mãe passando direto em
sua mente. A mulher chorava, ela tinha certeza. E
nunca havia se lembrado de ver a mãe chorar.
Sabia que suas palavras foram duras, mas aquela
mágoa que carregava em seu peito, parecia ganhar
vida própria toda vez que encontrava com a
mulher. Ainda assim, um pedaço dela se sentia
incomodado e até preocupado com aquela situação.

O som só voltou para as duas quando elas
passaram pela porta principal e viram Manuela
agarrada com a boneca, olhos lacrimejando, e a
babá de joelhos em sua frente, limpando algo.

Gravity • Sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora