Capítulo 8

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Levantei-me um pouco tarde e ao chegar perto da janela vi duas jovens caminharem com os braços entrelaçados

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Levantei-me um pouco tarde e ao chegar perto da janela vi duas jovens caminharem com os braços entrelaçados. Sorri ao ver a expressão despreocupadas delas. Resolvi que mandaria fazerem vestidos novos para mim, com cores mais claras. Os tons escuros não combinavam comigo e eu não aguentava mais usá-los. Desci as escadas a procura de Elouise e quase fui derrubada por uma Genevive agitada.

— Milady, já tomou seu café da manhã?
— Edith, a governanta, me assustou ao aparecer de supetão nos últimos degraus.

— Ainda não. Você viu Elouise por aí?

— Não, milady. Mas acredito que ela esteja na cozinha. Na ala dos serviçais.

Franzi o cenho sem entender muito bem o que ela quis dizer com aquilo.

— E meus pais? Onde estão?

— Imagino que já tenha deduzido pelo horário que Sua Graça seu pai foi resolver assuntos na câmara. A senhora sua mãe está bordando perto do jardim.

Suspirei sem querer continuar a conversa. Edith sabia ser grosseira quando queria. Fui até a cozinha e peguei uma maçã fresca. Elouise estava conversando com o mesmo rapaz da outra noite, o do seu quarto... Fiquei vermelha ao lembrar que presenciara aquele tipo de coisa.

— Elouise... Aí está você!

Ela sorriu ao notar minha presença.

— Milady. — O homem ao seu lado fez uma mesura a mim.

— Não precisa de tantas formalidades. — Pisquei e ele sorriu. — Desculpe, não sou muito boa com nomes. Você se chama...?

— Jacob, milady.

— Certo, Jacob. Terei que roubar Elouise pelo resto do dia.

Ele sorriu e deu um leve aceno de cabeça voltando a comer o prato que lhe havia sido servido. Puxei Elouise da cozinha e caminhamos pelos corredores da casa.

— Aconteceu algo, Florence? — Ela segurou minha mão, a expressão preocupada.

— Não. Nada com que deva se preocupar. Ao acordar vi jovens moças andarem pelas ruas e algo de bom despertou em mim. Quero mudar as cores de minhas roupas.

— Não acha que ainda está cedo? Você nem ao menos se casou para querer parar de sofrer o luto de seu marido. Sei que você nunca se sentiu em luto, mas as pessoas irão falar. — Ela hesitou, mas logo continuou: — Não quero que pensem que não está sofrendo por ter um amante.

Senti meu coração acelerar, as bochechas arderam. Desviei o olhar para os quadros nas paredes. William era meu amante? Não evitei perguntar para mim mesma.

— Não ligo para o que irão falar de mim. Não sou mais uma jovem que pode perder a possibilidade de um casamento por má reputação. Sou uma mulher, uma mulher com pensamentos e sentimentos.

O Despertar de Florence Onde histórias criam vida. Descubra agora