Cartas para Heather

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Noite anterior,antes da volta dos gêmeos

Apanhado no fantasma de seu toque

Cheryl podía sentir os beijos sendo distribuídos em sua pele,assim como os toques da mão delicada de Antoniette.

Eu estou me segurando, você já se foi
Isso é amor?

Ela está se segurando infinitamente naquelas memórias,de tudo que elas haviam tido,a verdade é que ela havia perdido tudo.

Tudo que a cerca de um mês era seu mundo e agora não havia nada. Se perguntava se aquilo que ela sentia era amor? Mas porque sendo que amava Heather?

Cheryl amava a sensação que sentia quando estava com Toni algo inexplicável e tão doce, Toni havia a ensinado a amar e como era este sentimento,mas agora quando tudo se tornou uma bagunça,Cheryl a dispensou como se não fosse nada.

Como se fosse algo insignificante,embora ela não fosse aquilo. Como foi dito ela era a coisa mais importante,a melhor coisa da vida de Cheryl.

O amor é algo confuso,e inexplicável.

Naquele momento ela se encontrava tão confusa,e ela nem sentiu isso quando tudo isso aconteceu.

Heather foi seu primeiro amor,o qual não conseguiu viver longe. Ela se lembra da vez em que se separaram na adolescência.

Ela passava horas drogas apenas para tentar esquecer a menina,mas acabava fazendo justamente ao contrário cada vez pensando mais na garota.

As drogas a faziam mal a ela, e enfim Heather viu o estrago que havia feito em sua vida. Ela demorou meses para largas as drogas, até hoje estava limpa.

Mas as vezes sentia vontade de usar algo apenas para poder esquecer tudo ao seu redor, quando isso acontecia ela pensava em sua família.

Já dizia Cher, você acredita em vida após o amor? Naquele momento ela se encontrava perdida para tudo.

Tempo atual.

- Toni,eu te amo.... E sempre amarei,na verdade eu nunca deixei de te amar.- Cheryl diz olhando a morena - Eu acabei me deixando levar por um sentimento antigo,e estraguei a melhor coisa que tive em minha vida.

Ela olha para morena parada em sua frente,as mãos na barriga enquanto o bebê se remedia agitado por ter escutado a voz de Cheryl.

Toni observava em silêncio,ela sabia de tudo aquilo, Verônica já havia dito que Cheryl se arrependia de tudo que havia feito.

- Eu não estou pedindo para a gente voltar ou até mesmo ter algo. Claro que eu quero muito isso,mas entenderei se você quiser seu tempo. Eu só.... Me desculpe por tudo,quer saber esquece isso...

- Não... Na verdade eu aprecio suas desculpas e a forma que se preocupa comigo. Muitas pessoas não fariam o que você está fazendo. Como por exemplo esperar o tempo que for preciso para outra pessoa. - Toni diz olhando nos olhos cor de mel e vendo a calmaria que ele trazia a mesma.

Os gêmeos corriam pela casa e Nana Rose que observava os gêmeos,ela negava com a mão enquanto tentava correr atrás deles em sua cadeira de rodas.

- Eu ainda preciso de um tempo para pensar. Por mim e pelo pequeno River,mas quem sabe podemos tentar novamente. Eu preciso que mostre que posso provar em você novamente e que nunca me trocaria novamente.

- Eu irei fazer isso,lhe mostrarei que posso fazer que confie em mim. E quanto ao tempo,leve o que precisar,eu ainda estarei aqui para você,assim como você esteve para mim. - Cheryl diz.

- Obrigado,Cheryl. - Ela abraça a ruiva antes de ir.

- Você precisa ir? Não pode ficar mais um pouco?  - A ruiva diz enquanto fazia biquinho.

- Não eu preciso,prometi que sairia com Fangs e Sweet Pea. - Ela diz e recebe um beijo na testa.

Cheryl coloca suas mãos na barriga de Toni e deposita um beijo na mesma. Toni sorri para cena, não importa quanto tempo passe,quantas discussões tenhamos. Sempre será ela e ele.

- Cuida da mamãe,pequeno. A Cher te ama muito, meu amor. - Ela diz enquanto fazia carinho na barriga.

Juniper olha para Tia Cheryl e faz um bico, idêntico ao da tia. O menino cada vez mais se parecia com ela.

- Você não me ama mais? - Ele diz ciumento.

- Mas é claro que te amo,meu pequeno ciumento. - Ela pega ele no colo e o enche de beijos por todo rosto.

Eles ficam ali e logo Toni vai embora os deixando ali.

[...]

Cheryl estava sentada no meio da sala,os gêmeos brincavam ou melhor espalhavam brinquedo por tudo,deixando a casa um caos.

Nana Rose observava tudo e negava com a cabeça, Cheryl os mimava demais e por isso não brigava com eles. Futuramente isso poderia a trazer problemas a ela.

Uma batida pode ser ouvida na porta, Cheryl apesar de estranhar, já que não esperava por visitas. Ela se levantou e caminhou até o hall.

Ela abre a porta dando de cara com quem menos esperava.

- Boa Tarde,Maninha. - Jason dizia olhando para ela. - Eu vim ver meus filhos,eles estão aí?

Ela congelou sem saber o que sentia. Raiva, ódio, até mesmo medo.

O menino tinha cabelos ruivos recém cortados,a expressão de seu rosto calmo e tranquila.

Ela estava revoltada,porque faziam anos em que não se viam e sua última ligação tinha sido a vários anos atrás.

- O que você quer?

- Eu lhe disse,quero ver meus filhos. - Ele diz na maior cara de pau.

- 7 anos depois? Você me aparece perguntando deles?

Ele está prestes a falar quando, duas crianças descem do carro,o menino loiro aparenta ter cerca de 6 anos, já a menina cerca de seus 4 a 5.

- Papai? Você vai demorar muito? - A menina diz.

A raiva dela aumenta mais um pouco, não pelo fato da criança. Mas sim porque ele havia abandonado os gêmeos com ela e tinha feito outra família.

- Mamãe, tá tudo bem? - Juniper aparece na porta preocupado.

- Juni sobe pra cima com a Dagwood. Mamãe já vai lá. - O menino obedece. - Jason só vai embora daqui.

- Eu tenho direito de ver eles,eu sou o pai deles. - Jason diz,assustando a filha. - Mirabel vai pro carro.

A menina obedece indo com o irmão mais velho.

- Chame Advogado,chame o que quiser. Eu cuidei deles desde o minuto em que você os abandonou e não irei deixar Você ver eles.

- Eu irei fazer isso.

- Vai embora daqui, quando tiver com a cabeça fria eu te ligo e penso,mas por agora some daqui.

Ele sai sem dizer nada,e adentra o carro e vai embora. Cheryl apesar entra dentro de casa e suspira irritada, os pensamentos a mil.
Mas decide que não vai deixar se levar por aquilo.

Ela decide voltar a brincar com os gêmeos e assim ficam por um tempo.