Draco Malfoy estava se segurando para não chorar.
Aquela deveria ser uma noite feliz. Era 24 de dezembro, seu aniversário. O ômega tinha reservado algumas mesas em um bom restaurante e convidado alguns amigos para comemorarem consigo. Como já deveria se esperar, ele tinha levado um bolo de todos e agora estava completamente sozinho ali, no meio daquela imensa mesa.
Ele se sentia patético, queria bater em si mesmo. Draco deveria saber, ele sempre se esforçava para estar lá pelos outros, mas quando era sua vez... ninguém estava lá por si. O ômega estava se segurando para não chorar, ele só queria comemorar sua data especial e era a primeira vez que faria isso longe da família.
Malfoy se perguntou o que poderia ter feito de errado, ele tinha se esforçado e colocado uma roupa bonita e feito uma maquiagem leve; era uma das raras ocasiões em que se sentira realmente bonito. Draco escutou o som de uma cadeira perto de si sendo arrastada e um cheiro maravilhoso de alfa chegou às suas narinas, mas ele não se importou em levantar a cabeça, estava muito ocupado sentindo pena de si mesmo.
No dia seguinte, seria a noite de natal, a noite da deusa Lua e deveria ser uma comemoração feliz, mas Draco estaria sozinho. Ele olhava para a tela de seu celular, vendo que suas mensagens estavam sendo prontamente ignoradas por todos no grupo em que estava.
Malfoy agora se sentia feio, sem a animação que dominava seu corpo horas antes. O vestido que escolhera justamente para aquela noite não parecia mais abraçar as curvas de seu corpo tão bem e as sandálias de salto estavam apertando seus dedos.
“É muito deprimente ver um ômega tão bonito assim, tão triste.”
Draco finalmente ergueu a cabeça contendo o suspiro de admiração ao alfa. Era terrivelmente lindo: os olhos verdes eram intensos e penetrantes, pareciam ver sua alma, a mandíbula era marcada e ele tinha o cabelo castanho escuro e longo, chegando aos ombros, com pequenos cachos nas pontas.
Malfoy sabia quem ele era, era impossível não saber. Qualquer pessoa viva na Europa sabiam quem era Harry Potter, ele era o lobo puro líder do principal clã da família Gryffindor, a maior da máfia europeia.
Draco tremeu de medo, as lágrimas deixaram sua visão embaçada. Ele não tinha feito nada de errado, nunca se meteu com ninguém da Gryffindor, então por que Harry Potter estava ali, à sua frente, em sua mesa?
“É uma mesa muito grande para apenas um ômega, também.”
Potter sorriu e Draco o achou terrivelmente bonito, mas não disse nada. O alfa apoiou os cotovelos na mesa e ele encolheu um pouco os ombros, com medo de falar qualquer coisa que deixasse o outro irritado. Harry parecia intrigado, esperando pacientemente que Draco o respondesse. Engolindo em seco e tentando passar por cima do medo, o ômega finalmente falou.
“Estar triste e sozinho não era meu plano.” Draco disse e deu de ombros, tentando não permitir que as lágrimas.
“Oh, se é assim...”
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How to get a mafia boss - Drarry
FanfictionEm que Draco é abandonado pelos "amigos" em seu aniversário e um alfa chefe da máfia afaga suas mágoas. Ou Quando Harry vai a seu restaurante favorito na véspera de Natal e encontra o ômega que tomaria seu coração. Adaptação autorizada pela Sanmonn...