A Filha de Klaus Mikaelson

4

    A inocência sem dúvidas é uma das coisas mais belas em uma criança é a prova viva que a pureza e a bondade ainda existem, mas essa nunca foi uma de minha características.

   Minha mãe sempre soube Dês de meu primeiro suspiro que eu estava fadada ao erro, eu era uma brecha na natureza algo que não deveria existir.

   A filha mais velha do híbrido bastardo com mil inimigos e a Melkweg ambiciosa que assassinou toda sua família em busca de poder, era um fato nada que vinha deles poderia ser puro e bondoso

Tudo que vinha de mim resultaria em destruição então não poderia me manter viva sem sujar minhas mãos de sangue.

Eu sou a tribrida a junção das três especies e aos olhos de más pessoas posso ser considerada a arma perfeita, por isso todos aqueles que souberam da minha existência tiveram um trágico fim.

   Para alguns isso pode ser considerado um tremendo azar, mas eu jamais conseguiria odiar ter tanto poder, talvez essa seja uma das características que adiquiri De minha mãe.

  Inclusive essa tadinha mal sabia ela que eu seria sua ruína.

   Agora encarando seu caixão eu me pergunto se para ela tudo realmente valeu a pena, desistir de tudo que conquistou para me criar e ganhar uma estaca no peito como recompensa.

    Meus pensamentos são interrompido por Scarlett que entra no local segurando um pote de sorvete.

    - Isabel ainda não chegou, só falta aquela velha tarada com mais de cem anos estar se pegando com um adolecente por aí - comenta fazendo cara de nojo -  ela é quase um fóssil.

     Reviro os olhos fechando o caixão e caminhando em direção a sala.

   - acho melhor darmos um jeito nisso antes dela chegar - comenta olhando a porta da frente que a minutos atrás havíamos arrombado, dou de ombros e caminho em direção a estante de livros fitando um por um.

     Escuto um suspiro sair dos lábios da morena e logo ela voltar a falar.

   - tem certeza do que vai fazer? - me encara séria - ele ainda é seu pai por mais que você se recuse a aceitar.

    - não sinta compaixão por aquele homem Scarlett, mesmo se um dia eu o considerasse meu pai seria bem provável ele se aproveitar de mim e me usar como arma assim como os outros, não se esqueça que no final das contas ele é um monstro assim como eu.

  - nós duas sabemos que isso não é verdade - responde sentada no sofá segurando a colher com sorvete - até os monstros amam Ayla.

   - ter uma família pode ser seu sonho Scarlett, mas com certeza não é o meu - relembro pegando um livro de magia Negra, um dos poucos que restaram após a caça as bruxas de 1692.

   - como pretende fazer o que quer sem antes recuperar sua magia ? - questiona -  por conta da maldição não anda conseguindo nem usar sua própria magia quem dirá a que roubou.

  - e é por isso que vou me aproximar de Niklaus - sorrio - Caso não consiga recuperar meu poder vou precisar de alguém que consiga fazer feitiço poderosos e quem melhor do que os bebês no ventre da mamãe loba para me ajudar ?.

    Por mais que não olhe em seus olhos consigo sentir o desprezo que ela me encara.

   - e como pretende se aproximar de Niklaus sem que ele desconfie, afinal ele sabe que você queria o matar, como vai justificar isso ? - questiona com a boca cheia de sorvete.

   - nada que uma boa história e uma atuação melhor ainda não resolva  - exclamo pensativa- mas ainda tem a chance de ele tentar me usar para beneficio próprio - pirragueio - nesse caso irei fingir ser manipulada.