Ao acordar Tarcos ficava na cama por mais um tempo lembrando do sonho e da deusa que havia conhecido na noite passada e se perguntava se aquilo realmente acontecera. Seu despertador tocou, sabia que estava na hora de levantar. E sem muita enrolação se levantou para se arrumar e ir à escola.
Tarcos agora esperava encontrar Marceline em todo lugar por onde andava, mesmo sabendo que não aconteceria, pois ela morava bem distante d'ali. Esperava encontrar ela pelo caminho da escola, na loja onde comprava seu lanche todos os dias, até na sua própria escola. E se decepcionava sempre que não a encontrava.
Chegando na escola avistou Pedro que estava com uma cara ótima, o que lhe deixava um pouco mais feliz também. E ao seu lado Joseph Andrade. Ele era ainda maior que Tarcos, mas não era tão magro. Suas sobrancelhas se juntavam no meio de sua testa e mesmo que seus cabelos fossem negros, haviam alguns fios brancos entre eles. Com toda certeza era um dos mais inteligentes que Tarcos já conhecera em toda sua vida, e também um dos mais engraçados e sarcásticos seres da face da terra.
Antes que Tarcos pudesse chegar até eles, ele escuta duas vozes gritantes atrás dele.
-Façam fila à minha frente! Vamos hastear a bandeira mais cedo hoje! Era a diretora e a vice-diretora.
Toda segunda feira era de hábito hastearem a bandeira e cantarem o hino do País ao meio dia. Sempre que isso acontecia Tarcos, Pedro e Joseph davam o fora o mais rápido possível. Não se sabia por qual motivo elas resolveram fazer de manhã naquele dia. Mas mesmo assim se opuseram a cantar o hino de um país, que vamos concordar... Estava uma porcaria.Enquanto todos se juntavam e faziam fila por medo da diretora, os três caminhavam para uma árvore próxima. E pretendiam ficar "de boas", como sempre disse Joseph em sentido de tranquilo ou quando estava sem fazer nada. E ficariam se não tivesse aparecido o supervisor Guilherme. Ele não tinha nenhum preparo para estar naquele cargo, mas era "baba ovo" da vice-diretora, que por sua vez era irmã da diretora.
-Vamos para a fila, vamos! Dizia o supervisor batendo palmas fortes para apressar os três.
Joseph olhou para ele dando atenção, enquanto Tarcos e Pedro continuavam conversando normalmente, puxando Joseph de volta para a conversa.
-Mano, vocês viram o apagão que deu ontem a noite? Perguntou Tarcos.
-Eu não vi, porque tava tudo escuro. Respondeu Pedro com sarcasmo.
-Vocês estão surdos?! Vão para a fila agora! Gritava o supervisor com os três.
-Senão, oque?! Perguntou Tarcos ao supervisor, que parecia surpreso com tamanha afronta.
-Senão eu vou chamar os pais de vocês.
-Ouxh mano... Foda-se. Disse Pedro com cara de desprezo.
-Se você conseguir falar com os mortos pode chamar. Disse Tarcos com cara séria.
-E a sua mãe? O supervisor parecia um pouco assustado ao perguntar isso.
-Não é pai. Disse Tarcos tirando a cara de assustado do supervisor fazendo com que borbulhasse de raiva.
-E você?! Pra fila agora! Disse o supervisor a Joseph ao ver que não iria conseguir nada com os outros dois.
-Tô com preguiça. Mas se o senhor acha tão importante, pode ir sem mim. Respondeu Joseph um tanto agressivo enquanto se espreguiçava. Ele odiava qualquer um que levantasse a voz contra ele.
Os três colocavam sorrisos em seus rostos ao ver o supervisor sair fervendo de raiva.
Marcelo May o professor de Biologia mais adorado pelos alunos e até mesmo admirado pelos três, ao ver aquilo se aproximava para entender oque estava acontecendo.
-Bom dia rapaziada.
-Bom dia professor. Responderam entusiasmados os três ao mesmo tempo.
-Desculpa, mas eu não pude deixar de reparar que vocês não atenderam as ordens do supervisor. Por quê?
-Há... É que a gente acha uma perda de tempo ficar ali em pé, então resolvemos colocar o papo em dia antes dessas aulas cansativas. Com exceção da sua, a sua é um show. Disse Pedro tomando a frente recebendo apoio do Tarcos e do Joseph.
-E se eu dissesse que iria tirar 3 pontos de vocês se vocês não fossem? Disse o professor de maneira singela.
-Eu preciso de 4 para passar de ano, pode tirar até 6. Disse Tarcos com total confiança em suas palavras
-Eu preciso de 2 para passar. E o trabalho que vou apresentar hoje pro senhor vale 4, e garanto que vou tirar nota máxima. Afirmou Pedro com toda certeza.
-Eu já passei na sua matéria. Se quiser pode tirar até 16 pontos que eu ainda vou passar. Joseph falava isso com total tranquilidade.
-Entendi. Até mais tarde rapazes. Disse o Professor saindo com um sorriso no rosto.
Marcelo May, professor, escritor, compositor e o "queridinho" dos alunos. Seu cabelo social sempre bem cortado e arrumado, pele clara e olhos profundos. seu nariz pontiagudo segurava um óculos quadrado, não era gordo nem muito magro. sua altura era considerada por muitos a altura perfeita. Não muito alto e nem muito baixo.
Ao chegar na sala, Tarcos se decepcionava mais uma vez quando não avistara Marceline em nenhum lugar da sala. Pedro ao perceber sua cara de aborrecimento lhe perguntou o por quê.
-Lembra daquela garota que eu encontrei no ônibus?! Eu não consigo mais parar de pensar nela, eu vejo ela em todo lugar.
-Mas ela mora por aqui?
-Não. Ela deve morar perto do Shopping
-E como tu espera encontrar ela aqui?
-Eu sei lá, caramba!
-Mas porque tanta obsessão nessa guria?
-Você não entende? Ela era muito legal, parecia que ela me entendia de verdade. Mesmo sem me conhecer.
-Parece que você tá apaixonado.
-Eu espero que seja infarto, porque se for paixão eu tô lascado. Disse Tarcos com uma cara de desespero.
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A espera do nosso momento
RomantizmTarcos Gessinger, um jovem alto com cabelos longos, negros e lisos, olhos castanhos um pouco amarelado. Resolve sair com seu melhor amigo "Pedro Avelino" para encontrar com Myllena. Uma garota que Pedro havia conhecido pela Internet. Tarcos ao volta...