Trixie
Não dormi quase nada essa noite. Fiquei pensando sobre a caixinha de música e quem a deixou lá. Esse pensamento perturbou meus sonhos a noite toda.
A única coisa que consegui fazer foi ir até o saguão hoje de manhã e perguntar se viram alguém suspeito entrar no prédio. Disseram que não viram ninguém, e que iam até olhar nas câmeras, mas que provavelmente não iriam ver nada, por eles terem uma segurança muito impecável. Mas se fosse tão impecável assim ninguém teria entrado no meu apartamento. Só se a pessoa foi voando, ai explicaria o fato de aparecer a porra de uma caixinha muito específica no meu quarto. Mas eles olharam e não viram absolutamente nada.
Se não tivesse os resquícios daquela caixinha de música no meu lixo, eu acho que até eu iria começar a duvidar de mim mesma.
Então para tentar me distrair, decidi aproveitar que as aulas só começam amanhã e sair pra resolver oque tenho que resolver.
Estou a um tempo sem frequentar academias de lutas, e já estou cansada de bater em sacos de pancadas. Decidir vir aqui em uma das melhores academia -segundo a internet- e contratar um "treinador", o que não vai ser bem um treinador, porque eu luto desde os 8 anos e sou mais que experiente em Boxe e em Jiu-jitsu, vai ser mais um... passa tempo.
Eu simplesmente amo lutar desde muito tempo, eu me sinto livre e posso ser eu mesma, posso descontar minha raiva, ansiedade e tudo que me incomoda em socos e chutes.
Comecei a amar a luta aos 7 anos, quando eu ainda morava com os meus pais. Nós não tínhamos TV, então eu costumava ver as lutas na televisão do meu vizinho Duff. Ele era um velhinho rabugento que a única coisa que fazia era assistir televisão. Todo final de semana ele só assistia lutas, então eu saia de casa e ficava assistindo da janela dele as competições a tarde toda. Eu simplesmente me apaixonei pelo esporte, comecei a testar com os valentões da escola as mesmas coisas que eu via na TV, o que dava um trabalhão para o meu pai... mas ele tinha orgulho.
Quando fui para Los Angeles, a Meggie me pegou jogando o videogame de luta do Asher escondido. Eu disse que gostava de lutas, então ela me colocou no Box e no Jiu-Jitsu, e desde então eu não parei mais de lutar. Eu era muito boa, frequentei a academia de luta até os 15 anos, até que eu parei, e acabou virando só um passatempo. Comecei a lutar em casa só quando eu estava nervosa mesmo... mas agora eu cansei, e quero voltar a frequentar a academia de luta.
Entro na academia e vejo o recepcionista atendendo um monte de telefonemas, parecendo está meio ocupado.
Espero um pouco na intenção que ele me veja e me atenda, mas não acontece, então digo:
- Licença? - Ele nem dá bola - Eu queria saber...- antes que eu possa concluir minha fala ele me interrompe.
- Aqui não tem zumba senhora! - Diz grosseiramente, ainda com o telefone no ouvido. Eu franzo o cenho brava.
SENHORA?????
- Zumba? Olha minha cara de quem quer fazer zumba? - O cara revira os olhos.
- Espera só um pouquinho! - Ele murmura para o telefonema, abaixando o telefone para poder me dar atenção - Aqui não tem zumba, ballet, ou seja lá o que você queira fazer...
- Sabe... - Olho em seu crachá - Reffin. Você deveria tratar melhor seus possíveis clientes, não acha?! Eu não quero fazer zumba ou ballet. Eu estava pretendendo me matricular, mas pelo visto, aqui não é tão bom como a internet fala - Digo áspera. Ele desliga o telefone por completo e dá uma risada cínica.
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𝐓𝐇𝐄 𝐅𝐎𝐔𝐑 | 𝑃𝑜𝑟 𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑎𝑠 𝑠𝑜𝑚𝑏𝑟𝑎𝑠
Romance+18 | Desde criança, eles sempre se odiaram. Ela sempre odiou ele por ele ser um assassino, esnobe, arrogante, que amava ver o medo nas pessoas, e que fazia inúmeras atrocidades junto com seus três amigos riquinhos. Bem... pelo menos era só isso que...