𝟎𝟗 - 𝟑/𝟒

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Asher 

Maikov para uma SUV em frente ao JEAY'S, então desço na calçada, sentindo o frio do meio de outubro passar por dentro do meu blêizer. Já eram 2:00 da madrugada quando saímos do galpão, e por mais que o Dailipy não ficasse muito longe daqui, o lugar onde, relativamente trabalhávamos, ficava. Portanto, acabamos nos atrasando um pouco.

Confesso que por mim eu não estaria aqui hoje. Tive que resolver dezenas de coisas na Baker's, depois eu e os caras ainda tivemos que passar no galpão pra resolver umas coisas dos THE FOUR. Então, eu já estou mais que cansado, porém, como um bom anfitrião, estou aqui. Queria poder dizer que estou aqui ou que compramos esse lugar por diversão, mas não, é trabalho e trabalho atrás do outro.

- Uau! Vrum Vrum. Motorista. Como ele é rico! - Vejo Erin se aproximar, zombando com um cigarro entre os dentes, me fazendo revirar os olhos.

- Cala a boca! - Digo batendo a porta do carro, vendo a multidão entrando e saindo da nossa nova boate. As sextas aqui costuma a ficar mais cheio que o normal.- Alguém pelo menos pensa em não dá perda total no carro estando bêbado... ou no seu caso, drogado. - Ele levanta as sobrancelhas, apontando para Yudi, que chega atrás como uma sombra misteriosa, mexendo em algo na tela do celular.

- E quem disse que eu não penso? Eu aprendi a lição, ok?! - Depois da sétima vez?! - E é por isso que eu tenho o Yudi aqui. Ele é meu motorista agora, não é? - Erin dá um pequeno sorriso, enquanto Yudi olha pra gente meio entediado.

- Não! Você que invadiu meu carro. - Volta a olhar para a tela, me fazendo soltar uma pequena risada com seu jeito indiferente. Erin só dá uma tragada no cigarro, sorrindo.

- Você que não quer correr o risco de bater de novo sua querida... qual é o nome mesmo? Judith? - Dou um pequeno sorriso, irritando ele. Eu sei exatamente o nome do carro, e não é a primeira vez que o zombo com isso.

Erin chama sua Mercedes-benz baureihe 107 de Judith, ou Judy. O porquê? Eu não sei. Ele trata esse carro como um filho, ou até melhor que um. O avô paterno deu como herança de família depois de morrer, mais ou menos quando a gente tinha 16 anos. Não sei qual é o lance sentimental que ele tem por esse carro, mas acho que tem a ver com os avós, entretanto, esse assunto é meio recluso entre nós.

- Quem é que dá um nome pra um carro? - Yudi solta uma risada sincera. Sabemos a importância do carro para o Erin e que o nome não é só um nome qualquer, mas de qualquer forma, é engraçado tentar zoá-lo.

- Tem que ser muito Erin, ou ser da família do Erin pra colocar nome em um carro - Continuo implicando com esse assunto que já nos rendeu muitas risadas antes. - É o que? A pimenta mexicana que fudeo seus neurônios? - Faço um gesto de que vou bater na parte de trás da sua cabeça, mas antes que minha mão alcance, ele se afasta, empurrando meu braço de volta.

- Rá Rá Rá! - Dá uma risada falsa, bem forçada. - Não! Foi depois que eu comi a bunda do seu pai, seu babaca! - Aperto os olhos, entreabrindo levemente a boca.

- Duvido muito. Ele é do tipo racista! Não acho que goste muito de mestiços. - Digo me referindo ao grande preconceito que Mark Russell tem contra todos que não sejam brancos, ricos e americanos. No mesmo instante, Erin solta uma gargalhada, me surpreendendo um pouco, mas logo me lembro que é o Erin. De qualquer forma, não deixa de ser mentira, mas não duvido que meu pai goste que comam a bunda dele.

- É óbvio! - Solta a fumaça das narinas e boca, ainda rindo com o que eu disse.

Mas antes que possamos falar qualquer outra coisa, escutamos um barulho de carro turbo virando a esquina, fazendo todos pararem para olhar. O barulho é alto e estrondoso, tenho certeza que todos podem sentir o chão tremer com a velocidade do carro.

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⏰ Última atualização: Oct 13, 2023 ⏰

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𝐓𝐇𝐄 𝐅𝐎𝐔𝐑 | 𝑃𝑜𝑟 𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑎𝑠 𝑠𝑜𝑚𝑏𝑟𝑎𝑠Onde histórias criam vida. Descubra agora