𝐓𝐇𝐄 𝐅𝐎𝐔𝐑 | 𝑃𝑜𝑟 𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑎𝑠 𝑠𝑜𝑚𝑏𝑟𝑎𝑠

𝟎𝟖 - 𝟐/𝟒

Trixie

Pedimos rodadas de tequilas. Depois sei lá quantos drinks com gin e energético. Vários martínis e milhares de drinks que eu nunca havia escutado nem o nome. Só sei que, Katy definitivamente amou "Sex on the Beach" e martinis de morangos.

Ela disse que ama tudo que envolva morangos e sexo, mas tenho certeza de que quando ela disse isso, ela já estava mais que bêbada.

Passamos a maior parte no camarote, oque foi até legal. Me sentir como uma imperatriz, sendo servida por bebidas de mais de 1.000 mil dólares, o que eu nem precisei pagar. Não é uma maravilha?

Toda vez que pegamos uma bebida nova, íamos para a pista de dança, voltamos para o bar, e depois para a pista de novo. Dançamos tanto, que não sinto mais meus pés. Ela quis dançar em quase todas as músicas, e foi um repetição sem fim de: bebidas, danças, conversas sem sentido, que sempre me tiravam uma gargalhada, bebidas, camarote, pista, dança... e assim foi por horas.

Eu juro que em toda a minha vida nunca imaginei que seria divertido ir em uma boate com uma quase desconhecida. Até que Katy estava certa. Talvez esteja sendo legal.

Só que uma coisa eu sabia, eu poderia estar bêbada o que for, mas Katy estava muito mais bêbada que eu. Chegava até ser engraçado.

Nós duas estávamos jogadas em um desses sofás pratas, gargalhando pra caramba, por algum motivo que eu nem lembrava mais. Estamos rindo tanto que nossas barrigas doíam.

Não sei quantas horas são, mas das 02:00 certamente já passou.

- Olha, prova isso! NÃO, NÃO, prova esse. Ai meu Deus, isso com certeza é bom, Trixie! - Ela está rindo, debruçada na mesinha na nossa frente, provando mais drinks. Ela é uma máquina de energia, parece que o brilho dela nunca acaba, muito menos agora que está bêbada.

Ela pega o drink, me dando para experimentar. Sugo o canudinho e faço uma cara de nojo. Assim que o líquido toca a minha boca, sinto uma dor aguda na cabeça de tão ruim.

- Não... Ew, é ruim! Meu Deus! É horrível!

- Ah, e-eu gostei... - Ela sorri, colocando o copo na mesinha.

- Tem gosto de jujubas e gasolina - Digo limpando minha boca com nojo. Ela dá uma risada genuína.

- Realmente! - Joga a cabeça no sofá ainda rindo e diz: - Acho que o teto está rodando pra mim - Está olhando para o lustre de uma forma teatral.

Sua voz está a todo momento embolada, mas não posso julgar. Não estou nos meus melhores estados para julgar alguém.

- É porque você está bêbada! - Me debruço na mesinha para pegar o drink com gosto de jujuba e gasolina. Dou de ombros e tomo o líquido - Ew- Arranho a garganta, ficando enojada - Realmente, isso aqui é péssimo! Vou pegar bebidas de verdade.

Me levanto, mas sinto tudo rodar de repente, como a Katy disse. Tenho que parar por uns segundos para não cair no chão.

- E eu vou ao banheiro - Avisa - PRECISO fazer xixi, porque senão minha bexiga vai fazer KABUM! - Ela faz gestos com as mãos, imitando uma bomba. Pega sua bolsa e atravessa no peito novamente. Acho que já é a milésima vez que Katy vai ao banheiro só essa noite.

Ela começa a andar, mas me viro, para falar algo a ela:

- Ei! Vou estar... - Ela já não está mais lá, então dou de ombros. Pego a minha bolsa e vou para o andar de cima. Se quero uma bebida de verdade, é lá que vou arrumar!

O segurança já está acostumado com a minha cara, então ele nem mesmo olha a minha pulseirinha que está no meu pulso direito. Ele já sabe que está lá.