Em nome do rei

Prólogo

Fugaku Uchiha, autoridade máxima de um dos reinos mais conhecidos de todo o mundo, um dos reinos mais poderosos e que no momento encontrava-se a ponto de ser apenas uma lembrança

Por causa de uma mercadoria contaminada, todos do lugar acabaram contraindo uma doença grave e contagiosa

Mesmo depois de os que sobreviveram conseguiram se recuperar, outros reinos ainda tinham medo de se afiliar com o de Fugaku, o que fez todos que ali moravam se arrepender de ter sobrevivido

Era um reino conhecido por sua grande capacidade de vendas, mas depois do ocorrido ninguém de fora os procurava para negociar por medo de receber algo contaminado. Quem vendia para ele também deixou de manter contado, com medo de que o dinheiro pudesse estar contaminado

Em uma manhã silenciosa como as outras, Fugaku sentou-se à mesa com sua família e tirou uma carta de dentro de seu manto

-Chegou de madrugada, resolvi ler sozinho e conversar com vocês agora -Disse sério colocando a carta em cima da mesa.

-O que é? Com certeza mais alguém cancelando parceria com nosso reino.

-Detesto quando fala assim, Itachi.

-Não me surpreenderia já que toda semana recebemos uma assim -O garoto sorriu e encarou o pai.

-Isso veio de bem longe, do reino de Mebuki Haruno. Na carta ela diz que seu marido morreu há alguns anos e ela cuida de tudo junto com sua filha Sakura Haruno.

-E o que mais?

-A rainha soube de nossa situação e está propondo uma aliança, onde ela nos ajudará reerguer o reino com uma simples condição.

-E qual é?

-Ela quer que eu aceite casar um dos meus filhos com a filha dela para tomarem conta do reino quando ela não puder mais.

-Isso é perfeito! - Exclamou sua esposa com um sorriso no rosto.

Os dois filhos do casal se olharam sérios e não disseram nada, até que o mais novo resolveu se posicionar

-E você já sabe quem vai escolher? -Sasuke perguntou preocupado com a resposta.

-Ainda não, estou pensando se isso pode ou não ser uma tentativa de golpe.

-Bom, o Itachi é o mais velho, então não feria sentido eu me casar com a princesa.

-Não cabe a você decidir, irmão.

-Mas assim seria o certo.

-Meninos, o certo é o que o pai de vocês decidir.

-Não tem como eu me casar com alguém que não amo!

-Não seja egoísta Sasuke! Pense em todo o reino! Imagina o que vai acontecer se eu disser para o povo que não salvei o reino porquê o príncipe não estava apaixonado!

-Mas pai eu-

-Como pude criar alguém com a mente tão vazia? Amor? - O rei sorriu e abaixou a cabeça. - O amor não vai ajudar em nada.

-Eu também pensava como você filho, mas depois de um tempo com seu pai eu aprendi a ama-lo -A mulher acariciou o rosto do filho tentando conforta-lo.

-Mebuki tem tudo planejado, aqui diz que terão um tempo para que se conheçam e não fazer que seja nada forçado. Então quando eu escolher um dos dois vamos para o Reino Haruno.

-Quanto tempo?

-Entre um e dois meses.

-Dois meses?!

-É mais do que o suficiente. Estão dispensados.

Os dois se levantaram e foram para o quarto

-Estamos condenados. -Itachi se joga na cama.

-Completamente! Não quero me casar com dezoito anos!

-Eu devo ser velho para ela.

-Tem vinte e dois anos Itachi, e não sabemos a idade dela ainda.

-Deveríamos fugir.

-Vamos ser procurados com certeza. Sem falar que se nos reconhecerem não vamos entrar em reino algum, até hoje somos conhecidos como "portadores da doença desconhecida".

-Não entendo como essa rainha quis se juntar a nós.

-Imagino que por dó.

-E se for por desespero? Se a filha dela está sozinha até agora e ela quis se aliar a NÓS, a princesa deve ser horrível.

-Ou muito chata. Eu te amo irmão, mas espero que o pai escolha você.

-Então é assim?

-Tenho certeza de que está pensando a mesma coisa.

-Pelo menos não digo em voz alta.

-Nesse exato momento ele deve estar escrevendo uma carta para enviar a resposta, espero que ele pense bem no que vai escrever e que ainda não tenha decidido.

-Se ele não anunciar para o povo ainda temos uma chance de nos livrar disso ou algo do tipo.

-Tem razão, mas acredito que essa será a primeira coisa que ele irá fazer.

-Pelo menos um de nós sairá daqui.

-Não sei se isso é bem o que eu quero no momento.

-Será? Isso aqui está um lixo!

-Mesmo assim, não quero ser forçado a casar.

-Não ouviu o que nosso pai disse? Não será forçado, vamos ter um tempo para nos conhecer e caso não tenhamos interesse um no outro não precisamos disso.

-Mesmo assim, isso não te assusta? Imagine ter que se mudar para um reino onde vai ser o rei mas seus súditos não te conhecem e nem confiam em você, onde não conhece ninguém, nem sua própria esposa...

-É realmente estranho, mas se fizer isso vai ser vangloriado e visto como herói.

-Herói? Por ter me casado? Eu seria um herói se salvasse o reino sozinho!

-Não é isso que Fugaku e os outros pensam.

-Que outros? Os conselheiros dele? Por que não disseram o que pensavam quando ele decidiu aceitar viajantes com uma mercadoria contaminada?

-Ele não tinha como saber.

-Mesmo assim, os viajantes eram desconhecidos e chegaram sem avisar, com certeza era algo que merecia atenção.

-As vezes penso que alguém pode ter feito isso de propósito, para sabotar o reino.

-Ninguém arriscaria a vida do próprio sudito apenas para isso.

-Será? Nosso pai está arriscando os próprios filhos.