Os Is

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O encontro com Rodolffo começou muito bem

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O encontro com Rodolffo começou muito bem. O homi é a safadeza em pessoa. Não dá pra explicar. É só chegar perto dele que ajo totalmente diferente do que estava programado. Nossa química é rara. Eu já tinha feito um script mental de como seria cada ponto da nossa conversa. Já tinha pensando em tudo o que tínhamos que conversar. Mas foi só entrar no quarto e olhar pra ele que a atmosfera mudou.

Tentei até ser durona, já entrei falando como tinha sido meu dia, tirando bolsa e sapatos e mexendo na comida que ele tinha pedido pra gente. Ele estava de costas na sacada, tomando uma taça de vinho. O perfume dele já tinha tomado o quarto e me fazia reagir. Quando ele veio até mim, sem dizer uma palavra, fiquei sem ação. Parecia mesmo uma cena de novela, só faltou um fundo musical. E o jeito que ele me pegou, ah meu povo, nenhuma de vocês conseguiria resistir.

Estávamos carentes um do outro. Não tínhamos noção da saudade que sentíamos um do outro até nos encontrarmos. Nos amamos mais uma vez, sem falar uma palavra e foi perfeito. Eu amava isso nele, esse poder de me deixar completamente sem palavras. Mas nós dois sabíamos que precisávamos conversar. Por mais que estivéssemos conectados, a nossa conversa era necessária. Claro que fui eu que puxei o assunto, né?

Falei da saudade que estava sentindo e finalmente consegui descobrir o que tinha deixado ele chateado. Mais uma vez não entendi nada da reação de Daniel. Ainda não tínhamos tocado nesse assunto, mas acho que esse momento estava chegando. Eram atitudes pequenas, que estavam me incomodando. Tinha que resolver isso de uma vez por todas. Somos sócios e não posso deixar que nada nos atrapalhe. Mais uma conversa difícil pela frente. Agora vou me concentrar nessa aqui.

Rodolffo sempre se mostrou preocupado com a influência dos outros na minha vida. Em outros estão inclusos meus amigos/equipe e Anitta. Ele sabe das amarras do meu contrato e sociedade. Não concorda com muita coisa, mas sabe que não pode fazer muito. O que ele sempre fez foi deixar claro que não gostava. Só que pra mim as coisas estavam cada dia mais se encaixando, sabe? Parecia que estava tudo, meio que, entrando nos eixos.

Minhas crises de ansiedade tinham diminuído bastante, o volume de trabalho também. Sempre tive muita gente por perto, dando opinião na minha vida, dizendo o que fazer ou não, então eu já sabia como agir. E confesso que as vezes era até mais "fácil", já tinha tanta coisa na minha cabeça, que as vezes era um alívio. Claro que as decisões importantes partiam de mim, a minha palavra era sempre a final. Anitta até me chamava de cabeça dura. 

A conversa com Piruca chegou no ponto que queríamos. No desconforto e sofrimento dele também. Teríamos que entender em que pé estava a nossa relação. Por mais que eu tentasse me convencer que não, eu sentia que as coisas estavam mudando. Era uma novidade a cada dia, um novo desafio, uma nova expectativa. O convívio com outras pessoas também estava mudando. Sempre tinha alguém novo, alguém interessante que eu conhecia e me dava conta do que realmente estava vivendo. E por mais que tentasse, nem sempre conseguia inserir Rodolffo nesses novos cenários. E claro que ele também estava vivendo um novo momento. O patamar que o programa trouxe pra ele era surreal. Por mais que ele já estivesse acostumado, era tudo novo. Sem perceber estávamos vivendo a mesma coisa.

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