𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 𝑡𝑟𝑒𝑧𝑒

707 96 138
                                    


Fazia pelo menos três horas que a festa tinha começado de verdade. Os portões foram abertos as oito horas, mas as pessoas realmente começaram a chegar depois das onze horas. Tinha bebida de todo tipo espalhada por todo canto, maconha, cocaína, comprimidos e tudo que é possível rolava solto. A música era tão alta que a quase um quilômetro da mansão dava para escutar. Adolescentes, formandos, calouros e até pessoas mais velhas dançavam e bebiam sem parar. A piscina estava cheia de garotas sem roupa enquanto isso os caras ficavam babando. Ninguém se importava em procurar um lugar reservado pra transar, ia no meio de todo mundo e dane-se

Lex e eu arrumarmos tudo, na verdade contratamos uma equipe pra arrumar mas dá no mesmo. Tudo que tinha algum valor foi retirado, os quadros dos corredores, os tapetes importados, os vasos que valiam milhões. Nossos quartos estavam trancados e outras salas como o escritório e o antigo quarto dos nossos pais também. Tinham seguranças por todas as entradas, ninguém entrava ou saia sem eles verem. Mas eles só estavam ali para quando uma pessoa aparecesse. E eu estava louca para ele vir logo.

Nana foi dormir na casa de uma amiga, demos a ela uma semana de folga e não contei da festa. Ela me mataria. Clark também ganhou folga, mas ele preferiu ficar ajudando os seguranças. Ele adora ser prestativo até quando tem folga.

Kara chegou a meia-noite junto com os outros dois. Ela vestia um vestido de balada curto, era vermelho escuro e ficou perfeito junto com o batom vermelho em seus lábios. No pulso uma fina pulseira de ouro branco, no pescoço uma fina correndo e os cabelos estavam soltos meio ondulados. Eu nem preciso falar que babei muito.

Já eu, como não iria realmente participar da festa, vesti um terno totalmente preto e prendia o cabelo em cima, porém cascatas dele caiam. Talvez mais tarde eu aproveitasse a festa, afinal gastar um milhão e meio em uma festa e não aproveitar seria tolice.

Não conversei muito com Kara. Trocamos algumas palavras quando ela chegou e depois eu me afastei deixando-a com Lex e os amigos. Ela tentou me chamar para aproveitar a festa mas eu recusei, Mike a convenceu a ir sem mim. Eu estava me sentindo um pouco mal por esconder dela o motivo, logo ela saberia eu sei, mas mesmo assim me senti horrível. E também eu não poderia ir aproveitar, tinha que estar sóbria e bem para o que iria vir.

Bom, não que eu não estivesse bebendo, meu uísque me acompanhou a noite toda. Mas eu não ficava bêbada fácil com uísque, acho que meu organismo já se acostumou. Ele me ajuda quando fico ansiosa, a sensação é maravilhosa.

Eu não desci pro primeiro andar ainda. Passei a noite no segundo, no escritório que um dia seria meu segundo Lex. A visão dava para o lado da mansão, eu tinha a visão do portão lateral e do nascer do sol.

- Como está? - Me virei e encontrei Lex. Esse sim vestia roupas casuais, era estanho vê-lo sem terno.

- Esperando.

Ele caminhou até mim e então virei para ele. O walkie-talkie que estava comigo tinha acesso ao que estava com Clark e com todos os outros da segurança. Eles me avisariam.

- E se ele não vir?

- Ele vem. - Falei convicta. - Ele não vai aguentar não vir. Ele tem a necessidade de ser o centro das atenções, ele tem que participar de tudo que é grande. Ele vem.

- Lena...tem certeza disso?

- Tenho. - Larguei meu copo em cima da mesa e coloquei a mão no bolso da calça. - E mesmo se desse para trás, não é como se pudesse desfazer isso agora. Meu nome vai dar o que falar amanhã.

- Talvez seu nome vá parar na mídia.

- Eu não me importo. Não quando eu tô fazendo isso por ela.

Minha querida stalker - Supercorp G!POnde histórias criam vida. Descubra agora