37. Carimbo, o dispensável

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Oi, oi, upinhessssss!! Como vocês estão, bebês? Saudades de vocês!

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Oi, oi, upinhessssss!! Como vocês estão, bebês? Saudades de vocês!

Boa leitura e, se puderem, comentem bastante pra eu saber o que estão achando 💜

#JKNãoUsaGravata

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— Que ideia incrível! — exclamou Hani antes de tomar um susto ao sentir seu picolé escorrer pela mão de tão atenta à explicação de Jimin. Lambeu, desesperada, enquanto o amigo buscava um guardanapo. Logo Jimin voltou ao banquinho em que sentavam e o entregou a ela.

— Ah, acho que é uma ideia boa mesmo, mas ainda acho ela muito superficial. — Suspirou Jimin e deixou os olhos vagarem pela movimentação da praça. Hani insistira que o melhor picolé de todos era de uma carrocinha cativa do local, então, quando percebeu, já fora arrastado para lá. O som das crianças gritando sobrepujava o farfalhar das folhas das inúmeras árvores ladeando o caminho.

— Como assim? — ela perguntou, enfim recomposta do pequeno acidente e mais atenta ao picolé.

— Bem, do jeito que tá agora, sei que o eu de onze anos nunca encontraria.

— Por que não? Vai ser um site, não vai? Qualquer um pode ver.

— Não é bem assim. Sites de pornografia têm um controle baixíssimo de quem acessa, a maioria nem tem aquele pop-up pra marcar se você já tem 18 anos, que pouco significa além de tirar a responsabilidade das costas deles, mas não posso fazer a mesma coisa. Há tipos de conteúdo apropriados e inapropriados para cada faixa de idade, então precisa de um controle. Também tem algumas coisas que devem ser moderadas com quem cuida da criança, principalmente até os 10 anos. Tudo isso é muito importante, mas quando a gente fala de internet, acaba virando um empecilho.

— Entendi. Um pré-adolescente querendo achar algo sobre sexualidade na internet entra muito mais fácil em um site de pornografia aberto do que em um site de sexualidade que precisa de verificação de idade, né?

— Exato. Sem contar que a maioria quer ver vídeo de pornografia mesmo, então, pra atrair esse público, só com alguma espécie de clickbait. Queria acreditar que não fosse o caso, mas até pelo jeito que eu pensava nessa idade, me recusaria a entrar em um site de educação sexual. Acharia muito brega, ia atrás de piroca com cu, e é isso aí. Sei que vai ser um puta fracasso se eu fingir que crianças que nem eu são minoria, vou acabar criando algo que ninguém vai usar. Grande merda.

— É... bem complicado mesmo. O que você vai fazer então? — Hani questionou, cada vez mais confusa. Quando Jimin apresentara a empresa focada em educação sexual sendo desenvolvida, achou que não havia como dar errado. Afinal, era tão necessário, mas também era muito mais delicado do que pensava.

— Largar o osso da minha ideia inicial. — Ele deu de ombros e chupou mais um pouco de seu picolé. — Eu queria criar algo pro Jimin de 11 anos, né? Queria que o que ele achasse na internet fosse diferente e queria impedir outros Jimin de passar pelo mesmo que eu. Mas é uma abordagem inicial muito... sensível; vou começar com os pais.

Empresário • jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora