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                        Merida Martir                                  ≛

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  Merida Martir
           

O almoço com Matheo foi incrível e confesso que cada vez eu fico mais encantada, apaixonada é uma palavra muito forte, por ele.

Mas, minha cabeça a todo tempo era levada até a tal prova que vai acontecer agora. Eu tentava prestar atenção nele, mas tinha medo do que pode acontecer.

— Você vai se sair bem! Fica tranquila.— ele falou apertando minha mão e eu suspirei

— Eu vou. Obrigada por me apoiar.
— agradeci sorrindo fraco e ele sorriu de volta

— Não agradeça amor, eu farei de tudo por você!— ele falou e beijou minha cabeça, em seguida me deixando lá sozinha

O rei se sentou no trono, a rainha ao seu lado esquerdo e Matheo ao direito, como sempre.

— Vamos começar as provas!— o rei falou meio animado e então um homem passou pelas portas do palácio, sendo arrastado por um guarda

— Senhor, esse é o Malen. Ele assaltou uma casa... levou tudo que tinha lá, televisão, celular, até o carro dos proprietários ele levou.
Também feriu o homem da casa, na fuga quando o homem tentou alcançá-lo.— o guarda anunciou

— Ok... Senhorita Emelyn, por favor se aproxime.— o rei ordenou apontando para a menina e ela levantou, nervosa

Sortuda.

Um caso de roubo é fácil, quem rouba tanta coisa assim de uma família realmente merece ir preso, mas e quem pegar um caso leve?

E se acontecer, como aconteceu na história do leite? Eu não conseguiria mandar um homem, que roubou por sobrevivência, a morte.

— A pena para quem rouba em River e nas redondesas normalmente são 30 anos na cadeia, Dependendo da gravidade da situação... você poderia ser morto, se ainda seguíssemos as nossas leis antigas. Mas como não...— a menina começou e coçou a garganta.— Então, senhor Malen... a pena do senhor será ser açoitado 100 vezes, graças a misericórdia do nosso rei e as novas leis do reino.

Assim que ela terminou de falar, o homem começou a chorar e saiu, novamente sendo arrastado pelo guarda.

Emelyn voltou ao seu lugar, meia em choque e se sentou.

Sinceramente. Eu nunca vou entender isso.

100 açoites.

O homem roubou, eu entendo. Mas porque algo tão pesado? Porque não podem simplesmente prendê-lo.

Eles dão essas penas pra fazer um show na cidade. Pra que todos vejam como eles exercem a função deles. Pra que todos vejam que nenhum ladrao saíra impuni.

Enquanto os estupradores, assassinos, os homens que sempre jogam bombas e invadem nossas vilas, saem impuni.

Fiquei pensando, pensando, pensando, já estava quase surtando. Surtando com cada pessoa que saia dali com um alvo nas costas, à espera do castigo severo e desnecessário.

— Senhorita Martir.— escutei a voz do rei e sai do meu transe, direcionando meu olhar a ele

Respirei fundo e levantei. Me aproximando.

Quando já estava ao lado de Matheo, que era onde as meninas deveriam ficar quando eram chamadas, o rei fez um sinal pra que a porta fosse aberta.

Um menino, parecia ter uns 6 ou 7 anos, estava sendo empurrado pra dentro da sala do trono.

Na hora meu coração se apertou. O que será que esse garotinho fez de tão mal que esta sendo empurrado desse jeito? Como se fosse um lixo. Cadê os pais dele?

— Esse menino matou o próprio irmão, de 9 anos, com a arma do pai. Os pais pediram que ele pagasse como qualquer outra pessoa pagaria. Que eles não aguentariam continuar vendo a criança, depois do que ele fez.— o guarda falou e o menininho começou a chorar

Senti novamente um aperto no coração.

Todos pareciam olhar aquilo bravos. Não entendo porque. Será que acham que essa doce e inocente criança realmente mataria o irmão por querer?

Respirei fundo e me aproximei lentamente do garotinho. Me abaixei na altura dele e encarei seu rosto triste.

— Você pode me contar o que aconteceu?
— pedi calmamente e ele fungou e balançou a cabeça confinando

— Senhorita, você não precisa ouvi-lo. O soldado já disse o que aconteceu, agora de sua sentença.— a voz do rei reverberou pelo locou e eu me levantei e me virei pra ele

— Se a vossa Majestade me permitir, gostaria de ouvir o lado da criança. Até porque acredito que estejam tão curiosos quanto eu pra saber realmente como e porque isso aconteceu. Não vou mandar que matem um menino, sem saber a fundo a história.— falei e vi a rainha abrir um sorri, mas logo escondeu

Em resposta ele fez um sinal com a mão, pra que eu prosseguisse e eu me virei pro menino.

— Agora me conte o que aconteceu.— falei e peguei uma de suas mãos

— falei e peguei uma de suas mãos

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A chance to love - Timothee ChalametOnde histórias criam vida. Descubra agora