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                        Merida Martir                                 ≛

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                     Merida Martir
                              

Eddelyn cruzou os braços e me encarou com uma cara tipo "não se faz de sonsa" o que me fez rir.

— Meri, tá na cara que ele gosta de você. Nem sei porque toda essa seleção ainda tá acontecendo.— ela falou e eu suspirei

— Porque ele ainda não se decidiu! Não é óbvio?— perguntei e ela riu

— ou talvez porque é necessário. — ela falou óbvia

— Ah... talvez seja. Não sei, bom, vou comer.
— falei e sai de lá o mais rápido possível, indo até a mesa de comidas

[...]
Já eram quase meia noite, a festa já tinha acabado e eu já estava no meu quarto.

Amy e Silvia me ajudaram e em seguida eu as despedi.

Eu ia esperar por Matheo, mas estava cansada demais. Então só deitei na cama e acabei adormecendo.

Acordei minutos depois quando ouvi o barulho da porta se abrindo e sentei na cama, por causa do susto.

— Matheo...— sussurei, mas ninguém respondeu

Já estava ficando com medo, até que senti um puxão no meu cabelo.

— Escuta aqui sua vadia nojenta. Eu não sei o que você fez pro Matheo estar tão na sua cola, mas sabia que você não será a princesa. Eu não vou deixar isso acontecer. Ele será meu. A coroa será minha. —escutei uma voz feminina dizer e em seguida senti algo furar meu ombro. A dor desceu mais um pouco e senti o sangue escorrer, até que o objeto se afastou e a pessoa saiu do quarto, não sem antes dizer:

— Não conte isso a ninguém!

Comecei a chorar, desesperada, com dor e apavorada.

Porque diabos essas garotas levam isso tão a sério? Elas não percebem que isso não envolve só a vida delas mas também a do príncipe, do rei, da rainha e de todo o povo?

Eu estava preparada pra bastante coisa. Sabia que teriam brigas, trapaças. Mas isso já é demais.

Quando escutei a porta bater, corri até a mesma e tranquei, em seguida correndo pro banheiro.

Me olhei no espelho e vi meu braço ensangüentado. Peguei um pano, molhei e passei no mesmo, sentindo queimar.

Quando consegui limpar, vi o quão grande o corte estava, ia quase até o cotovelo. Logo voltou a sangrar de novo e eu mordi o lábio pra sentindo a dor.

Peguei um pano limpo, enrolei no meu ombro, me segurando pra não gritar pela dor e voltei pra cama, ainda chorando.

Não posso ir a ala hospitalar agora, talvez nunca na verdade.

Se a garota que fez isso descobrir que eu contei a alguém... temo que ela faça algo pior e não preciso de mais uma cicatriz no meu corpo.

Me encolhi na cama chorando, me cobri e respirei fundo, tentando fazer parar o aperto no peito. Mas nada adiantava.

Quando Matheo bateu na porta, me chamando, eu me encolhi mais ainda e não abri. Ele deve ter achado que dormi e então parou de bater.

Suspirei aliviada e depois de muitas horas acordados, acho que fui dormir umas 04:00 da manhã.

•••
No dia seguinte eu disse que não estava me sentindo bem e passei o dia inteiro no quarto.

Não falei com ninguém e pedi a Amy e silvia que também não ficassem comigo. Fiquei o dia todo chorando encolhida, sentindo meu braço arder cada vez mais.

Já devia ser noite novamente, quando meu irmão invadiu meu quarto e se aproximou, me abraçando.

como antigamente.

Soltei um grunhido de dor já que ele apertou meu braço ferido e ele se afastou, me encarando curioso.

— O que aconteceu Merida? Você ficou o dia todo no quarto, está pálida e com o rosto vermelho.— ele falou observando meu rosto e eu suspirei

— Não aconteceu nada.— sussurei, fraca demais pra falar mais alto que isso.— Mas... porque está aqui?— perguntei me sentando direito na cama e ele suspirou e coçou a nuca

— Acho que você não está bem pra receber essa notícia agora.— ele falou se levantando da cama e eu o encarei irritada

Eu nunca mais vou estar bem, querido irmão.

— Conte logo Vicent.— pedi irritada

— Merida...— cruzei os braços.— A vila foi atacada de novo... Lizzy estava na escola e está bem, mas nossos pais.. estavam na loja, eles foram atacados e...— ele travou

— E...— falei esperando ele continuar

Ele bufou e se afastou passando a mão pelo cabelo.

— A mamãe não resistiu. Ela foi baleada, ela morreu... a nossa mãe morreu Merida.— ele falou e eu senti novamente a pontada no peito, mas bem mais forte

E então apaguei.

E então apaguei

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A chance to love - Timothee ChalametOnde histórias criam vida. Descubra agora