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                        Merida Martir                                 ≛

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                     Merida Martir
                             

Acordei na ala hospitalar e olhei em volta, vendo o rei, a rainha, Matheo, Helena e meu irmão.

Helena estava segurando a mão dele, que tinha a cabeça abaixada e parecia estar chorando.

Não me lembro bem do que aconteceu ontem, quer dizer, lembro do corte e... minha mãe.

Minha mãe morreu.

Me sentei na cama, com dificuldade e Vinnie levantou a cabeça rapidamente, me encarando.

— Merida!— ele falou e se aproximou de mim.
— Por Deus! Achei que tinha te perdido também.— ele pegou minha mão e eu mordi o lábio, me segurando para não chorar

— Ela se foi mesmo...— sussurrei e ele concordou com a cabeça

Fechei os olhos e senti as lágrimas quentes molharem meu rosto.

— Merida. Eu sei que está passando por um momento difícil agora, mas... eu preciso que me responda.— o rei falou se aproximando

Concordei com a cabeça e ele tocou meu ombro.

— Quem fez isso com você?— ele perguntou olhando a cicatriz

Quando olhei pro meu braço, vi que tinha um pano em volta dela. Provavelmente já até deram os pontos.

— Eu... não sei.— abaixei a cabeça

— Não precisa ter medo. Ela não vai poder te machucar! Eu só preciso que você diga, pra podermos mandá-la embora.— ele pediu e segurou minha mão, me passando um leve conforto

Se eu soubesse quem foi, eu até contaria, mas eu não conseguir ver quem foi!

— Eu não sei quem foi. Sei que foi uma das meninas, mas estava escuro e eu estava com medo. Não consegui ver seu rosto. Nem vi a faca, só senti... ela entrando na minha pele.
— falei e engoli seco, abraçando meu próprio corpo

— Tudo bem..— ele suspirou.— Merda, o que faremos agora? Atitudes assim não podem ser toleradas! Mas não sabemos quem foi, não podemos chutar e mandar a garota errada embora.— ele andou de um lado pro outro

— Então mande todas embora.— Matheo falou e o olhar de todos na sala foi pra ele.

— Como assim mandar todos embora?— o rei perguntou confuso

— Simples. Diga que a seleção acabou, eu já fiz minha escolha.— ele deu de ombros

Ele me olhou nos olhos, mas eu desviei o olhar. Sentindo uma dor no coração.

...você não será a princesa. Eu não vou deixar isso acontecer. Ele será meu. A coroa será minha.

Aquela voz ecoou na minha cabeça e eu levei a mão até a mesma, sentindo uma dor.

Eu reconheço essa voz. Eu sei que conheço. Mas porque não consigo lembrar quem é...

— E quem seria?— o rei perguntou e antes que Matheo pudesse responder...

— Meri! Meu Deus. Quando soube que você veio parar na ala hospitalar de novo meu coração se apertou! Como você está amiga?
— Melanie perguntou pegando na minha mão e eu senti aquela pontada de novo na cabeça

Afastei a minha mão da dela, levando até a cabeça e então encarei seu rosto.

— Você...— sussurei e ela franziu a testa.
— Foi você.— senti meus olhos arderem e novamente eu estava chorando.— Achei que fôssemos amigas.— falei confusa

— Do que está falando Meri? Você bateu a cabeça?— ela perguntou tomando a cabeça pro lado e eu senti a raiva me consumir

Dei um tapa na cara dela e ela me encarou como se eu fosse louca, mas dava pra ver na sua cara que ela queria acabar comigo.

— Merida!— meu irmão falou me olhando confuso

— SAI DAQUI. SUA FALSA DO CARALHO.
— gritei irritada e todos me encararam

Melanie saiu chorando, falsa, e todos me encararam sem entender porque fiz isso.

— Matheo! O que está fazendo aqui parado, vai ver como ela está.— o rei mandou apontando pra porta

Ele me encarou, como se não quisesse ir. Queria muito que ele não fosse, mas ele foi.

— Foi ela. Foi ela quem fez isso.— falei voltando a chorar

— Melanie? Ela te cortou?— o rei perguntou confuso e eu concordei

— Mas ela é um doce. Porque faria isso?
— agora foi a vez da rainha perguntar e eu suspirei

— Não sei. — falei e eles me encararam meio duvidosos

— Vou investigar mais isso. Acho que por hora, você deveria voltar pra casa, para o enterro da sua mãe. O oficial bucky pode te acompanhar e daqui a uns 2 ou 4 dias você pode voltar.— o rei falou e eu engoli seco

Eles não acreditam em mim.

— Tudo bem.— sussurrei

— Fique bem, menina!— ele falou pondo a mão no meu ombro e eu sorri sem mostrar os dentes

Ele foi até a porta e esperou a rainha.

— Pode ir querido, quero falar um pouco com a Merida.— ela falou e ele concordou e saiu.
— Soldado Mártir, poderia se retirar também? É conversa de garotas!— ela pediu e ele sorriu e beijou minha cabeça, em seguida saindo

Helena se aproximou e sentou na ponta da cama. Pegando na minha mão.

— Sabia, desde a primeira vez que a vi, que ela era uma cobra.— ela resmungou, me fazendo rir

— Merida. Você tem certeza que foi Melanie?
— ela perguntou e eu concordei

— Eu conheço sua voz! Mas éramos amigas, não acreditei que ela seria capaz de fazer algo como isso.— abaixei a cabeça e ela suspirou.
— Mas... o rei não acredita em mim.— falei

— Não é bem assim. É só que... Melanie foi uma das meninas que mais se destacou, esbarramos algumas vezes com ela e ela foi bem gentil. Mas é fácil fingir né.— a rainha falou e eu ri fraco.— Eu prometo que não deixarei isso passar. Mas vá pra casa, descanse, e volte o mais rápido possível pra acabarmos com essa competição.— ela apertou minha mão e eu sorri

— Tudo bem. Obrigada... por tudo.— agradeci e ela sorriu

— Não a de que!

Ela beijou minha cabeça e saiu do quarto, me deixando a sós com Helena.

Conversamos um pouco, mas ela também logo saiu.

Depois de mais algumas horas ali, eu fui dispensada. Bucky já estava do lado de fora com uma mala nas mãos e um sorriso gentil no rosto.

— Pronta pra voltar a cidade natal?— ele perguntou e eu sorri fraco

— Mais ou menos.

— Mais ou menos

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A chance to love - Timothee ChalametOnde histórias criam vida. Descubra agora