Cap. 12

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pov: rafe

Um grupo de garotas cochichava enquanto olhavam em minha direção, revirei os olhos as vendo dançando para chamar minha atenção, isso é sério?

Procurei por S/N com o olhar, não foi difícil de a encontrar, ela era fácil de ser notada. Ela estava acompanhada e... espera, ela estava acompanhada???

Quem era aquele cara? Um muleque "alto", não como eu e moreno. Um filho da puta do caralho. A forma com que ele olhava para ela, ele achava mesmo que teria alguma chance?

S/n ficaria brava se eu fosse até ali agora mesmo e o colocasse no seu devido lugar? É, obviamente ela ficaria, mas s/n fica linda brava, mas eu não deixaria de fazer isso por ela, apenas porque não quero problemas para mim.

Me dirigi ao bar e pedi minha famosa "bebida azul" para tirar qualquer coisa dos meus pensamentos.
Eu estava de boa ali quando a vi chegando com o rapaz, S/N agora bebia?

Eu até tentei, mas foi impossível não ir até eles, era como se o corpo dela me chamasse.

pov: S/n

-Eu não sei qual pedir, são tantas opções! Eu nem bebo...- Disse e lancei um sorriso, esperando que Zenno me desse uma mãozinha.

-Ta... vamo lá, se você não bebe, melhor pegar algo mais fraco, beleza? Eu não quero ter que cuidar de uma garota bonita vomitando por minha culpa. - Ele disse e sorriu se aproximando.

-Olha só quem está aqui... que conhecidencia. - Rafe disse se juntando a nós. Merda.

-Ah...oi, Rafe. - Dei ênfase em seu nome, o que saiu num tom de grosseria, ótimo.

-Vocês se conhecem? Quem é ele?- Zenno disse, aguardando por uma apresentação.

Eu e Rafe nos olhamos, Rafe ao invés de responder, apenas deu um sorriso malicioso para Zenno, que acabou entendendo a mensagem que Rafe queria passar, que droga, por que ele sempre quer acabar com tudo?

-Ah.... Não!- Disse me referindo aos olhares de ambos. - Quer dizer sim, nos conhecemos. Zenno esse é Rafe, Rafe... Zenno.

Eles se cumprimentaram com um aperto de mão, Rafe tentava passar uma impressão amigável, mas com seu maxilar travado não sei quem desejava enganar.

Esta conversa desconfortável foi interrompida pelo Barman, que veio nos perguntar se já aviamos feito nossos pedidos.

-Ainda não, alguma recomendação? - Disse e Zenno respondeu por ele.

-Esse é muito bom. - Ele disse me mostrando uma bebida de abacaxi no cardápio, em seguida percebeu que havia interrompido o garçom e ficou sem graça.  -Ah, me desculpa... Qual você iria falar?

-Pega esse. - Rafe interrompeu e "ordenou" colocando seu dedo sob uma bebida de melancia, pois aquilo não soou nada como um conselho, por que ele agia tão autoritário comigo? quem ele achava que era?

Eu não sabia qual bebida escolher e ambos me olhavam esperando minha escolha, como se estivesse selecionando um dos dois e não uma bebida.

Olhei para o garçom com um rosto que gritava socorro, ele provavelmente compreendeu a situação e me aconselhou:

-Por que não pega um de morango? Você gosta?

-Isso, perfeito!- Soltei o ar de meu pulmão aliviada.

-Então, de onde vocês se conhecem? - Rafe quebrou o silêncio.

-Na despedida de minha tia.

-Aliás, como ela está? - Zenno disse tentando melhorar o ambiente desconfortável.

-Bem, obrigada por perguntar...

O silêncio se voltou ao nosso redor, mas o local continuava barulhento. Rafe mantia seu olhar de ódio em Zenno, eu vou matar esse poste!

-Eu vou ao banheiro, com licença. - Zenno disse se levantando e se afastando da mesa.

-Qual é o seu problema?- Disse para Rafe assim que fez uma expressão de desentendimento.- E não aja assim! Você sabe do que estou falando!

Rafe apenas sorriu.

-Qual foi? Fala alguma coisa! RAFE! Seu idiota!

-Você fica uma gracinha brava, como se fosse morder minha canela a qualquer momento. - Ele disse e deu uma risada gostosa, satisfeito com seu "ótimo" senso de humor.

-Ah, da um tempo!

-Foi você quem me chamou. - Ele respondeu, sem tirar seu belo sorriso de seu rosto.

-É sério Rafe, pare de agir assim, vá comer alguma garota e me deixe em paz! O que você acha que está fazendo? Eu não fui estragar seu momento com aquela moça aquele dia, fui?

-Tecnicamente...- Ele disse se referindo ao fato de no final de tudo não ter acabado bem seu "encontro".

-Nem vem! Aquilo não foi minha culpa, aquela garota que veio falando merda, é diferente. - Me defendi.

-Achei que gostaria da minha presença...

Dei uma risada incrédula.

-Isso é sério? Você é patéti- Fui interrompida... Por um beijo. Pude sentir minhas bochechas queimarem e meus olhos quase saltarem para fora, eu não estava esperando por aquilo e levei um baita susto.

Rafe parou o beijo e sorriu. Então sem ambos dizerem mais alguma palavra, ele se afastou dali. Inconscientemente fiquei de boca aberta, chocada com o que havia acontecido.

-Sua bebida, bela moça. O senhor vai querer algo?- "O senhor"? Depois dessas palavras, era como se todas as outras tivessem sido abafadas, droga. A quanto tempo Zenno estava ali?

Ele havia visto? Eu deveria falar sobre? Se falasse, caso ele não tivesse visto, agora saberia. Que merda Rafe!

Quem ele pensava que era? Me beijar assim, do nada? Afinal, o que ele sentia por mim? O que nós tinhamos? Nós nos odiamos! Não odiamos...?

Dei uma leve chacoalhada em minha cabeça, voltando para realidade.

-Ah, oi....- Disse sem graça e Zenno se sentou.

Ele havia visto e eu sabia. Ele estava com uma 'cara' abatida, como não havia visto? Impossível!

Zenno fez seu pedido, ficamos em silêncio por um longo tempo e após algum shots, voltamos a agir normalmente.

Nós nos dávamos muito bem, riamos e gargalhavamos das coisas que ambos falavam um para o outro.

-Zenno! Não seja bobo. - Disse o dando um tapinha no ombro, riamos de mais uma piada feita pelo próprio.

Logo nossos sorrisos se fecharam e ficamos nos olhando em silêncio.

-S/n... o que você tem com aquele cara? Tipo, eu não sabia que você era comprometida...

-Eu... Bom, que eu saiba não temos nada... Não precisa se importar com ele.

-S/n... Eu vi...- Zenno disse olhando para baixo. Eu fiquei mal por ele, aquilo me fez pensar em como a bipolaridade de Rafe não afetava apenas a ele.

-Zenno, eu sinto muito, Rafe é imprevisível, não se da para esperar algo dele e eu não sabia que ele iria... bom, fazer o que fez. Me desculpa, de verdade.

Ele respirou profundamente e coçou sua garganta.

- Tudo bem, S/n. Por favor, não fique mal por isso... Bom, deu minha hora. - Ele disse e se levantou, me dando um abraço e um beijo na bochecha. - Quer que eu te leve com suas amigas?

- Não, não precisa. Vou ir ao banheiro antes. Obrigada por hoje, até qualquer dia. - Sorrimos e saimos dali.

Retoquei meu batom e arrumei meu cabelo, passei um pouco de perfume e voltei para a pista.

Rafe Cameron-PossessiveOnde histórias criam vida. Descubra agora